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13 músicas de protesto – Parte 2

Foto retirada do UOL

O Brasil está vivendo um momento histórico já que, após algumas décadas, seu povo resolveu ir às ruas para brigar por melhores condições de vida e o fim da corrupção.

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No ano passado fizemos uma lista com 13 Rocks de protesto em homenagem ao Dia do Rock, e agora fizemos uma segunda parte da lista apenas com bandas brasileiras e letras em bom Português.

Confira, cante e proteste com a gente!

Clique nos botões “Anterior” e “Próximo” ou navegue pelas setas do teclado.

 

Blind Pigs

“Conformismo e Resistência”

Colocamos correntes
Pessoas em grilhões
Vendidas como mercadoria
Assim construímos a nação

Somos gigantes pela própria natureza
Um presente de deus
Um povo alegre e sensual

Conformismo e resistência
Conformismo e resistência
Progresso é nossa penitência

Catequizamos os índios
Massacrando a sua cultura
Pelo menos eles foram pro céu
Assim construimos a nação

Os filhos deste solo você abandonou e traiu
Você é apenas mais uma entre outras
Entre outras mil

Dead Fish

Molotov

Muitos corpos caem
Cairão, camburão
Cassetete, porrada, porrete

Muitos nasceram
Morreram, viveram, lutaram
Cobraram, cobraram pra poder comer

Curiosos, interessados da noite
Lutadores e mártires e líderes
Comam, briguem, briguem, lutem
Caiam mas não
se esqueçam de se levantar

Molotov por todos que ainda irão
Molotov

Plantar, morar
Reformar, reagir, distribuir
Educar, dividir, compartilhar

Ensinar, progredir,
Olhar, ignorar, falar
Brigar, brigar, correr,
Comer, correr,
Voltar a lutar

Infeliz operário
Lutou, correu, comeu
Morou, mudou, lutou, gritou
Falou, fome passou

Molotov por todos que ainda irão
Molotov

Ei você que viu e se indignou
Você que viu, e só viu
Ficou olhando, observando
Indignado, estático, apático

Enfrentou, combateu
Combateu, combateu, combateu
Gritou, gritou, gritou
Combateu,
Dormiu na rua
Não acordou, morreu!!!!!!!!!!!!!!!

Molotov por todos que ainda irão
Molotov
Molotov!!!!!!!!!!
Molotov

Charlie Brown Jr.

“Não É Sério”

Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério

Sempre quis falar
Nunca tive chance
Tudo que eu queria
Estava fora do meu alcance
Sim, já
Já faz um tempo
Mas eu gosto de lembrar
Cada um, cada um
Cada lugar, um lugar
Eu sei como é difícil
Eu sei como é difícil acreditar
Mas essa porra um dia vai mudar
Se não mudar, pra onde vou
Não cansado de tentar de novo
Passa a bola, eu jogo o jogo

Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério

A polícia diz que já causei muito distúrbio
O repórter quer saber porque eu me drogo
O que é que eu uso
Eu também senti a dor
E disso tudo eu fiz a rima
Agora tô por conta
Pode crer que eu tô no clima
Eu tô no clima…. segue a rima

Revolução na sua mente você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Revolução na sua vida você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Revolução na sua mente você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Também sou rimador, também sou da banca
Aperta um do forte que fica tudo a pampa

Eu to no clima! Eu to no clima ! Eu to no clima
Segue a Rima!

Sempre quis falar
Nunca tive chance
Tudo que eu queria
Estava fora do meu alcance
Sim, já
Já faz um tempo
Mas eu gosto de lembrar
Cada um, cada um
Cada lugar, um lugar
Eu sei como é difícil
Eu sei como é difícil acreditar
Mas essa porra um dia vai mudar
Se não mudar, pra onde vou
Não cansado de tentar de novo
Passa a bola, eu jogo o jogo

Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério

A polícia diz que já causei muito distúrbio
O repórter quer saber porque eu me drogo
O que é que eu uso
Eu também senti a dor
E disso tudo eu fiz a rima
Agora tô por conta
Pode crer que eu tô no clima
Eu tô no clima… segue a rima

Revolução na sua mente você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Revolução na sua vida você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Revolução na sua mente você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais
Revolução na sua mente você pode você faz
Quem sabe mesmo é quem sabe mais

Eu to no clima

“O que eu consigo ver é só um terço do problema
É o Sistema que tem que mudar
Não se pode parar de lutar
Senão não muda
A Juventude tem que estar a fim
Tem que se unir
O abuso do trabalho infantil, a ignorância
Só faz destruir a esperança
Na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
Deixa ele viver! É o que liga”

Iuska Wolski

“Vinagre”

Muito cuidado se você esta pensando em comer uma salada em São Paulo
Na cidade onde um olho estourado com uma bala de borracha vale menos que lixeiras

Mantenha seus temperos bem guardados
ou vai ser condimentado
com spray de pimenta

Cuidado, presidenta
acho que a sua cozinheira
conspirou contra você!

