Chilenos do Lili Champ Lançam Seu Primeiro Videoclipe

O trio chileno Lili Champ, cujas influências vão de Screeching Weasel a Against Me!, lançou há poucos dias o videoclipe para a faixa “Entrecerros“, que faz parte do álbum Vientos, lançado em 2011 e que sucede o EP homônimo de 2010.

O clipe é o primeiro da banda e também do fotógrafo brasileiro Bruno “Baketa” Mendes, que produziu (ao lado do trio), filmou, dirigiu e editou todo o material.

Para saber como foi a experiência, resolvemos trocar uma rápida ideia com Baketa, que já clicou alguns eventos para nós.

Abaixo, confira a entrevista e assista ao videoclipe, em seguida!

TMDQA!: Como você conheceu a banda?

Baketa: Há uns anos, um amigo meu me apresentou ao Matias (guitarrista) quando ele ainda tocava na Insomnio, uma banda que fazia um som meio ramônico. Na época eu também tocava numa banda de bubblegum e meio que por isso rolou o primeiro contato e acabei acompanhando o nascimento da Lili Champ, sempre ouvindo as músicas que lançavam. Curto bastante o som dos moleques, mas até eu ir pro Chile fazer o vídeo eu só conhecia o Matias… conheci os outros dois (Gastón e Pato) lá mesmo.

TMDQA!: O que acha que levou a Lili Champ a convidá-lo para filmar o clipe?

Baketa: Ainda não sei [risos]. Na verdade, sempre rolou um papo de um dia fazer algum trabalho com eles, mas seria com fotos de show e umas de divulgação. Nunca tinha rolado papo de eu fazer vídeo deles, mas depois que eles viram um vídeo que eu fiz do Badke (Carbona), eles meio que pilharam nessa ideia e comentaram sobre, mas nem tinha rolado papo sério sobre isso… até o início deste ano, quando fizeram o convite.

TMDQA!: Quais foram as principais referências para o trabalho?

Baketa: Na verdade, a gente quase não teve referência pra fazer o clipe, mas posso dizer que o “American Slang“, do The Gaslight Anthem, foi um que inspirou bastante. Se for comparar não vai ter nada a ver um com o outro, mas de certa forma esse clipe contribuiu um bocado com a criação de “Entrecerros”.

TMDQA!: Conta pra gente como foi a experiência de gravar e trabalhar com os caras no Chile.

Baketa: Resumindo em uma palavra? Sensacional.
Eu já tava muito empolgado só pelo fato de esse ser o primeiro clipe que eu fazia sozinho, mas, como se isso não bastasse, eu tava indo fazer o meu primeiro clipe lá em Santiago. Fui muito bem recebido por todo mundo lá e devo dizer: Ô lugar lindo.
Foram 4 dias em terras chilenas, mas só um dedicado 100% ao trabalho. O difícil foi que rolou um terremoto de 5.4 na madrugada anterior ao dia de gravação, e aí já viu, né? Concentração 0 por um tempo [risos].
Gravamos o clipe em uma fazenda numa cidade chamada Calera de Tango. Ela fica uns 40 minutos ao sul de Santiago. A gravação fluiu bem tranquila e foi até bem rápido… e o dia limpo (e quente) colaborou um bocado pra que rolasse bem.
A comunicação quase foi um problema por eu não falar espanhol e eles não falarem português, mas falamos em inglês o tempo todo e deu certo. Rolou até um “portuspanglish” lá nos momentos mais complicados.
Toda as experiências, desde a viagem até ver o vídeo sendo divulgado, foram muito boas e inesquecíveis. Fiquei muito feliz com o resultado e mais feliz ainda por eles terem curtido e ver que tem uma galera curtindo muito também.

TMDQA!: Tendo em vista que esse também foi seu primeiro videoclipe, qual foi a maior dificuldade que encontrou para realizar o trabalho?

Baketa: A diferença da linguagem da fotografia pra linguagem das imagens em movimento é bem grande, mas no fim você consegue se adaptar fácil. Minha maior dificuldade foi a mesma que tenho quando faço fotos: nunca acho que tá bom o suficiente. Esse é o maior problema porque você acaba se cobrando de mais e isso não é bom.
Sobre toda a parte de equipamentos, configuração de máquina e todas essas coisas… até que foi bem tranquilo. Eu já tinha feito uns trabalhos de vídeo antes (clipe “Quero toda noite”, do Fiuk, e uma das câmeras do DVD de 20 anos do Dead Fish), mas nada que se compare a fazer um clipe sozinho, né? Ter que pensar em tudo. Dirigir, gravar, editar… bem trabalhoso, mas muito gratificante.

Lili Champ e Bruno Baketa nos bastidores da gravação de Entrecerros

TMDQA!: Como você define a banda para quem irá conhecê-la através do video?

Baketa: Lili Champ faz um som que mistura country, folk e punk rock com letras em inglês e espanhol. O mais importante é: você gosta de boa música? Então com certeza vai gostar do som deles.

TMDQA!: Você pretende filmar, dirigir e produzir outros videoclipes? Se sim, já recebeu mais convites?

Baketa: Sim, claro. É uma coisa que pretendo fazer mais vezes sim.
Antes de fazer esse clipe eu já tinha recebido um convite pra dirigir um e tal, mas ainda estamos elaborando roteiro e resolvendo umas outras coisas. Acho que rola antes do meio do ano.
E depois que o clipe foi ao ar, eu recebi uns convites pra fazer uns outros clipes e fiquei muito feliz por isso. É sinal de que o trabalho foi bem feito.
Além dos clipes eu to produzindo umas outras coisas, mas que ainda não posso falar o que é [risos].

TMDQA!: Obrigada pelo tempo concedido, Baketones. E, mais uma vez, parabéns pelo trabalho!

Baketa: Eu que agradeço pelo espaço aqui e pelo elogio, claro. Brigadão, mesmo.

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