Kongos

Existe uma grande chance de você já ter ouvido uma música do KONGOS, mesmo que a banda composta por quatro irmãos sul-africanos não lhe seja familiar. Os acordeões inconfundíveis de “Come With Me Now” foram tocados à exaustão durante 2014 e encontraram espaço em trilhas de videogames, filmes e programas de televisão, e o quarteto fez turnês com nomes como OneRepublic e Kings of Leon.

Lunatic, o álbum ao qual aquele single pertence, teve vida longa e os irmãos Kongos passaram boa parte dos últimos quatro anos promovendo-o mundo afora, incluindo uma aparição no nosso Lollapalooza no ano passado. Agora a banda está lançando Egomaniac, disco liderado pelo single “Take It From Me”, e nós conversamos com o guitarrista Daniel sobre o que esperar do terceiro trabalho de estúdio do KONGOS.

TMDQA Entrevista Kongos

TMDQA!: Vocês acabaram de lançar seu terceiro álbum de estúdio. Como têm sido a recepção a ele até aqui? Sei que o single “Take It From Me” já tem sido tocado há muito tempo, por exemplo.

Daniel: A recepção tem sido muito boa até aqui. Mas faz só algumas semanas, então vamos esperar mais um pouco para ter certeza de que o álbum foi bem recebido. “Take It From Me” tem sido tocada há dois anos; nós seguimos compondo enquanto estávamos em turnê e conseguimos finalizar ela para ter material novo nos shows antes do lançamento do álbum.

TMDQA!: A música do KONGOS sempre foi muito boa para dançar, mas tem uma influência um pouco maior da eletrônica em Egomaniac. Eu consigo imaginar “Autocorrect” sendo tocada em raves, por exemplo. O que causou a chegada desses novos elementos ao som da banda?

Daniel: Acho que já havíamos desenvolvido influências de música eletrônica há algum tempo. Fizemos muitas turnês promovendo o Lunatic, e ter tocado em inúmeros festivais foi algo que nos incentivou a utilizar mais elementos eletrônicos. Queríamos fazer algo divertido, e gostamos muito de sintetizadores. O som meio alienígena deles é muito inspirador.

TMDQA!: Tenho que dizer que o novo álbum é facilmente um dos discos mais bem divididos que já ouvi. Todos compuseram e todos cantam nele e, mesmo assim, ele flui muito bem. Como foi o processo de gravação dele?

Daniel: Nós o gravamos muito devagar. Escrevemos separados, sentamos e experimentamos com os sons. A produção e os sons individuais são importantes. Passamos muito tempo tentando acertar o som e o ‘feeling’ de uma música. Fizemos tudo sozinhos e no nosso estúdio, então é um álbum que tem a nossa marca.

TMDQA!: Estou começando a observar um padrão nos títulos dos álbuns de vocês… fora o primeiro, que é autointitulado, qual é a sacada em chamá-los de Lunatic e Egomaniac? O próximo poderia se chamar Sadistic?

Daniel: Hahaha! Vou anotar esse nome na minha lista para consideração futura… Lunatic é uma referência a um trecho da música “I’m Only Joking”, e para Egomaniac nós estávamos procurando uma continuação, pensando em coisas mirabolantes, celestiais. Analisamos o conteúdo das músicas e percebemos que tinham narcisismo e egoísmo como temas centrais. É outro distúrbio psicológico, outra característica humana.

TMDQA!: Você acredita que farão tantas turnês para o Egomaniac quanto fizeram com o Lunatic?

Daniel: Espero que sim! Sei que vai ser longo. Lunatic foi diferente porque o álbum foi acontecendo devagar, em tempos diferentes. Fizemos uma pequena turnê nos EUA na época do lançamento e logo depois pudemos tocar para mais pessoas seguindo o sucesso dele, então acho que desta vez não vai ser tudo tão frenético e alongado como foi antes.

TMDQA!: Vocês vieram ao Brasil para tocar no Lollapalooza no ano passado. O que lembram daqui e há alguma chance de voltarem para promover o novo álbum?

Daniel: Só fomos a São Paulo e, cara, essa cidade é uma loucura. Muitos arranha-céus e pessoas. Estivemos em Nova Iorque e consegue ser ainda maior que lá. Além disso o calor das pessoas na rua e do público no show é inegável, dava pra sentir a energia de onde estávamos. Não temos datas confirmadas, mas estamos sempre buscando voltar aos lugares que nos receberam bem!

TMDQA!: Na entrevista que fizemos ano passado, você nos disse que tinha mais discos que amigos. Mudou alguma coisa desde então?

Daniel: Eu
tinha dois álbuns naquela época, então agora com o novo álbum tenho ainda mais discos que amigos!

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