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Resenha: Capital Inicial, Vanessa da Mata e Fresno no Festival Lupaluna

Capital Inicial

Fotos por Leandro Moraes

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O Capital Inicial subiu ao palco do Lupaluna e mandou logo de cara nada mais nada menos do que uma versão de “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana.
A ousadia deixou jornalistas e público de ouvido em pé e parece ter dado certo pelo menos pra chamar a atenção para o começo da apresentação dos caras.

A partir daí a banda mandou seus sons como “Natasha” e “Quatro Vezes Você”, e uma interpretação de “Que País É Esse?”, dedicada ao mala sem alça da vez Jair Bolsonaro. “Veraneio Vascaína” foi tocada com todo o vigor de uma música punk e soou mais forte e perigosa do que muita música de protesto por aí e mereceu destaque.

Vale ressaltar também que há 2 anos a banda tocou no mesmo festival e houve um problema sério com o palco, que caiu e obrigou a banda a tocar apenas com um violão. Dinho ressaltou isso e avisou à plateia que iria compensar o fato no show de 2011.

Outra cover executada pela banda próximo ao final do show foi a de “Mulher de Fases”, do Raimundos, que contou com a participação de Digão na guitarra/vocal e que levou o público ao delírio, já se aquecendo para o show da banda de Digão que ao deixar o palco anunciou: “Mais tarde tem a gente ali na favelinha!!!”, se referindo ao palco EcoMusic.

Nada de muitas novidades, mas um show cheio de energia e que pareceu fazer os membros da banda muito felizes, esse foi o Capital Inicial no Lupaluna.

Vanessa da Mata

Vanessa da Mata é uma artista daquelas que passa a nítida impressão de estar se divertindo no palco.
Logo ao subir, com uma bela iluminação de palco e arranjo de flores no pedestal do microfone, a cantora construiu um clima muito bacana para seu show e durante nenhum segundo sequer deixou o espírito cair durante a apresentação.

Passando por quase todas as suas músicas mais conhecidas, Vanessa marcou um dos pontos épicos da edição 2011 do Festival, quando cantou “Ai, ai, ai” e seu refrão O que a gente precisa é tomar um banho de chuva justamente quando um temporal caiu sobre o BioParque em Curitiba.

Quando todos estavam apreensivos no backstage pensando qual seria a reação do público, Vanessa segurou a onda e o público, que veio atrás pulando e cantando e comprando capas de chuva.
Não se importando nem um pouco com o frio e a água que caía incessantemente, Vanessa deixou seu microfone de lado e foi para a extensão do palco pular e dançar ao som de sua banda, tomando literalmente um banho de chuva como todos os presentes ali.

É sempre bacana ver alguém fazendo o que mais gosta, justamente o caso no show de Vanessa da Mata.

 

Fresno

O Fresno foi uma das primeiras bandas do segundo dia do festival e fez um show seguro, para seus fãs (a grande maioria do sexo feminino) matarem a vontade de ver a banda ao vivo.
Sem grandes novidades ou surpresas a banda passeou pelos seus hits e interagiu com o público, que em boa parte cantava todas as letras de suas músicas.

A banda mostrou que está ficando cada vez mais acostumada a lidar com grandes públicos e se apresentar com propriedade, mas também mostrou que poderia ousar um pouco mais e tentar andar por outras direções em seus sons, sempre muito parecidos.

 

Published by
Tony Aiex