Dreamworks

A Dreamworks é o Vasco das animações digitais. É irregular, mas tem sucesso e o carinho de muita gente, mas na hora da decisão, quase sempre fica em segundo lugar em preferência e qualidade. E a grande campeã é a Pixar.  E parece que a Dreamworks anda estudando bem sua rival para tentar superá-la usando suas características principais. Será que isso basta?

Fundada em 1994, a Dreamworks Animation Studios começou seus trabalhos com animações tradicionais, como os clássicos da Sessão da Tarde do fim dos anos 90, “O caminho para El Dorado” e o bíblico “O Príncipe do Egito”. A faceta que conhecemos hoje, de animações digitais, veio junto de um atestado de que sabiam quem era sua concorrência: eles lançaram “FormiguinhaZ” ao mesmo tempo que a Pixar lançava “Vida de Inseto”. Foi a primeira derrota.

E elas se seguiram, principalmente no que diz respeito a críticas, já que a Dreamworks criou filmes divertidos que se tornaram franquias milionárias (com sequências de qualidade duvidosa) como “Shrek”, “Madagascar” e “Kung Fu Panda”. Três filmes que expõe muito da cara que as produções deles trazem: filmes divertidos, com um humor que beira o non sense e o uso de sátiras e elementos da cultura pop para aproximar o público ainda mais do que se passa na trama. Isso é bem diferente do que a Pixar faz, com um humor mais sensível, mais focado em uma reflexão final do que no elemento cômico.

Os Croods

Misturar o melhor desses dois mundos foi uma fórmula que gerou filmes fantásticos como “A Origem dos Guardiões” e “Como Treinar o seu Dragão” mas surge como o principal defeito de “Os Croods” que chega aos cinemas na próxima sexta-feira.

Ao contar a (criativa) história de uma família das cavernas, que nem chegam a ser humanos,  lutando pela sobrevivência em um mundo hostil em grandes mudanças,sob o ponto de vista de um pai preocupado demais com a família, que não quer que saiam de casa (assim como visto em “Procurando Nemo”) e de uma menina que sonha demais com uma vida mais livre e independente do que seus pais dizem que é certo pra ela (como a Merida, de “Valente”) dá uma sensação estranha, como se já tivéssemos visto aquilo. E parece forçado.

The Croods

As cenas onde esse lado mais sentimental é exposto não cria uma camada de profundidade para os personagens, pelo contrário, soa forçado. Como algo colocado ali por um capricho de roteiro, para parecer mais artístico.

Descontando isso, “Os Croods” é um filme de um humor genuinamente divertido. Daqueles que realmente te fazem rir, com um humor que faz a criança rir e que tem uma conotação que só os adultos entendem, como em “Shrek”. E elas surgem dos personagens cativantes, e não de uma tentativa de ser algo diferente.

A Dreamworks não é a Pixar. E tá tudo bem. Diversão e só é bom. E “Os Croods” é um bom filme. Vice é honra também. E disso eu entendo bem.

Saudações Vascaínas.

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