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No começo de janeiro o jornal Seattle Weekly fez uma entrevista com o Fat Mike, do NOFX, para a coluna “Tell Me About That Album“, o álbum sendo o Punk In Drublic, disco considerado o mais importante da carreira da banda.

SW: Onde que você escreveu as músicas para o álbum?
Eu estava morando em um apartamento em São Francisco. Mas eu escrevo músicas durante um ano ou dois entre os álbuns.

SW: Você sempre tem mais músicas completas para o álbum do que as realmente aparecem no álbum?
Para os últimos quatro ou cinco, sim, mas para Punk In Drublic, nós praticamente usamos tudo. Tinha algumas músicas que eu não teria me importado de estarem no álbum.

SW: Punk In Drublic é um ótimo nome. Você sempre tem uma lista de nomes flutuando por aí?
Estou constantemente escrevendo nomes de álbum. Eu inventei um, duas semanas atrás, mas não gostei. Mostra um velho andarilho (walker) e é chamado de Punk Walker. Quando inventamos Coaster, pensamos, “sim, é perfeito”.

SW: Pode me falar sobre o desenho do álbum e o seu conceito?
Esse foi um que não tínhamos ideia. Algum artista que a Epitaph Records contratou e fez o desenho e nós pensamos, “Acho que está bom, pode ser essa”.

SW: Você tem alguma música favorita nesse álbum?
Eu diria que “Dig”.


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SW: Há alguma música do álbum que vocês nunca tocaram ao vivo ou que você não gosta?
Tocamos a música “My Heart Is Yearning” algumas vezes, mas eu não gosto dessa. Eu acho que mexe com a vibe do álbum.

SW: Há alguma que vocês nunca tocaram?
Nós nunca tocamos “Dig” ou “Happy Guy”. Na verdade, já tocamos “Dig”. Acabamos de toca-la acústica.

SW: Vocês não a tocam porque não gostam?
É muito difícil.

SW: Mas você é o baixista.
Eu sei, mas tem essa parte estranha do baixo no meio que eu tenho que cantar em cima e isso é difícil. E tem um trombone nela. E nós não temos alguém para tocar.

SW: Punk In Drublic foi o seu primeiro álbum produzido por Ryan Greene, o que parece que influenciou o som para a próxima década de álbuns pop-punks. Você concordaria?
O álbum tem aquele som de metal na guitarra. Eu acho que a produção foi melhor nos álbuns anteriores, como o White Trash, Two Heebs and a Bean. Com exceção de Heavy Petting Zoo, estou feliz com todos os álbuns que fizemos com ele.

SW: O álbum ganhou um disco de ouro. Onde que está a placa?
Nós temos bastantes placas. Elas custam em torno de 130 dólares para serem feitas então fizemos 40 ou 50 delas. Eu tenho uma na minha casa em Vegas. Outra na minha masmorra. E outra eu dei para a minha mãe.

SW: Isso é algo que você se orgulha?
Sim, eu acho legal. Muitas bandas conseguiram discos de ouro ou platina nos anos 90. Mas eu acho legal que o álbum tenha certificação de ouro e que na verdade nunca entrou no Billboard Charts. Nós temos um e o Ramones não, então isso é interessante.

SW: Esse álbum ainda vende mais do que qualquer outro mais recente?
Vende melhor do que tudo até aparecer um outro álbum novo.

SW: O que você acha que é sobre o álbum de que as pessoas parecem se identificar tão fortemente?
“Linoleum” parece ser a favorita de todas. Se você for no YouTube tem tipo 20 bandas fazendo cover dela, então isso parece ter algo a ver com o álbum. Eu apenas acho que o álbum tem um energia alta e isso faz com que alguns acordes fiquem assim. Eu prefiro o So Long And Thanks For All The Shoes e talvez até mesmo o War On Errorism.


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SW: Outros músicos te falam que o álbum os influenciou mais do que qualquer outro no seu catálogo?
Outros músicos? Não. Fletcher do Pennywise me disse que Wolves in Wolves Clothing era seu favorito, o que eu acho que é o nosso álbum mais desprezado. Punk in Drublic é tipo o preferido do público.

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