SWU no dia 09

SWU no dia 09

O primeiro dia do Festival SWU foi marcado por quase 50.000 pessoas aproveitando a baita infra-estrutura do evento e acontecimentos que foram desde o grande show do Infectious Grooves até o caos e as falhas técnicas no Rage Against The Machine e o show morno do Mars Volta.

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Brothers Of Brazil

Brothers Of Brazil  no SWU

Brothers Of Brazil  no SWU

Brothers Of Brazil  no SWU

A banda formada por Supla e seu irmão João Suplicy foi a primeira a subir a um dos palcos principais, e começou o show
mostrando a mistura entre MPB e Punk que surpreendentemente funciona bem demais com Supla na bateria e vocais e João no violão e
vocais.

Além das músicas próprias os caras mandaram covers de Lady Gaga, da clássica “Johnny B Goode”, clássicos da MPB como “Mas Que Nada” e faixas da carreira solo de Supla, como “Garota de Berlin” e “Green Hair”, que Supla anunciou como sendo também conhecida como “Japa Girl” e fez com que o público vibrasse e cantasse junto.

O show do Brothers foi muito legal, e levantou o público que já se aglomerava em frente aos palcos que mais tarde trariam
Mars Volta e Rage Against The Machine. Apesar de contar apenas com violão, voz e bateria, os caras conseguiram prender o
público e preencher o ambiente. Mandaram bem!

Nota importante, Eduardo Suplicy, pai dos Brothers, estava no evento , chamou a atenção de toda imprensa, aguentou piadinha de Rafael Cortez do CQC e até distribuiu uma cartilha sobre projeto de cidadania para o Rage Against The Machine.

Black Drawing Chalks

Black Drawing Chalks no SWU

Black Drawing Chalks no SWU

Black Drawing Chalks no SWU

Black Drawing Chalks no SWU

Fotos In Press / SWU

Se o Black Drawing Chalks não tivesse sido escolhido pelo público para tocar no evento, a organização deveria ter feito o
convite de qualquer jeito.

Os goianienses fazem rock do melhor e começaram logo de cara com o hit “Don’t Take My Beer”, levantando o público à frente
do Palco Ar, que já ia se espremendo na grade para esperar o Rage Against The Machine.

Mais 6 músicas vieram em seguida, todas quase sem parar, e a banda que fez muito provavelmente o show mais rock’n’roll tradicional do dia finalizou seu set sob aplausos de todos os espectadores.
Se você ainda não conhece o quarteto, vá atrás!

Infectious Grooves

Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU Infectious Grooves no SWU

Infectious Grooves no SWU Infectious Grooves no SWU

Pra deixar bem claro que são de Venice Beach, California, o Infectious Grooves foi apresentado por seu vocalista Mike Muir urrando a cidade-natal da banda e destilou a sua mistura de funk com metal através de músicos extremamente competentes. Com 2 guitarras, um baixista talentosíssimo e um baterista que mostrou seus dons através de um solo que deixou o público boquiaberto, a banda formada por membros do Suicidal Tendencies parecia estar muito confortável em cima do palco e com certeza arrecadou fãs ontem no SWU.

Além de peso e talento faixa após faixa, os caras ainda fizeram uma moral com o público ao chamar 4 pessoas da área premium para fazer backing vocal na música “Therapy”, de Ozzy Osbourne, cuja versão de estúdio tem participação do próprio Infectious Grooves.

Para finalizar o show, rolou a “cover” de “Pledge Your Allegiance” do Suicidal Tendencies, que costuma ser a faixa final dos shows do ST também, e fechou o set de outra banda que elevou o nível do primeiro dia da festa e com certeza será um dos shows mais lembrados desse festival.

Los Hermanos

Los Hermanos no SWU

Los Hermanos (Marcelo Camelo) no SWU Los Hermanos (Camelo) no SWU

Los Hermanos (Rodrigo Amarante) no SWU Los Hermanos (Amarante) no SWU

Fotos In Press / SWU

Desde que anunciou seu fim/hiato/whatever, o Los Hermanos tem uma baita carta na manga que é agendar shows volta e meia criando uma comoção entre os fãs que se reúnem quase que religiosamente para assistir a banda.
No show do SWU, a banda tocou um set muito parecido com o do festival Just A Fest, onde abriu os shows do Kraftwerk e Radiohead. Começando com músicas mais animadas como “Além Do Que Se Vê”, “Todo Carnaval Tem Seu Fim” e “Retrato pra Iáiá” e embarcando depois em sons mais tranquilos, a maioria oriunda do disco “4”, a banda não trocou o certo pelo duvidoso e fez um show que não teve novidade alguma em relação ao resto das apresentações da banda.
Apesar de Camelo ter subido ao palco dizendo que não havia palavras para descrever a importância do público e do que as pessoas ali presentes significam para a banda e para aquele momento, a sintonia entre todos os membros não parecia ser das melhores, com o próprio Camelo parecendo muitas vezes disperso.
Me surpreendi que os gritos de “Volta Los Hermanos” não foram tão presentes dessa vez, e respondendo à pergunta recorrente de quando os Hermanos tocam, não me parecia que eles iam voltar.

Mutantes

Mutantes no SWU

Mutantes no SWU Mutantes no SWU

Mutantes no SWU Mutantes no SWU

O Mutantes se apresentou no SWU como um dos representantes do revival dos anos 60 e uma vocalista, Bia Mendes, grávida.

