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sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Ops mistura crítica social e músicas dançantes em disco de estreia

Ops mistura crítica social e músicas dançantes em disco de estreia
Foto: Diego Bressani/Divulgação

A sociedade brasileira atual e todo o crescente conservadorismo mundial são temas abordados em Não Tá Tudo Bem, primeiro disco do brasiliense Ops.

O artista explica que o álbum é uma nova tentativa de observar as coisas que acontecem ao redor. “Não quero falar sobre a política brasileira, mas sobre uma nova forma de olhar o mundo. Discutir o fato de 1% da população controlar 99% dos recursos da Terra”, disse.

Apesar da temática, os ritmos que permeiam o trabalho são bem dançantes. A partir de sua pesquisa como DJ, Ops buscou trazer sons como zouk, kizomba, tarraxinha, ragga, reggaeton e até um pouco do brega brasileiro. E misturou isso com elementos mais convencionais como o indie rock dos anos 80 e 90, o pós-punk, o krautrock e o shoegaze.

Para a gravação do registro, ele contou com a participação de grandes músicos e artistas brasilienses: Thiago Cunha (bateria), Samyr Aissami (guitarra), Dillo (baixo), Gustavo Dreher (synhts), Esdras Nogueira (flauta transversal, salto alto e sax barítono) e Marcus Moraes (violão).

Não Tá Tudo Bem está se encaminhando para se transformar em um álbum visual. Todas as canções ganharam videoclipes que serão lançados no canal do artista no Youtube.

Billy Corgan faz cover de clássico do cantor Neil Young; assista

Billy Corgan faz cover de Neil Young
Foto: Reprodução / Facebook

Recentemente, Billy Corgan embarcou em uma turnê solo para promover Ogilala, seu mais recente álbum de estúdio.

O trabalho explora o lado mais melancólico do músico, contando com diversos arranjos orquestrais e passagens no piano. Com isso, as performances de Corgan também tem um aspecto mais intimista, onde ele se apresenta de maneira acústica.

Em uma recente passagem pela rádio da CBC, Corgan, munido apenas de um piano, fez uma bela versão para “After The Gold Rush”, um clássico de Neil Young. A canção foi originalmente lançada no álbum de mesmo nome, uma obra-prima da discografia de Young, em 1970.

Você pode conferir a versão do músico logo abaixo.

No entanto, já vamos adiantar: o cover de Neil Young é legal, mas você já ouviu Billy Corgan tocando “Wrecking Ball”, da Miley Cyrus? Pois é.

https://www.facebook.com/QonCBCRadio/videos/1661199407269508/

Viúva de Chris Cornell compartilha e-mail e fotos emocionantes do músico

Chris Cornell em Toronto, 2013
Foto via Shutterstock

A morte de Chris Cornell ainda é sentida pelos seus entes queridos, amigos próximos e fãs ao redor do mundo.

Essa semana, Vicky Cornell, a viúva de Chris, compartilhou uma série de imagens e mensagens emocionantes do músico através de seu Twitter. Uma delas, publicada no último dia 3, foi sobre um e-mail enviado pelo cantor no dia 3 de Novembro do ano passado.

A mensagem era uma bela declaração de amor para Vicky, que dizia:

Meu coração está com você agora e por toda a noite. Não consigo dormir, você é o sino que me acordou para sempre. Te amo.

Além disso, Vicky também compartilhou uma série de lindas imagens do músico com seus filhos, como você pode conferir logo abaixo. Por fim, ela ainda agradeceu ao Maroon 5 pelo grande cover de “Seasons” que a banda fez recentemente — como nós já havíamos publicado por aqui.

Ouça “Erastes”, EP de estreia do projeto Thought Crimes

Foto: Divulgação

O Thought Crimes tomou forma em Belo Horizonte, Minas Gerais, no início de 2017.

Vivienn Carvalho é o nome por trás do projeto, que criou tudo desde o início sozinha, gravando todo o EP em seu laptop.

Para quem gosta principalmente de Nine Inch Nails, esse trabalho de estreia deve agradar bastante. Outras grandes influências que podem ser citadas são Massive Attack, Crosses e Interpol, além de flertes leves com o rap e trap.

