Show em Presidente Prudente
Maio é o mês das noivas… E o que você tem a ver com isso? Realmente nada. O mês já se foi, a mulherada já escolheu o vestido e a Namorada — pelo menos a Belga que vos fala — desfilou bem soltinha por aí. Nas últimas semanas, foram 3 Estados percorridos, muitos encontros, despedidas, gente nova, camas improvisadas e quilômetros rodados.

Logo abaixo você confere a quarta parte do diário de turnê da banda que estamos postando aqui no Tenho Mais Discos Que Amigos!

Viaje com a Namorada!

Tropical, que nada

Floripa. Em meio às 40 e tantas praias, acabamos no centro velho da Ilha. Chegamos ao Taliesyn Rock Bar por volta das 19h. Nenhuma alma viva na região (será que é aí mesmo?) e um friozinho latente. O jeito foi dar um pitstop para a janta e voltar mais tarde.

Retornando ao local, o pessoal do Não Contém Glúten já estava finalizando a passagem de som. Tudo OK — descarregar os equipamentos, esperar o bar encher e meter bronca.

O show rolou com uma energia foda. Keith Richards disse que é importante para uma banda saber se virar em um palco pequeno, já que é neles que se faz escola.

Se ali nem palco tinha (!), o resto estava perfeito: o clima de bar underground, o som com volume à medida e a plateia já pré-aquecida pelo som próprio do Não Contém Glúten ajudaram a transformar a gig em algo descontraído e bastante livre.

Um dos maiores prazeres de quem trabalha com música autoral é chegar num lugar novo e ver que o público tá afim de ouvir o que você veio mostrar. No final, fazer amizade com o dono do bar e ganhar um pack de cerveja pra seguir boa viagem são ossos do ofício.

Madrugada, acidente e fantasmas

Imprevistos são mesmo uma bosta. Nosso baixista, o Edu Rosa, bateu o carro pouco antes da nossa saída para Caiobá, no litoral paranaense.

Apesar da colisão ter sido leve, a dor de cabeça é inevitável. Mas como cantou Walter Franco (e depois Fernanda Takai), “tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. Bola pra frente – temos um show pra fazer.

Depois de uma viagem curta, encontramos uma cidade fantasma. Sério. Tudo fechado e ninguém nas ruas. Bom, o show era as 2h da madruga e a festa iria começar só depois da meia noite. E, quando começou, começou mesmo.

Imagine universitários do Brasil inteiro em um evento que encerraria um congresso que durou 3 dias. Nem é preciso dizer que passava das 6 da manhã e ainda tinha gente na casa. Voltemos ao show: uma 1ª entrada pra quebrar o gelo, uma pausa e depois uma 2ª entrada que empolgou bastante (o grau etílico do público sempre é um termômetro confiável para o repertório de uma banda).

Tocar na praia é uma delícia. Olhar para o lado e ver o mar enquanto se está segurando um bend na guitarra é uma daquelas coisas sensacionais que aconchegam o espírito.

De volta ao interior de SP

Passagem de som no SESC Termas - Presidente Prudente (SP)
Passagem de som no SESC Termas – Presidente Prudente (SP)

 

Cair na estrada para ir tocar pela primeira vez em uma cidade é sempre uma viagem rumo ao desconhecido. E, sem trompetista e com música nova para apresentar, o desconhecido fica — hm — “mais desafiador”.

Aportamos no SESC Thermas, em Presidente Prudente, pouco antes das 11h. Estrutura bem montada, palco impecável. Dá muito prazer fazer o sound check assim!

Quente pra caramba, bem diferente do inverno de Curitiba. As piscinas eram bastante sedutoras, mas a obrigatoriedade de se apresentar um exame médico para entrar na água acabou com as nossas esperanças de refresco.

O jeito foi ir almoçar e dar um tempo, já que o show era só as 16h. Pense em um galpão em formato de cubo com uns 5 metros de altura. Se fosse um aquário, caberia um tubarão ali dentro sem problemas. Esse era nosso camarim – o melhor que já tivemos nessa caminhada independente.

O show começou pontualmente (OK, talvez tenha atrasado uns 5 minutinhos). Recepção singular de um público bastante plural espalhado pelo grande espaço do SESC.

Lucas, nosso vocalista, quando começou no trompete no começo do ano, disse que em 5 meses estaria apto pra mandar ver ao vivo. Dito e feito: na falta do JP (nosso fiel músico de apoio que não pôde estar presente), as principais passagens de sopro continuaram no arranjo.

Hora de apresentar uma música nova. Estrategicamente posicionada no meio do set. A apreensão só teve fim quando os aplausos confirmaram que a canção “colou” legal.

Na volta pra casa, passamos para dar um alô para a família do baixista Edu Rosa, na cidade de Curiúva, no interior do Paraná. O descanso do domingo foi merecido e regado a churrasco e cerveja. Nosso motorista, Carlão (salve Carlão!), cuidou do violão com um repertório refinado de milongas, bossas, sambas e muito Zé Ramalho.

Fim da Primeira parte da Tour

Esses shows marcaram o fim da primeira parte da Tour Ahora Quiero Viajar, e a agenda para o segundo semestre está aberta!

Quem quiser contar com a Namorada em sua cidade, pode mandar um e-mail para contato@namoradabelga.com ou ligar para (41) 9204-4664.

Com shows marcados para cidades aonde nunca foram e outros em locais onde agradaram e voltarão em breve, a banda vem espalhando seu som e sua mensagem por vários cantos do país, e o próximo bar pode ser aquele do lado da sua casa.

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