<b>Faixa Um</b>, nº6: <b>Weezer</b> - My Name Is Jonas

Graças às portas abertas por "My Name Is Jonas", o Weezer permanece entre os melhores grupos que os anos 90 nos deram.

Capa do álbum homônimo de estreia do Weezer, de 1994

Capa do álbum homônimo de estreia do Weezer, de 1994

Quando o Weezer lançou o álbum de estreia homônimo – que viria a se popularizar como The Blue Album nos anos seguintes – em 1994, o rock mainstream estava em um momento confuso. O  grunge desacelerava e o revival do punk rock começava a ganhar força popular – embalado pelo lançamento de Dookie, do Green Day – mas ainda era cedo para prever seu impacto.

O Weezer era pesado demais para ser indie, indie demais para ser punk, e pop demais para cair nas graças dos órfãos do grunge. Mas de algum jeito misterioso, quatro nerds californianos juntaram tudo isso e lançaram um dos discos mais celebrados dos últimos 20 anos, e o mais interessante: por fãs de todos os estilos citados acima.

The Blue Album chegou às rádios e à MTV (saudosismo alert on: bons tempos…) com “Buddy Holly”, “Say It Ain’t So” e “Undone (The Sweater Song)”, mas para quem nunca dispensou ouvir um álbum desde o início, poucas faixas marcaram tanto quanto “My Name Is Jonas”. A breve introdução no violão intriga, até que Rivers Cuomo canta a frase que dá nome à faixa e dá a deixa para a explosão de guitarras que marca os primeiros segundos do álbum.

Após uma série de bons trabalhos, o Weezer lançou álbuns irregulares, e mesmo boas inclusões como Weezer (2008), e The Red Album, não tiveram o impacto de antes. É graças às portas abertas por The Blue Album e “My Name Is Jonas” que o grupo permanece entre as melhores bandas que os anos 90 nos deram.