Integrantes do Down entregam bolo de aniversário a Matt Pike

Sleep

Sleep no Scion Rock Fest

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Sleep no Scion Rock Fest

Logo após o fim do show do Saint Vitus, uma grande massa de pessoas começou a tomar o Ritz Ybor para ver o show do Sleep. Considerado um dos grandes nomes do chamado stoner metal, o trio é formado atualmente por Al Cisneros (baixo e vocal), Matt Pike (guitarra) e Jason Roeder (bateria). Quando Pike apareceu no palco explorando as reverberações de sua guitarra distorcida, o público assistia a tudo de boca aberta. Assim que os riffs de “Dopesmoker” começaram a ser dedilhados, focos de fumaça brotavam de vários cantos da plateia.

Quando Cisneros e Roeder se juntaram ao guitarrista na execução do épico stoner de quase uma hora de duração, a multidão passou a responder com crowd surfings cada vez mais intensos, dando ainda mais trabalho aos seguranças da casa que o show do Church of Misery. Os três músicos mal olhavam para o que acontecia fora do palco, perdidos entre a combinação de notas graves sustentadas até o limite do suportável por Pike (que mais parecia um chefe índio no palco, iluminado pela luz vermelha intensa), amparada por um baixo pulsante e uma bateria lenta e
quebrada.

Quem não estava preocupado em pogar com o restante da plateia, estava em transe com as reverberações que emanavam dos amplificadores Orange. No fim do show, Phil Anselmo (vocalista do Down) saiu de seu esconderijo ao lado da bateria e apareceu no palco com um bolo de aniversário, fazendo o público cantar parabéns para Matt Pike.

Down

Down no Scion Rock Fest

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Escalados para fechar a noite, o Down já sairia ovacionado do Ritz Ybor até mesmo se resolvesse focar seu set list em um repertório duvidoso como pagodes clássicos dos anos 90.
Egressos de grandes bandas metaleiras como Pantera, Crowbar, Corrosion of Conformity e EyeHateGod, Phil Anselmo, Pepper Keenan, Kirk Windstein, Pat Bruders e Jimmy Bower surgiram no palco apresentados por Dave Chandler (Saint Vitus) emendando uma introdução barulhenta com “Lysergik Funeral Procession”.

Alternando momentos de puro peso com conversas descompromissadas e recheadas de palavrões com o público, Anselmo parecia seguir à risca os dizeres “Classic not classy”, estampado nas costas de sua camiseta surrada, que também trazia o logo de sua gravadora independente (Housecore Records). O set list não foi muito diferente do apresentado no show do SWU em Paulínia, no ano passado: grande parte do repertório era de faixas do célebre primeiro disco, NOLA, com exceção de algumas canções do segundo álbum, A Bustle in Your Hedgerow, e uma composição ainda inédita: “The Misfortune Teller”, devidamente bem-recebida pelos fãs durante o bis.

Se o bolo-surpresa no fim do set do Sleep entregava o clima de camaradagem entre as bandas, ele foi escancarado durante o final da apresentação do Down. Enquanto finalizava “Bury Me in Smoke”, Anselmo e companhia convidaram os membros e roadies das bandas que assistiam ao concerto dos bastidores para assumir os instrumentos, trocando de posições aos poucos e sem deixar a música parar. À medida que a canção era esticada para além de dez minutos, era possível ver membros do Down, Atlas Moth, Origin, Saint Vitus, Church of Misery e Sleep confraternizando no palco, envoltos em puro barulho. Um belo desfecho porrada para um festival caracterizado pela celebração do som pesado.

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