Confira o EP, que contém cinco faixas, abaixo! Erastes já está disponível em todas as plataformas de streaming.

capa do ep "erastes", do thought crimes
Foto: Divulgação

1. Intro
2. Erastes
3. Enter You
4. Lucid Enough
5. Entitled to Nothing

Tenho Mais Insônia Que Amigos!: Michael Jackson na Alemanha, 1997

Michael Jackson na Alemanha, 1997
Foto: Reprodução/YouTube

Ah, que saudade do Michael Jackson.

O rei do pop se foi há 8 anos e deixou um enorme buraco na música pop mundial, e hoje é bem raro ver shows tão bem produzidos e elaborados quanto os que Michael fazia ao redor do mundo.

Infelizmente, o ícone faleceu um mês antes do início daquela que seria sua turnê de despedida, a This Is It Tour, em Londres. Sua última turnê, então, acabou sendo a HIStory World Tour, entre 1996 e 1997, de apoio à coletânea/álbum de inéditas HIStory: Past, Present and Future – Book I. A maratona contou com 83 apresentações pela Europa, África, Ásia, Oceania e América do Norte, e foi sua tour mais rentável.

Um dos shows mais icônicos desta turnê aconteceu em Munique, na Alemanha, em Julho de 1997. E já que você está aí bem acordado(a), que tal ver este showzão na íntegra para matar as saudades de Michael Jackson? Confira o vídeo ao fim da matéria!

Setlist:

5:41: Scream
9:49: They Don’t Care About Us
12:25: In The Closet
14:33: Wanna Be Startin’ Somethin’
20:43: Stranger In Moscow
27:15: Smooth Criminal
32:59: You Are Not Alone
42:40: I Want You Back
44:10: I’ll Be there
49:30: Billie Jean
1:00:41: Thriller
1:06:56: Beat It
1:15:20: Blood on the Dance Floor
1:20:01: Dangerous
1:24:25: Black Or White
1:30:56: Earth Song
1:43:51: Heal The World
1:53:50: They Don’t Care About Us/HIStory

https://www.youtube.com/watch?v=qF3MO0sCMP0

Tigers Jaw reúne legião de fãs apaixonados em São Paulo; resenha e fotos

Foto por Stephanie Hahne/TMDQA

O Tigers Jaw está no Brasil para uma série de shows pelo sul e sudeste, e voltou a São Paulo neste último sábado (04) dois anos após sua última passagem pela cidade.

O grupo levou uma legião de fãs ao Fabrique Club, na zona oeste da capital paulista, para um apresentação coesa, visceral e direta. Durante a uma hora e dez de show, Ben Walsh (vocais e guitarra) e Brianna Collins (vocais e teclado) trocaram pouquíssimas palavras com o público, e se soltaram de verdade apenas mais para o final do set.

Acompanhados dos músicos Luke Schwartz (baixo), Pat Benson (guitarra) e Teddy Roberts (bateria), o duo fez a trilha sonora para diversos stage dives e mosh pits que rolaram durante toda a noite, mesmo em músicas menos elétricas do setlist. Em determinado momento, Ben cedeu seu microfone a um fã que subiu ao palco e se divertiu com a cena. Quando os seguranças do local deram sinais de que não estavam gostando muito da situação, o vocalista pediu pessoalmente para que deixassem a galera subir ao palco à vontade. Assim que é bom.

E falando em setlist, o Tigers Jaw abrangeu todas as fases da carreira — como prometido pela vocalista Brianna na nossa conversa –, para o deleite dos fãs mais antigos e mais novos dos americanos. Músicas como “The Sun”, “I Saw Water”, “Frame You”, “Never Saw It Coming” e “Window” fizeram a plateia cantar a plenos pulmões. O destaque ficou com o novo álbum spin, lançado em Maio deste ano, com sete músicas como “Follows”, “June”, “Guardian” e mais.

Mais ao fim da apresentação, pouco antes do bis que começa só com Ben e Brianna, os músicos se empolgaram um pouco mais e o baixista Luke chegou a descer do palco para tocar ali no meio do povão mesmo.

