Quando Ty Segall lançou o primeiro álbum solo, em 2008, ajudou discretamente a popular a cena de rock garageiro que ganhava força no fim da primeira década deste século. Oito anos depois, com outros sete álbuns de estúdio no currículo, Ty já é um dos maiores nomes do rock independente, e construiu uma discografia impecável, acrescida recentemente pelo ótimo Emotional Mugger, lançado em janeiro.

Conceitual de um jeito pra lá de estranho, Emotional Mugger é diferente de tudo que Ty lançou até aqui. É sujo, pesado, denso e instigante como sempre, mas foge de bê-a-bá do rock lo-fi que o californiano domina, com portas abertas para experimentalismos, com direito a uso intensivo de sintetizadores, um suingue desleixado e bizarra identidade estética. É um passo à frente sem renegar o passado, no aprimoramento constante do legado de bandas como The Cramps e The Sonics.

Na nova jornada, em estúdio e ao vivo, Ty se cercou de amigos e colaboradores de longa data como o baixista Mikal Cronin e o guitarrista King Tuff. Nos palcos, aliás, é onde a loucura de Segall toma forma. Agora dedicado somente aos vocais, sem guitarra em mãos, ele incorpora o bebê doentio da capa do disco, personagem que recentemente protagonizou uma belíssima sessão nos estúdios da KEXP, excepcional rádio de Seattle. Vale o play:

Emotional Mugger ainda não está disponível em streaming, mas pode ser comprado no site do selo Drag City e ouvido na íntegra em links ilegais como o incorporado abaixo.

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