O que é isso que ela usou para lavar a alface?
Vinagre, vinagre é o novo Anthrax

Por isso meu amigo vândalo
vagabundo, baderneiro
classe media, estudante

Quando o gás lacrimogênio
te fizer desmaiar
e bater com a cabeça no chão

Por favor seja
pisoteado na calçada
que é pra não atrapalhar

O trânsito de quem volta do litoral

Vinagre, vinagre é o novo Anthrax!

Plebe Rude

“Até Quando Esperar”

Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração

Até quando esperar

E cadê a esmola que nós damos
Sem perceber que aquele abençoado
Poderia ter sido você
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração

Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus

Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos

Sei
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda do divino Deus

Capital Inicial

“Veraneio Vascaína”

Cuidado, pessoal, lá vem vindo a veraneio
Toda pintada de preto, branco, cinza e vermelho
Com números do lado, dentro dois ou três tarados
Assassinos armados, uniformizados

Veraneio vascaína vem dobrando a esquina

Porque pobre quando nasce com instinto assassino
Sabe o que vai ser quando crescer desde menino
Ladrão pra roubar, marginal pra matar
Papai eu quero ser policial quando eu crescer

Cuidado, pessoal, lá vem vindo a veraneio
Toda pintada de preto, branco, cinza e vermelho
Com números do lado, dentro dois ou três tarados
Assassinos armados, uniformizados

Veraneio vascaína vem dobrando a esquina

Se eles vêm com fogo em cima, é melhor sair da frente
Tanto faz, ninguém se importa se você é inocente
Com uma arma na mão eu boto fogo no país
E não vai ter problema eu sei estou do lado da lei

Cuidado, pessoal, lá vem vindo a veraneio
Toda pintada de preto, branco, cinza e vermelho
Com números do lado, dentro dois ou três tarados
Assassinos armados, uniformizados

Veraneio vascaína vem dobrando a esquina

Raimundos

“Baile Funky”

Essa mulher tá me olhando
E me dizendo que me quer no meio
Funk baile funky

Moça bonita do jeito que a nêga grita
É na lapada
Nós vamos tirando o sangue

Sul, essa mulher tá me dizendo
Que a vontade dá no sul
A bússola tá me dizendo que ela tá no sul

Você com a arma do lado
Tome cuidado na briga que esse rei na barriga
Tá ficando velho

Alto lá nego doido
Tá com medo pra que veio
Tá com perna bamba de quem vai morrer

Eu tô cansado da tv e do bombardeio da moda
Manda comprar tudo que eu ver
Tudo que ela tem pra vender
Eu tô cansado eu sou um calo nos dedo
Da mão na roda
Que não para de crescer
A lei não sabe a diferença o que é ser e ficar louco
O remédio é tão forte que mata cada dia um pouco
Se todo excesso fosse visto como fraqueza
E não como insulto
Já me tirava do sufoco

A porta tá sempre aberta pro povo

Casa do cerrado chegaram os mortos de fome
Sujeira de outra parte que vem pra sujar seu nome
Eu te falei que o ladrão que rouba mesmo
É bem vestido e eu vi de monte

Essa zoada no telhado é o vento que a vida leva
É o pensamento antiquado, te apaga queimando a erva
Enraizado fica o dono do pé que finca na terra
E faz a ponte

Povo de zé ofensa

É na igreja que o povo esvazia as bolsa
Tem quatro santos, três queimando o kunk

Decidindo o destino dos outros como se fosse deus
Atrás da mesa o açougueiro comanda
E a intolerância me manda de novo pro banco dos réus
Armando com propaganda.
Naquela teia de aranha tem cobra, cachorro e rato
E o remédio pra matar é verde e feito de mato
Chegou a hora de mudar, de por sangue novo
E deixar essa porta sempre aberta pro povo