O show terminou em clima de festa e com certeza agradou os fãs apaixonados do Tigers Jaw.

Abertura

O começo dos trabalhos ficou por conta do NavesHarris, projeto do brasileiro Jair Naves com a norte-americana Britt Harris, que agradou o público que ainda chegava ao Fabrique.

O duo apresentou músicas como “En Route to Rio”, “There You Were” e “Sleep”, e provou que merece atenção na cena musical brasileira.

Setlist – Tigers Jaw em São Paulo, 04/11/2017

Follows
Frame You
The Sun
June
Nervous Kids
Make It Up
Meet at the Corner
Chemicals
Test Pattern
Arms Across America
Charmer
Brass Ring
Distress Signal
Guardian
Plane Vs Tank Vs Submarine
Favorite
I Saw Water
Never Saw It Coming
Window

Encore:
Hum

Liga da Justiça fará homenagem a David Bowie e Prince

Liga da Justiça - jornal Bowie, Prince

Em algumas semanas, os fãs de super-heróis finalmente poderão assistir ao aguardado filme da Liga da Justiça, produzido pela Warner Bros em parceria com a DC.

Além de contar com um grande conflito, o filme também irá se aprofundar nos acontecimentos de Batman v. Superman, do ano passado. Para quem não se lembra, o filme termina com uma “suposta” morte do Superman, deixando o destino da terra nas mãos da Mulher Maravilha e do próprio Batman.

Agora, uma das cenas do novo filme que chegou a ser compartilhada mostra um pouco sobre como o mundo reagiu à morte do herói — e de quebra, acabou prestando homenagem a dois grandes ícones da música.

Como aponta o Omelete, uma capa do jornal fictício Metropolis Post compara as mortes de Superman, Prince e David Bowie com a seguinte legenda: “Será que eles retornaram para o seu planeta? Onda misteriosa de heróis desaparecidos”.

Você pode conferir a capa logo acima. A Liga da Justiça estreia nos cinemas no dia 16 de Novembro.

Surpresa: Bikini Kill se reúne pela primeira vez em 20 anos

Bikini Kill
Foto do Bikini Kill via Flickr / Sandra Gonzalez

Para a surpresa dos fãs, o icônico grupo punk Bikini Kill acaba de se reunir pela primeira vez desde 1997.

O encontro aconteceu no The Kitchen em Nova York na noite do último sábado (04). No caso, era a última noite de um evento de três dias do lançamento de um novo livro da série 33 1/3 sobre o álbum homônimo do Raincoats.

Lá, Tobi Vail, Kathi Wilcox e Kathleen Hanna subiram ao palco para tocar a faixa “For Tammy Rae”, do álbum Pussy Whipped, de 1993. Ao que tudo indica, o encontro foi orquestrado por Shirley O’Loughlin, do Raincoats.

Você pode conferir um registro do momento logo abaixo.

Bikini Kill

Formado em 1990, o Bikini Kill é considerado o pioneiro do movimento riot grrrl, conhecido por suas letras com forte cunho feminista e performances enérgicas.

Ao longo de seus sete anos de carreira, a banda lançou três álbuns de estúdio e acabou se separando em 1997.

https://www.instagram.com/p/BbHhsoxBv1e/

A gente aposta que seu dia vai “Melhorar” depois de ouvir a nova do Nevilton

Nevilton_Adiante
Foto por Julianne Prado

Desde Pressuposto, seu primeiro EP, Nevilton é aquele músico que você sabe que sempre vai trazer uma palavra bonita para o seu dia.

Canções solares e assobiáveis marcam a sua trajetória e de “Singela”, que finaliza o já distante EP de 2010, a “Espero que Esteja Melhor”, também última do último disco de estúdio do rapaz, e também do já distante 2014, não ouvíamos falar muito nas novas aventuras do garoto de Umuarama, no interior do Paraná. Felizmente, ele voltou (como você tem acompanhado por aqui), e hoje lança o também último single de divulgação para Adiante, novo disco, que vem ao mundo no próximo dia 24 de Novembro.

