hell oh

A banda Hell Oh é de Nova Friburgo, está em cena desde 2011 e trabalha com um som baseado no garage rock, surf music, punk, grunge e várias outras influências.

Após 4 anos de carreira, o grupo resolveu produzir material físico e reuniu músicas que já haviam sido lançadas, de forma remasterizada, e gravaram também canções inéditas. O resultado é o disco We’ve Got Nothing to Say But a Song, que você confere logo abaixo com lançamento em primeira mão no TMDQA!.

O Hell Oh! é formado por: Marco Tulio (bateria), Marcus Vinícius (guitarra), Maycon Rocha (baixo) e Raphael Cunha (vocal).

A banda impressiona pela vivacidade de suas músicas, o que já rendeu destaque ao grupo na imprensa nacional e também internacional. Os meninos responderam algumas perguntas do TMDQA!, e você confere a entrevista logo abaixo:

TMDQA: Como funciona o processo de composição da banda?

Raphael: Existem duas formas básicas na minha visão. Algumas músicas nós apresentamos uns para os outros já em um estágio de composição mais avançado e tentamos focar mais nos arranjos sobre essa base. Outra forma seria mais a de desenvolver uma ideia dentro do estúdio de ensaio com todos juntos até que essa ideia tome forma e se transforme em uma música.

Túlio: Normalmente chega-se com uma ideia, de riff ou de melodia vocal, em alguns momentos, até mesmo uma ideia mais madura, com levadas e tudo. Mas sempre respeitamos o toque pessoal de cada componente, então costumamos dizer que o processo de composição é vivo e participativo.

Bruce: O processo de composição é bem democrático, assim como em outros âmbitos do grupo. O espaço é aberto a todos que queiram contribuir, seja trazendo uma estrutura já formada, ou na construção dos arranjos.

Maycon: Somos a banda mais democrática do mundo nessa parte, todo mundo traz um pouco de si para as composições.

TMDQA: Vocês enfrentaram alguma dificuldade na produção deste novo CD?

Raphael: Acredito que as dificuldades que a maioria das bandas independentes encontram, como ter que bancar quase toda a produção sozinhos…gravação, prensagem dos discos, divulgação, se deslocar para outra cidade para as gravações  e outras coisas dentro desse processo. Mas acredito que todas essas dificuldades são superadas pela diversão e satisfação que é gravar um álbum com musicas que significam tanto para nós.

Túlio: Foi realmente, muito natural e fluido.

Bruce: Acredito que a dificuldade maior é a mesma que muitas bandas autorais e independentes enfrentam quando vão produzir um disco. Falta de grana. A gente produz tudo o que é do Hell Oh!. Arte do CD, clipe, divulgação, booking, é tudo por nossa conta.

Maycon: Tecnicamente não, todas as musicas estavam bem encaminhadas e trabalhamos com pessoas muito competentes do meio musical aqui do Rio de Janeiro, tudo fluiu muito bem.

TMDQA: Algumas faixas do novo álbum são faixas de EP’s passados remasterizadas. Mas e quanto às faixas novas, o que vocês inseriram de novo nessa fase mais recente do trabalho? O que as difere das anteriores?

Raphael: As novas faixas para mim trazem uma evolução no sentido da maturidade das músicas. As primeiras gravações foram em uma fase de descoberta das possibilidades sonoras que a banda poderia ter. O segundo EP foi algo mais pensado, já tínhamos uma pré-produção, mesmo que caseira, as melhor, além de mais tempo de banda. As novas gravações trazem um pouco do que estamos buscando para o futuro. Trazem algo mais visceral e ao mesmo tempo com muito sentimento e climas dentro das músicas.

Túlio: Pra mim, foi mais audacioso. Experimentamos outras vertentes, que ao meu ver, são bem mais complexas que as músicas anteriores, com mais detalhes, timbres complexos e atmosfera mais carregada.

Bruce: A gravação delas se deu em um período de tempo curto em relação às do primeiro e segundo EPs. Ouvi de amigos que as músicas posteriores estão mais maduras. Nós prezamos bastante pela diversidade, por não nos prendermos a um estilo específico. Então a meta é sempre explorar toda a musicalidade dentro de nós. Uma prova disso é que a tentativa de fazer um som específico (no caso, o garage) foi por água abaixo, já que é possível identificar diversas tendências do rock no nosso som.

