Depois das numerosas tentativas frustradas de comprar o Snapchat, o Facebook resolveu entrar de vez na briga contra o aplicativo e mostrar quem é que dá as cartas no universo dos sites e plataformas de redes sociais. No último dia 2 de agosto, a holding fundada por Mark Zuckerberg adicionou ao Instagram o recurso “Stories”, o equivalente a ferramenta que permite o armazenamento temporário de vídeos no app concorrente. Ele pode ser facilmente encontrado pelo símbolo de “+” localizado no canto superior esquerdo do aplicativo.

O funcionamento é basicamente igual ao Story (ou Histórias) do Snapchat. O usuário registra uma imagem ou grava um vídeo curtinho e tem a opção de exibi-lo durante as 24 horas seguintes à publicação. Apesar de não contar com a mesma quantidade de recursos de edição do Snapchat, como a abrangência de seus filtros, o Instagram Stories também dá aos seus usuários a opção de incluir emojis, digitar um texto curto e pintar a tela com uma série de cores, em uma espécie de caneta virtual. Apesar disso, o Facebook promete cada vez mais especializações ao recurso. No último dia 17, por exemplo, o zoom começou a ser disponibilizado para uso.

Até agora, a principal diferença entre os concorrentes ainda é voltada para o aspecto de privacidade. No Instagram Stories o material produzido pelo usuário é anexado diretamente ao perfil da conta que está sendo usada, e sua privacidade pode ser editada apenas após a postagem, na opção de “Configuração de História”. Enquanto isso, o Snapchat continua trabalhando a partir de duas formas distintas de compartilhamento: Os clássicos “Snaps”, enviados exclusivamente para as pessoas previamente escolhidas, e a “Story”, que continua sendo pública e acessível aos seguidores durante 24 horas.

Instagram vs Snapchat

Do ponto de vista comercial, a mensagem passada pelo Facebook com a implementação do Instagram Stories foi bem clara: “Quem manda aqui sou eu”. Nos últimos meses o Snapchat vem crescendo em números de usuários de forma quase exponencial. A grande sacada da empresa criada na Universidade de Stanford foi apostar, logo no início, no público juvenil, criando um ambiente de crescimento autossustentável ao utilizar o buzz gerado por uma geração conectada full-time.

Enquanto isso, as ambições do Facebook se mostram muito maiores quando analisamos a sua forma de inclusão nesse novo nicho de compartilhamento de conteúdo. Ao invés de começar do zero, ele adapta a usabilidade da mídia social, mantendo toda uma base de usuários já consolidada, ao mesmo tempo em que converte novos usuários que estariam propensos a iniciar o hábito de usar o Snapchat.

Por enquanto, é impossível prever qual vai ser o resultado dessa disputa. Novas manobras vem sendo tomadas rapidamente em cada lado. Para financiar a briga, o Snapchat deu sinal verde para inclusão de anúncios na sua área de Story. A intenção é fazer com que os 150 milhões de usuários do app sejam impactados por anúncios entre as histórias em média 3 vezes por dia, distribuídos entre os horários da manhã, tarde e noite. Em contraposição, os algoritmos de alcance das páginas do Instagram parecem ter sido alterados para gerarem mais likes em postagens e conversão de seguidores, acompanhados do novo uso do Story.

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