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O pessoal da banda Francisco, El Hombre, donos de um dos shows mais animados e surpreendentes da 17ª Edição do Festival Bananada, tirou um tempinho entre os shows (que aconteceram em formato contínuo, sempre em uma correria de um palco para o outro para não perder nenhum segundo das apresentações) para conversar com o TMDQA!.

Sebastián, Mateo, Andrei, Juliana e Gomes mostraram que suas personalidades marcantes e alegres que vemos em cima dos palcos também se refletem em uma conversa pessoal, com reflexões marcadas sempre por uma leveza e bom humor.

Leia:

TMDQA: O que vocês acham do intercâmbio cultural que festivais como o Bananada proporcionam?

Francisco El Hombre : Maravilhoso. Foda é pouco. Incrível, magnífico, louvável! É digno de aplausos do Brasil inteiro. Já tem milhares de pessoas ligadas nisso, mas deveriam ter mais milhões antenadas! Uma iniciativa como essa, de fazer as bandas expandirem e mostrarem seu talento podendo dividir espaço e vivências com outras bandas e produtores… não tenho palavras para descrever o quão incrível é. Nesta última semana temos passado grande parte dos nossos dias ao lado de bandas de todos os lados. De repente é uma banda do Chile, depois uma banda dos Estados Unidos, de repente é alguém de Goiânia… acho isso louvável!

TMDQA: Como não é a primeira vez que vocês vêm a Goiânia, qual é a opinião de vocês sobre o cenário cultural daqui?

Francisco El Hombre: É um exemplo. Nos ensinou muito. Nós aprendemos muito com esta cena, é incrível ser recebido como família por bandas goianas, ser recebido assim com tanto carinho. Acho que a cena de Goiânia é um grande exemplo para todo país. Ver tantas bandas e produtores trabalhando juntos, tantas casas de show trabalhando juntas de uma maneira tão saudável e produtiva. Imagina se toda cidade fosse assim, seria um paraíso. A cidade de Goiânia é um exemplo de colaboração, tem galera de várias produtoras, vários nichos e não há uma rixa, tudo se torna uma coisa só. Além disso é uma colaboração que envolve muitos agentes. Existe um envolvimento do público que você não vê em vários outros lugares por onde a gente passa. O público daqui vai atrás, vai ouvir, todo mundo dá uma “estudada” em casa antes de vir para o festival. Existe uma relação muito saudável na cena como um todo.

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TMDQA: Sobre a apresentação de vocês este ano no Bananada, como foi a experiência de tocar no festival?

Francisco El Hombre: Quando você está a beira de um pulinho na água e você vai e pula na água, você não consegue ver de fora. Você não consegue se ver caindo, não consegue ver quão legal foi seu mergulho. Você consegue só sentir a emoção de pular e mergulhar, a emoção que isso libera. O show é assim. Eu só sei que me diverti muito! Estávamos nervosos durante a semana (na verdade, ansiosos) para participar disso aqui, para tocar, queríamos fazer aquilo que realmente gostamos de fazer. Entramos no palco, nos olhamos e sentimos que se quisessem que a gente tocasse por 3 horas nós tocaríamos, pelo prazer que estávamos tendo em tocar. Recebemos críticas muito boas, muito construtivas, mas além disso nos divertimos bastante.

TMDQA: O que vocês puderam aprender/absorver após o imprevisto que aconteceu com vocês durante a turnê que realizaram pela América Latina?

Francisco El Hombre: Aprendemos que quando a vida quer te dar uma coisa muito grande, ela precisa tirar algo de você antes. Foi a troca do material pelo imaterial. Aprendemos que o imaterial vai sempre valer mais. Podem agora tirar tudo que temos, mas se tiver carinho, tá de boa (…) As histórias que acumulamos a partir disto, não tem preço que pague. As pessoas que conhecemos a partir de tudo que ocorreu, as conexões que criamos, isso não se paga. Já se passaram 4 ou 5 meses desde o assalto, e ainda não acabou nosso sentimento de gratidão a todas as pessoas que ajudaram a gente, de todos os países que nos enviaram algum tipo de ajuda.

TMDQA: Vocês têm mais discos ou mais amigos?

Francisco El Hombre: Olha… depois que roubaram nossos discos, acho que sobraram muito mais amigos. Mas antes eram bem próximos os números. Mas os discos de vinil já estão quase chegando ao número de amigos.

Conheça um pouco mais o trabalho da banda através de seu último lançamento, o EP La Pachanga:

 

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