Maycon: Acredito que a única diferença seja na atmosfera das músicas. No mais, vejo como uma continuação de um trabalho que já estava sendo feito.

hell oh

TMDQA: No que diz respeito a estilos, vocês parecem se basear em variados gêneros musicais.E quanto a bandas? Vocês têm alguma grande influência?

Raphael: São várias as influencias da banda. Ouvimos muitas coisas e de vários estilos desde a adolescência, não vejo uma linha de som que buscamos ou um estilo que focamos, se a banda tem alguma característica sonora e tal, não foi nada direcionada. Muitas vezes ao fim ou durante a composição de uma musica cada integrante acha que parece com algo diferente, e acredito que muitas das influências não precisam ser somente sonoras, eles podem vir de filmes, séries, e toda forma de arte ao redor.

Túlio: Existem muitas influências sim, mas se prender a um estilo, fatalmente podaria a nossa criatividade. Até porque, cada um bebe de uma fonte, usar um estilo apenas como influência seria no mínimo inibidor. Literalmente, vivemos a música, escutamos de tudo!

Bruce: Como eu disse anteriormente, a inovação é o norte da banda sem dúvidas. A gente ouve de tudo, não só dentro do rock. A gente escuta de tudo mesmo. Do punk ao soul, do indie ao black metal. Então não dá pra dizer que a gente tem como influência um estilo específico, que dirá uma banda específica. E acredito que isso vai ficar mais evidente quando surgirem mais músicas.

Maycon: Temos mil influencias, mas tentamos fazer do nosso som algo mais contemporâneo possível, náo gosto de bandas que acabam se tornando ‘’datadas”, por isso buscamos o som mais atual possível.

TMDQA: O que vocês destacam de mais interessante da carreira de vocês até hoje?

Raphael: Acho que destacaria como tudo foi construído de forma bem solta e simples  em relação às musicas e ao contato que temos com as pessoas. Fico feliz de não ser uma banda que começou ontem e parece se apresentar como se fosse um rock star com toda uma estrutura artificial ao redor. Acredito que passar por todas as dificuldades que outros passaram nesse meio musical é o maior dos aprendizados tanto profissionalmente como pessoalmente.

Túlio: Pessoalmente, tocar nos festivais em Goiânia, definitivamente!

Bruce: Na minha opinião, o que acho mais interessante na nossa carreira é que somos uma banda genuinamente independente. Começamos tudo do zero, com nossas próprias mãos e com 3 anos de banda conseguimos tocar no Grito Rock de Goiânia, que é um dos principais eventos de música do Brasil. Tudo que a gente conseguiu veio do nosso esforço e da nossa música.

Maycon: Para mim a participação no projeto nova iorquino Rubber Tracks foi muito legal, tivemos contato com um engenheiro de fora do Brasil com outra visão o que abriu muito a nossa cabeça. Outro destaque muito significativo foi a participação no Vaca Amarela 2014 e ter conhecido o pessoal da Fósforo de Goiânia que abraçou a banda.

TMDQA: Este disco novo conta com alguma participação especial?

Maycon: Então, tem a participação de duas pessoas: a Emmily do Far From Alaska (na faixa “Empty Speech”) e o Bernardo Berbert (da banda Malvina, na faixa “Way Out”). O Bernardo é nosso irmão e trabalhou na co produção do disco. Já a Emmilly foi muito legal com a gente e quis fazer essa participação. Na época que ela participou  o FFA estava começando a bombar e ela veio no meu perfil elogiar a banda pessoalmente e aí eu aproveitei a deixa pra fazer o convite e ela topou!

TMDQA: Vocês têm mais discos ou mais amigos?

Raphael: Bom, no caso eu tenho discos. Não porque choro em casa sábado à noite sozinho, mas é porque tenho uma loja de discos aqui onde moro e tenho também um acervo bem grande tanto em vinil quanto em CDs. Mas a minha proporção entre amigos e discos é desleal, mesmo tendo ótimos amigos.

Túlio: MUITO MAIS DISCOS QUE AMIGOS!!!!!

Bruce: Olha, se for falar em discos físicos, eu tenho mais amigos. Mas eu queria ter um milhão de discos (risos).

Maycon: Mais discos que amigos, não tanto quanto o Rapha que tem uma loja inteira de discos. Resumindo, tenho poucos mas bons amigos!

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