Casa do cerrado chegaram os mortos de fome
Sujeira de outra parte que vem pra sujar seu nome
Eu te falei que o ladrão que rouba mesmo
É bem vestido e eu vi de monte

Essa zoada no telhado é o vento que a vida leva
É o pensamento antiquado, te apaga queimando a erva
Enraizado fica o dono do pé que finca na terra
E faz a ponte

A justiça não me olha porque é cega
Mas o seu dinheiro na carteira ela enxerga
A lei do cão não é nada mais que a própria lei do homem

E quanto mais eu olhava aumentava a crença
De que o guarda do seu lado não é nada que você pensa
Pro povo do cerrado
Do alto do colorado
Tem outro nome

Povo de zé ofensa

Titãs

“Homem Primata”

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía…

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!…(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel…

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!…(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi…

“I’m a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!”

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía…

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!…(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr’o céu
É bom aprender
A vida é cruel…

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!…(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi…

Ultraje A Rigor

“Filha da Puta”

Morar nesse país
É como ter a mãe na zona
Você sabe que ela não presta
E ainda assim adora essa gatona
Não que eu tenha nada contra
Profissionais da cama
Mas são os filhos dessa dama
Que você sabe como é que chama

Filha da puta
É tudo filho da puta (2x)

É uma coisa muito feia
E é o que mais tem por aqui
E sendo nós da Pátria filhos
Não tem nem como fugir
E eu não vi nenhum tostão
Da grana toda que ela arrecadou
Na certa foi parar na mão
De algum maldito gigolô

Filha da puta
É tudo filho da puta (4x)

‘Cês me desculpem o palavrão
Eu bem que tentei evitar
Mas não achei outra definição
Que pudesse explicar
Com tanta clareza
Aquilo tudo que a gente sente
A terra é uma beleza
O que estraga é essa gente

Filha da puta

Ratos de Porão

“Agressão / Repressão”

É preciso mudar o sistema policial
Porque eles estão matando a pau
Gente decente
É preciso mudar o sistema policial
Porque eles estão matando a pau
Gente inocente
Em vez de proteger a população
Vivem agredindo algum cidadão
Sem nenhuma razão
Agressão/Repressão – 2x
É preciso mudar o sistema policial
Porque já estamos cansados de agressão
Agressão/Repressão – 2x

Os Paralamas do Sucesso

“A Novidade”

A novidade veio dar a praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
O mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
O, o, o, o…
De um lado esse carnaval
De outro a fome total
O, o, o, o…
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ô Mundo tão desigual…
A Novidade era o máximo…
Ô Mundo tão desigual…

Skank

“Esmola”

Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola
Meu! Por caridade
Uma esmola
Pr’o ceguinho, pr’o menino
Em toda esquina
Tem gente só pedindo…

Uma esmola pr’o desempregado
Uma esmolinha
Pr’o preto pobre doente
Uma esmola
Pr’o que resta do Brasil
Pr’o mendigo, pr’o indigente…

Ele que pede, eu que dou
Ele só pede, o ano é mil
Novecentos e noventa e tal
Eu tô cansado de dar esmola
Qualquer lugar que eu passo
É isso agora…

Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola
Meu! Por caridade
Uma esmola
Pr’o ceguinho, pr’o menino
Em toda esquina
Tem gente só pedindo…

Uma esmola pr’o desempregado
Uma esmolinha
Pr’o preto pobre doente
Uma esmola
Pr’o que resta do Brasil
Pr’o mendigo, pr’o indigente…

Eu tô cansado, meu bom
De dá esmola
Essa quota miserável da avareza
Se o país não for prá cada um
Pode estar certo
Não vai ser prá nenhum…

Não vai não! Não vai não!
Não vai não! Não vai não!
Não vai não! Não vai não!
Não vai não!
No hospital, no restaurante
No sinal, no Morumbi
No Mário Filho, no Mineirão…

Menino me vê
Começa logo a pedir
Me dá, me dá
Me dá um dinheiro aí
Mas menino me vê
Começa logo a pedir
Me dá, me dá
Me dá um dinheiro aí..

Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola
Pr’o ceguinho, pr’o menino
Em toda esquina
Tem gente só pedindo…

Geraldo Vandré

“Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Músicas de protesto na Deezer

Quem também fez uma playlist só com músicas de protesto foram os nossos parceiros da Deezer.

Você pode acessá-la clicando aqui.

 

Published by
Tony Aiex