Cake - Showroom Of Compassion

Cake - Showroom Of Compassion

O CAKE é uma banda de rock alternativo formada em 1991 que com músicas como “Never There” e a cover de “I Will Survive” ganhou espaço no coração do pessoal mais descolado e tornou-se uma das bandas mais cultuadas dos anos 90.

Após um longo hiato de 7 anos a banda está de volta com um novo disco, chamado “Showroom Of Compassion” que será lançado nessa Terça-feira, dia 11 de Janeiro via Upbeat Records.

Para celebrar o lançamento, a Rolling Stone disponibilizou o álbum em streaming na íntegra e também conversou com o vocalista da banda, John McCrea, sobre o novo trabalho, os passos da banda, grandes gravadoras e até mesmo porque ele pensa em terminar com o Cake todos os dias.

Ouça o novo disco aqui e confira a entrevista traduzida logo abaixo.

RS: Durante o longo período entre os álbuns, você achou que a banda ia acabar?
JM: Eu penso em acabar a banda todo dia. Eu sou terrivelmente grato a ser capaz de me comunicar dessa maneira, mas por outro lado eu não gosto muito de viajar. As pessoas não estão mais querendo pagar por discos. Agora tudo se resume a excursionar e vender camisetas. Eu não gosto muito de nenhuma dessas 2 coisas. 97% de cientistas acreditam na culpa do homem quanto ao aquecimento global. Eu acho que isso dá uma outra perspectiva em entrar num avião todo dia. Eu queria que houvesse algum jeito de ganhar a vida deixando algum tipo de rastro  mais leve, mas eu não vejo isso acontecendo agora.

RS: Por que vocês passaram 2 anos fazendo o álbum?
JM: Na verdade levou um pouco mais que isso. Nós produzimos nossos próprios álbuns e até mesmo fazemos sua engenharia. Isso envolve ir pra frente e pra trás entre objetividade e sensibilidade. Você tem que fechar as paixões para ser objetivo, e aí soltá-las de novo pra ser subjetivo. Leva bastante tempo.
Além disso, nós tivemos nosso processo de estilo mais democrático para esse álbum. Ele envolve várias grandes ideias, mas a democracia é lenta. Algumas coisas fazem com que tudo pare quando a gente não concorda. Quando isso aconteceu a gente respirou fundo e foi para outra música, então nós temos mais músicas para outro álbum – se a gente lançar outro álbum.

RS: Quando as pessoas pensam no Cake, elas geralmente pensam em um som realmente distinto. Você se sente preso por causa disso?
JM: Eu gosto desse som. Eu também não acredito filosoficamente na suposição jornalística da evolução musical. Eu acho que é gratuita e um desperdício, e faz sentido do ponto de alguém que está escrevendo uma matéria e queria que seja dito “Wow, com esse álbum eles estão indo para o jazz progressivo”. As críticas foram jogadas em cima do Cake que “vocês ainda soam igual”. Eu discordaria disso dizendo que em um disco do Cake há mais variação de ritmo e melodia de música para música do que algumas bandas têm durante todas as suas carreiras.

RS: Quais são os planos para a turnê que se inicia esse mês? Vocês irão tocar músicas raras ou covers?
JM: A gente nunca sabe o que vai tocar. O segredo é que a gente não usa um set list e meio que vai pensando enquanto vai fazendo. É meio que um jeito de continuar vivo e não se sentir como uma máquina toda noite.

RS: Várias bandas hoje em dia tocam álbuns na íntegra.
JM: Eu não quero fazê-lo. Tá muito na moda. Além disso, eu me sentiria como uma máquina. Eu não quero ser obrigado a fazer alguma coisa no palco. Eu quero subir lá, sentir a temperatura do local e aí decidir qual música eu acho que seria legal tocar naquele momento. Quando você tenta e impõe “isso e isso tem que acontecer”, eu sempre acho que eu saio com desapontamento.

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