Batemos um breve papo com o músico para saber como andam os preparativos para o lançamento e você acompanha abaixo. Mais abaixo, dê o play pra ouvir “Melhorar”.

TMDQA: O que está por trás da escolha do nome deste novo disco?

Nevilton: A pura e simples vontade de continuar, de não parar na pista. Por trás vem tantos anos ouvindo, pensando e tocando música, vivendo e passando por dificuldades e alegrias, que sempre que coloco na balança penso que faria tudo de novo e que farei sempre da melhor forma! Enfim, pensando nos próximos capítulos, adiante!

TMDQA: À primeira vista, as três canções que precedem o novo disco trazem uma sonoridade um pouco diferente, com a inclusão de novos instrumentos e ambientações. Como você percebe esse seu momento?

Nevilton: Apesar de “Melhorar” ser a canção mais “power trio” do disco, realmente soar assim não foi preocupação em nenhum momento enquanto arranjava essas músicas. Nos dois discos anteriores havia tal intenção, representar um tanto do que fazíamos enquanto trio nos palcos e foi um processo legal brincar com isso em estúdio. Já no Adiante a realidade é outra, a banda não tem mais um formato fixo e cada música soa na formação que achamos que tinha que soar.

TMDQA: O que fez você viver esse intervalo de 4 anos sem lançar um novo trabalho?

Nevilton: Lá em 2013, prestes a lançar Sacode! a formação da banda teve outra mudança, tivemos que correr com ensaios e preparações com outro parceiro na bateria e fazermos o show de lançamento e os primeiros shows da tour. Tal instabilidade me levou a “abrir” o formato (de power trio). De lá pra cá faço shows solo em violão/guitarra e loop station, em duo com o parceiro Tiago Lobão, duo de baixo e guitarra/violão ou duo de bateria e guitarra, power trio, trio de guitarra, bateria e percussão com o parceiro Michel Machado, ou tudo isso junto num quarteto e assim vai.

Para testar e flutuar entre esses formatos todos a gente levou tempo, pro show ficar firme e chegarmos no som que queríamos nas músicas de diversas formas. Paralelo a isso, participei de um monte de projetos muito bacanas, toquei David Bowie com o Daniel Belleza, alguns shows com a Seychelles, passei pouco mais de um ano tocando com as Vespas Mandarinas e tive algumas experiências sensacionais também com eles. Participei de pelo menos uns 7 tributos e coletâneas virtuais, além disso discotequei num bocado de festas, toquei violão e voz em restaurantes e eventos, fui vivendo e bancando essa história de ser artista no Brasil.

Enfim, fiz um montão de coisas e quando menos percebi, já tinha passado três anos e ainda não tinha gravado músicas novas minhas… e desde 2016 com o André Dea, Tiago Lobão e mais uma porção de parceiros e convidados, vim gravando esses sons que vocês estão conhecendo aos pouquinhos!

TMDQA: Porque lançar uma versão de estúdio e uma outra versão para cada um dos singles que precedem o novo disco?

Nevilton: Bom, naquela história de “não ter mais um formato fechado” para o som, você pode imaginar a loucura que está minha cabeça quando penso em escolher qual a versão para as músicas, né? A intenção nem é tanto ser versão estúdio e acústica, e mais ter versões lado B, seja em outras línguas como “Amarela-Amanecerá”, seja acústica e elétrica, seja em linguagens diferentes como uma mais rock, outra mais à la discoteca… os singles estão vindo com versões diferentes para já preparar o ouvinte que for a um show, e quiçá o show será em trio, ou será solo em violão e loopstation, ou com o apoio de uma banda de salsa… (risos)

TMDQA: O que “Amarela” e “Flores” têm em comum com “Melhorar”?

