Beef é o nome escolhido pelo músico Alexandre Marchi para batizar seu novo projeto voltado ao folk, blues e música country.

Alexandre é conhecido no rock independente do Rio de Janeiro, tem seu nome ligado a bandas como Stripclub e Barizon e agora ao lado de Ricardo Nogueira segue em novo caminho com uma sonoridade bem interessante.

Live True é o nome do disco de estreia da banda e ao descrever canções como “Turn Me On, Burn Me Up”, Marchi mostra um pouco das suas referências para o álbum:

A vibe dela pra mim é uma blueseira Rolling Stones, e na hora que o Ricardo entra com aquele solo animal a gente já está no deserto bebendo uma tequila com os caras do ZZ Top.

É com muito prazer que o Tenho Mais Discos Que Amigos! promove hoje a estreia exclusiva do disco Live True, mais um lançamento da Hearts Bleed Blue.

Você pode ouvir o som logo abaixo, bem como ler um “faixa a faixa” do disco.

Divirta-se!

1. Throughout the Storm

Desde sempre fiz questão que ela fosse a primeira do disco, tanto por ter uma pegada que mostra bem a ideia do projeto, tanto pelos elementos musicais, quanto pela letra. Tem gaita, um levadão folk e o Ricardo duetando comigo quase durante toda a música. Ela fala sobre escolhas que temos que fazer ao longo da vida, momentos pelos quais todos em diversas fases. A ideia é nunca recuar ou ceder aos receios, é uma celebração aos corajosos, aos que decidem ser protagonistas de suas vidas e lidar com as consequências disso sem medo, sejam elas quais forem.

2. Trouble Bound

Essa é nossa faixa honky tonk, com uma pegada mais country, e a primeira do disco que tem um solo do Ricardo. Ela fala sobre começar a viver de uma forma mais calma e comportada, mas a vida arrumar uma maneira te trazer de volta pra vida de solteiro, na estrada e suas loucuras. Se é nesse caminho que você está, que faça o seu melhor! É também a primeira que lançamos com um banjinho arrepiando na base, que foi gravado pelo Lucas Araujo. Yee haw!

3. Good Ol’Days

A primeira balada do álbum é uma música doce e nostálgica. A Julia Vaz canta essa comigo e ajudou muito na parte da doçura, ficou incrível ter a voz dela ali. É difícil falar sobre relacionamentos antigos, ou o fim deles, sem soar muito triste ou até mesmo rancoroso, então fiquei bem feliz por ter conseguido passar algo diferente com essa letra. É bom guardar as coisas boas que você vive com alguém, deixando de lado as ruins, mas sem nunca esquecer o que elas te ensinaram.

4. Who Are You?

Nosso primeiro single do disco! É a mesma ideia de Throughout the Storm, de escolhas de vida, mas de uma forma bem mais direta. São as faixas que resumem a minha idéia de  Live True. É sobre auto descoberta, saber o que você está fazendo aqui nesse mundo e o que você vai fazer sobre isso. Cada um tem o seu caminho, não existe um certo absoluto, mas a grande questão é você sempre se questionar e não se acomodar. Descubra o que você ama, o que te faz feliz e vivo, e vá atrás disso até o fim.

5. Turn Me On, Burn Me Up

Ah sim! Essa é a blueseira em que decidimos nem gravar violão, então eu fui pra guitarra base e Ricardo continuou arrepiando na faixa toda. Música sobre paixão, pode ser daquelas instantâneas de uma noite, pode ser platônica de longa data, mas que seja daquelas que te tira o sono e dá frio na barriga. Lançamos a primeira versão dessa música com o StripClub, acho que em 2008,  e como adoro releituras achei uma ótima idéia ver no que daria. Amei o resultado.

6. So Long, Woman

Se a faixa #03 foi doce, essa veio pra acabar com essa história. Essa música é bem rock, com riffão, muitos solos e palavras que eu não gostaria que tivessem escrito pra mim. A nossa ideia pra deixar ela nessa pegada veio do gosto em comum por Neil Young, então resolvemos dar uma soltada na mão e deixar mais porrada. Afinal, somos todos escolados no rock, metal e hardcore, não ia dar pra segurar a onda o disco todo.

7. Let’s Hit the Road

Violão, gaita e o banjo voltaram. Bateria e baixo na levadinha, Ricardo na guitarrinha baladeira. É a vontade de sair da cidade e ir curtir um amor em algum lugar calmo e gostoso. Pode ser um pedido de casamento ou uma fuga de fim de semana. Boa pra colocar no carro e pegar a estrada.

8. Hot Coffee, Cold Nights

Essa música tem a letra triste e começa bem introspectiva, só com violão e voz. Quando a banda toda entra dá até pra esquecer um pouco a fossa e dar uma dançada. Quem aparece nos vocais novamente é a Julia Vaz, novamente dando aquele upgrade. Me dá até arrepio na hora que a banda entra com tudo, ela cantando, e Ricardo “El Coyote” mandando aquele solo faroeste.

9. Mad Love

Curto a pegada vintage dessa, me soa como uma balada rockabilly. É bem calminha, mas tem seu groovezinho dançante. Queria ter gravado essa com um baixo “rabecão”, mas não tivemos tempo de agilizar isso, ainda bem que tivemos Jerry Arbex pra deixar tudo lindo no groove do baixo elétrico!

10. High On You

Acho que essa é a música mais “estranha” do disco, onde experimentamos formatos, timbres e levadas diferentes. Fiz a demo dessa faixa da mesma forma que fiz as outras, no app de telefone, violão e voz, o mais cru possível. Pra chegar nessa versão final, nos juntamos no estúdio e levantamos ela juntos, do zero, cada um colocando suas ideias. Acredito que seja a música que cada um colocou seu lado menos óbvio na mesa. Alguns momentos me soam meio Black Keys, meio Tom Waits, meio QOTSA, fico dando uma viajada e tentando achar as influências que aparecem naturalmente, sem percebermos ao compor. Escuta altão num fone e vê o que você acha aí pelo meio.

11. Whole Night Through

Quem acompanha o projeto desde o início já conhece essa. No nosso EP de estreia tem a primeira versão dela, acústica, e tocamos em todos os shows desde o lançamento. Inclusive, foi o primeiro single do Blessed With Holy Whiskey. Foi a faixa escolhida pra ser regravada com a banda toda, dando aquele boost de mojo. Liga para aquela pessoa que você quer ver agora, abre uma bebida que você gosta, dá uns beijos, dança, mande muita brasa! Bom terminar o disco com essa mensagem.

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