Enquanto o pessoal esperava pelos shows que viriam logo depois, como Los Hermanos, Mars Volta e RATM, os caras tocaram músicas do último disco, “Haih… or Amortecedor” e clássicos já bem conhecidos como “Minha Menina”, “Top Top” e “Balada Do Louco”.

Apesar de um line-up que não tinha muito a ver com o som da banda, o Mutantes conseguiu arrancar vozes da multidão com seus sons mais conhecidos, mesmo que a recepção tenha sido morna.

The Mars Volta

The Mars Volta no SWU

The Mars Volta no SWU

The Mars Volta no SWU

The Mars Volta no SWU

The Mars Volta no SWU

Fotos In Press / SWU

The Mars Volta no SWU

A noite estava chegando ao seu fim e a segunda maior atração da noite subiu ao palco.
O Mars Volta de Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodríguez-Lopez começaram a se apresentar e com um set de, oficialmente, 5 músicas, proporcionou diversas Jams durante seu show.
Guitarras técnicas e a voz inconfundível de Cedric marcaram o set que através de sons como “Cotopaxi”, “Eriatarka” e “Cicatriz ESP” navegou entre riffs quase catastróficos e momentos de muita calmaria.
Durante os quase nulos intervalos, o público que estava mais perto do Palco Ar já gritava “RAGE, RAGE, RAGE”!
Sem falar muito, a banda fechou seu set e Omar soltou um “thank you” fora do microfone, só perceptível por leitura labial através do telão.

A opinião geral do público é que o show do Mars Volta foi bastante morno, e a impressão que eu fiquei é que apenas os fãs mais fervorosos do grupo aproveitaram a apresentação no SWU.

Rage Against The Machine

Rage Against The Machine no SWU

Rage Against The Machine no SWU

Rage Against The Machine no SWU

Rage Against The Machine no SWU (Tom Morello)

Rage Against The Machine no SWU (Tim Commerford)

Fotos In Press / SWU

O primeiro dia do festival trouxe aquele que é considerado por muitos o maior nome do SWU Brasil, e não para menos.
Após uma longa espera finalmente os fãs de Rage Against The Machine puderam ver a banda ao vivo e eu posso lhes garantir que desde o primeiro acorde de “Testify”, que abriu o show, a banda, o público, o show e a organização do evento tiveram momentos calmos como uma bomba.

Durante os dias que anteciparam os shows, houve muita conversa de invasão da área premium, e minutos antes da apresentação da banda, enquanto o Mars Volta ainda estava no palco, muitos problemas já aconteceram perto da barricada que separava as áreas.

A banda começou a tocar e o inevitável aconteceu, muita gente da frente começou a ser retirada pois estava passando mal, e infelizmente essa situação fez com que as atenções ficassem divididas entre o baita show histórico que acontecia no palco e o tumulto que se dava no público.
Após mais ou menos 20 minutos de show, a barricada que segurava o público foi danificada, e a organização interrompeu a apresentação. Um membro do staff pediu para que cada pessoa desse alguns passos para trás, para aliviar um pouco a situação, mas de pouco adiantou. Mesmo dizendo que o show só retornaria após a estabilização da situação, o público permanecia colado à barricada.
Nem mesmo o pedido de Zack De La Rocha, dizendo que era pra cada um cuidar do próximo e, “por favor, se afastar só um pouquinho” serviu para fazer com que as pessoas o fizessem.

Depois de uma pausa de mais ou menos 5 minutos a banda voltou a tocar, e após uns 15 minutos veio outra interrupção, dessa vez por problemas técnicos. O som do palco que vai para o público simplesmente sumiu. O som que vinha dos 2 palcos emudeceu, para as primeiras vaias do público, que via o Rage Against The Machine continuar mandando bala em cima do palco já que o retorno para eles estava funcionando perfeitamente.
O primeiro problema aconteceu e voltou razoavelmente rápido, durante uma mesma música, o que aliviou o efeito negativo da falha, pois aparentemente a banda nem percebeu, mas quando o som ficou mudo novamente e dessa vez por um tempo maior, a banda foi obrigada a parar a apresentação e aguardar a resolução da falha.

Vaias e reclamações naturalmente surgiram, e o problema demorou um tempo razoável a ser resolvido, e à medida que ia voltando, viu a banda improvisando uma jam para garantir que o som tivesse voltado.

Falhas à parte, o show contou com a maioria dos clássicos da banda, que levaram a Arena inteira à loucura, incluindo “Testify”, “Bulls On Parade”, “Bombtrack”, “Bullet In The Head”, “Sleep Now In The Fire” e “People Of The Sun”, que foi dedicada aos “corajosos do MST” , sim o Movimento dos Sem Terra, que segundo informações inclusive recebeu ingressos diretamente da banda.

Após fechar a primeira parte da apresentação, a banda voltou para tocar “Freedom” e “Killing In The Name”, sendo que a última fez com que todo e qualquer ser humano presente na fazenda Maeda começasse a pular e gritar. Espetacular!

Problemas à parte, o show foi épico e a energia tanto de banda quanto de público foi algo que quem perdeu vai se arrepender. Só faltou um pouquinho mais de organização para prever que os problemas iriam acontecer.

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