The Hives

The Hives no Lollapalooza Brasil

Acho até que não seria necessário, mas a performance do líder do Kaiser Chiefs pode ter empolgado e desafiado ainda mais o Sr. Howlin’ Pelle Almqvist, líder do The Hives, para que ele desse um espetáculo. E isso foi feito com maestria.

Com a árdua tarefa de ser a última banda a tocar no palco Cidade Jardim antes do Pearl Jam, os suecos do Hives encontraram um público formado em boa parte por fãs de Eddie Vedder e companhia que até liam livros sentados no chão enquanto a banda tocava seus primeiros acordes, algo que acabou rapidamente.

Era impossível ficar parado com a banda, que abriu o show com a também música de abertura de seu último disco, “Come On”, e dali pra frente fez com que todos os presentes pulassem, cantassem e gritassem a todo tempo.

Almqvist e o resto da banda mostram uma energia impressionante, pulando pra lá e pra cá a todo tempo e interagindo com o público. O vocalista decorou uma série de palavras e frases em Português e pediu várias vezes para o público: “gritem”, “pulem”, “batam palmas São Paulo”, e em todas elas foi atendido.

Simpático, engraçado e nada modesto, o cara disse várias vezes que o público brasileiro era o melhor, assim como a banda, que também era a melhor de todas. Apesar de parecer incomodado com o retorno em seu ouvido, onde mexeu várias vezes, em nenhum momento ele deixou se abater pelo fato e jogava o microfone pra cima e pra baixo, com um timing impressionante onde ele sempre caía em suas mãos quando o vocal era necessário.

A banda passou por boa parte de sua discografia e pontos altos vieram através de músicas como “Main Offender”, “Die, All Right”, “1000 Answers”, “Walk Idiot Walk” e a clássica “Hate To Say I Told You So”.

O vocalista não poupou gritos, às vezes até exagerados, elogiou o show do Queens Of The Stone Age no dia anterior, e foi em direção ao público por várias vezes, sendo que em uma delas fez questão de autografar a capa de um disco de vinil da banda que um fã colado na grade segurava. Como se isso ainda não tivesse acontecido, o sueco conquistou o público de vez.

Para fechar com chave de ouro um dos shows mais empolgantes e importantes de todo o festival, Almqvist liderou a banda através de “Tick Tick Boom”, em uma versão prolongada que contou com uma ponte onde a banda fez com que o público interagisse mais uma vez, se abaixando e pulando.

Com um disco lançado em 2012 e na ativa desde 1993, o quinteto provou que ainda tem muito gás e que shows no Brasil serão muito bem vindos, pois trata-se de uma banda que sabe fazer como poucos o que faz: um verdadeiro espetáculo.

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