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Resenha: Miami Bros, Flicts e Matanza no Rio de Janeiro (18/05/12)

Resenha por Luana Queiroz
Fotos por I Hate Flash

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Sexta-feira, 18 de maio de 2012. Enquanto muitos aproveitam o início do final de semana para tomar aquela cerveja ou simplesmente confraternizar com os amigos, 2.500 pessoas resolvem entrar numa “grande roubada”.  A última sexta não poderia passar em branco, afinal, tratava-se dos 3 anos d’A Grande Roubada, produtora que tem levantado a cena do Rio de Janeiro trazendo sempre excelentes atrações (como Zumbis do Espaço, Mukeka Di Rato, Dirty Rotten Imbeciles, Black Drawing Chalks, Reffer, entre outros).

Miami Bros

Para começar a noite de forma inusitada, diretamente da “Cidade do Aço”,  DJason, MC Venéreo, MC Ninja (vocais), Devilmental (guitarra) e Nego Drama de Estilo (baixo), os mascarados do Miami Bros, chegam, como eles mesmo se definem, “semeando o ódio e a discórdia”, mostrando uma performática – e endiabrada –  apresentação de seu brutal funk. Com letras polêmicas e dançarinas-popozudas-e-mascaradas era impossível (mesmo aos mais conservadores) não parar um instante em frente ao palco para assistir tudo aquilo. E com certeza os fãs desse funk-hardcore-satânico saíram do show com sentimento de que o “baile tava uma uva”.

Flicts

Depois do “batidão”, em sua segunda apresentação no Rio, os paulistanos da banda Flicts chegam para provar que o punk rock nacional não morreu. Arthur (guitarra e voz), Rafael (batera e backs) e Jeferson (baixo e backs), em seus 15 anos de estrada, expõem um som frenético, uma presença de palco forte, fazendo os fãs presentes se aproximarem a fim de curtir e cantar as canções a pleno pulmão, “consumindo sem moderação” todo o talento do trio. De brinde o público ainda pode presenciar uma homenagem ao mais amado síndico do Brasil – Tim Maia. Showzaço.

Matanza

E eis que começa o “pandemonium”. Mesmo registrando madrugadas cada vez mais frias, as pessoas no Circo não notavam mais nada. Elas queriam Matanza. Gritos, aglomeração… e surge aquela figura ruiva que faz a galera ir ao delírio – Jimmyagora o bicho ia pegar. Assim que começa “Remédios Demais“, música que abriu o show, dava para ver uma roda imensa engolir todos que estavam embaixo da lona.

Para todo lado que se olhava via-se pessoas cantando as canções aos gritos, com todo seu fôlego, como se elas fossem sua filosofia de vida. E não eram apenas as músicas que integram o último álbum da banda, Odiosa Natureza Humana, mas eram desde os hits antigos como “Pé na Porta, Soco na Cara” e “Ela Roubou meu Caminhão“, passando por “Mesa de Saloon“, “Interceptor V6“, “Matarei“, “Imbecil“, dentre outros. Na verdade o que se via eram centenas de pessoas que cantavam todas as músicas da história da banda. Quase no final do show, Jimmy e companhia dão de presente ao público um cover de “Straight A’s in Love” do fabuloso “homem de preto” – Johnny Cash.

Impressões à parte há dois fatos a constatar: que o Matanza em seus mais de 15 anos de carreira mantém um público forte que curti seu show com tamanha intensidade que contagia todo o ambiente, além de estar sempre agregando novos “sócios” para seu clube. E por fim que A Grande Roubada, nesses 3 anos de existência, tem movimentado a cena carioca e mostrado que o Rio de Janeiro possui público sim, e que pode sediar grandes eventos.

Published by
Angélica Albuquerque