Recentemente, aqui no Faixa Título, você viu uma lista com 15 artistas para (começar a) entender o novo jazz. A parte 2 da lista está em gestação e surge logo mais; enquanto isso, resolvi dar destaque para um artista que não faz jazz no sentido tradicional da coisa, mas usa a espontaneidade criativa e o espírito de improviso do jazz, auxiliado por uma banda impecável, para criar um eletrônico orgânico e livre: o Floating Points.

O Floating Points passou rapidamente pelo blog no texto sobre o Primavera Sound, quando fui fisgado definitivamente pelo som do projeto, encabeçado pelo produtor inglês Sam Shepherd – um PhD em neurociência e epigenética com um conhecimento profundo de sintetizadores em geral e todas as suas possibilidades.

Inicialmente, Shepherd dividia o tempo entre os estudos e a música – angariando interesse da mídia especializada pelos flertes com o UK garage em singles como “J&W Beat” – mas desde o lançamento do excelente Elaenia (2015), álbum de estreia dele, Shepherd tem se dedicado integralmente à produção e às performances ao vivo – como na versão hipnótica de “Silhouettes (I, II & III)” na KEXP que você vê acima.

Elaenia é uma verdadeira aula de dinâmica, com arranjos repletos de pequenas surpresas e detalhes, em canções que passeiam livremente entre o minimalismo e a grandiosidade. Cercadas por instrumentistas primorosos, as camadas sonoras construídas por Shepherd com Rhodes, filtros e moduladores são um deleite para os ouvidos.

O primeiro passo de Shepherd depois de Elaenia é o single Kuiper, lançado digitalmente em maio, mas que ganha um b-side inédito no dia 22 de julho. A versão ao vivo, lançada no canal oficial do Floating Points no YouTube, reforça a genialidade do projeto. Vale ver:

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