Em recente entrevista para a revista online norte-americana Deadline, na qual conversou sobre as três indicações ao Emmy recebidas pelo o documentário Sonic Highways, Dave Grohl falou sobre o Nirvana e também sobre a formação atual do Foo Fighters. Separamos alguns trechos da conversa pra você.

Por estar em uma banda com Kurt Cobain, o maior compositor da nossa geração, eu não queria poluir o processo. Uma coisa que descobri é que existem hobbystas e, de outro lado, pessoas preocupadas com a carreira. Os hobbystas são mais inclinados a aproveitar certas oportunidades, porque eles estão fazendo aquilo apenas pela paixão da experiência. Já aquelas pessoas preocupadas com a carreira podem ter outros motivos, que poderiam criar algumas barreiras para certas coisas. Como a ideia de que “eu não quero fazer isso porque pode não ser bom para minha carreira”.

Quando eu era criança em Springfield, Virgínia, não havia nenhuma oportunidade para seguir carreira na música. Eu trabalharia com paredes de gesso ou em um armazém de móveis, onde trabalhei por anos. Larguei a escola no colegial. Não poderia imaginar que estava a caminho do estrelato deitado na minha cama em Springfield.

Então, tudo o que eu fiz foi apenas por uma questão de diversão, de experimentar música. Durante todo o tempo em que estive no Nirvana, eu continuei gravando coisas no porão da minha casa. Mas não deixei ninguém ouvir, porque eu não precisava. Porque eu ouvi. Não senti que estava guardando um segredo incrível. Eram só coisas que fiz no porão. Esse foi o começo do Foo Fighters. Era algo como ‘OK, eu também faço isso’. O Foo Fighters é uma banda que surgiu… apenas da sobrevivência.”

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Todos os músicos (da formação atual do Foo Fighters) fizeram parte bandas que acabaram prematuramente, mas nós ainda não estávamos acabados. Houve histórias de partir o coração no nosso passado, mas tínhamos muito o que almejar para o futuro. Essa foi nossa maior motivação.

Não era porque queríamos nos tornar a maior banda do mundo. Só queríamos continuar tocando. Talvez tenhamos contado um pouco dessa história no episódio de Seattle (do documentário Sonic Highways), mas aquele e também o episódio de Washington, no qual você vê o lugar onde cresci, foram muito pessoais. Tive que moderar no lado emocional, pessoal, e não deixar que aquilo ficasse no caminho de todas aquelas outras lindas histórias que mostramos. Eu precisei deixar Seattle ser Seattle. Seattle não sou eu. Eu só tenho um pouco de história lá. Pra conseguir conectar esses episódios foi preciso amarrar aquela sequência emocional a eles.

Fonte: Deadline.com

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