Nevilton: Também estão entre as minhas favoritas? (risos) Não vejo muita similaridade. “Amarela” tem saudade e sede de viver, de reencontro, de amar. “Flores” tem uma certa vontade de ajudar uma musa que não tem passado bem. “Melhorar” tem um pouco de cada e um desejo íntimo e constante que nossas vidas mudem para melhor. Que consigamos colocar nossos planos e projetos em prática, que mesmo que aos pouquinhos nos tornemos pessoas melhores com os outros e com o mundo, que paremos de esperar para viver… que vivamos e que seja como for, nas condições e humores em que estivermos, que entendamos que isso é a vida e sigamos Adiante.

TMDQA: Como foi a produção do novo trabalho?

Nevilton: Foi um processo bastante artesanal, ao mesmo tempo foi o que dediquei mais tempo e cuidado com detalhes e carinho com cada passo do processo. Desde a seleção do repertório, os testes de arranjos, gravamos muitas prés (eu e o Tiago Lobão gravando diferentes instrumentos), também chegamos a levantar algumas versões com outros bateristas parceiros (como o Bruno Castro e o Mark Paschoal). Quando decidimos de gravar tudo com o André Dea também foi um passo muito legal, de ele pegar as músicas para si, colocar o tempero dele ali no molho. O processo todo demorou um pouco, gravamos algumas coisas em casa, outras levando microfones e equipamentos de gravação no nosso parceiro, Estúdio Flamingo. Já algumas versões “lado B” dos singles eu gravei sozinho, brincando no homestudio. De forma muito natural e tranquila, como a vida poderia ser!

TMDQA: Como você espera que o público receba as novas canções?

Nevilton: Olha… torço muito para que ao menos recebam! (risos) Hoje com tanta informação, tanta coisa, tantos lançamentos ao mesmo tempo, chegar até as pessoas que estão afim de conhecer novas músicas já será um belo passo. A música chegando, sei que as pessoas certas irão gostar.

TMDQA: Um disco de presente pra você e para os fãs? (Nevilton lançará Adiante no próximo dia 24 de Novembro, quem também é conhecido como aniversário do moço!) Feliz aniversário (adiantado) Nevilton! O que você espera que esse novo ciclo te traga, tanto na vida como na carreira, com o novo disco?

Nevilton: Muito obrigado! É uma grande alegria lançar um disco assim no dia do aniversário. Bastante simbólico para mim, espero que seja o nascimento de muitos outros belos frutos. Que essas músicas entrem nas vidas de muita gente, que rolem muitos shows e viagens e consigamos apresentá-las em diferentes lugares, que elas reajam a diferentes climas e culturas e que logo venham mais músicas para um quarto disco!

Ouça abaixo “Melhorar” e clique aqui para acompanhar as novidades do Nevilton!

“Ainda estamos vivos”: Green Day faz show incrível em São Paulo; resenha e fotos

Billie Joe Armstrong do Green Day em São Paulo
Foto por Stephanie Hahne

Longos sete anos após sua última passagem por terras brasileiras, o Green Day finalmente voltou.

Com a turnê de apoio ao novo álbum, Revolution Radio, o trio verde fez na capital paulista o segundo de quatro shows marcados no Brasil e não decepcionou nem por um segundo os 25 mil fãs que se aglomeraram na Arena Anhembi, zona norte de São Paulo, na última sexta-feira (03). Bom, talvez alguns tenham ficado um pouco decepcionados… mas falo disso mais pra frente.

Uma hora antes da apresentação principal da noite, os californianos do The Interrupters tomaram o palco pra si e fizeram um show de abertura memorável. Comandados pela incrível vocalista Aimee Interrupter — que tem uma voz bem semelhante a de Courtney Love e Brody Dalle –, o grupo tocou um ska punk de muitíssima qualidade e fez muita gente cantar junto, com destaque às canções “Take Back The Power” e “She Got Arrested”. Quem não conhecia a banda, saiu de lá com uma nova adição à playlist.

Já chegando perto das 22h, as caixas de som do local começaram a tocar “Bohemian Rhapsody”, do Queen, seguido de “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones, com o famoso mascote da banda, um coelho rosa completamente doido, animando a plateia. Aí o Green Day chegou.

Billie Joe Armstrong (vocal e guitarra), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria) tomaram o palco ao som dos gritos ensandecidos do público e abriram a apresentação com a porrada “Know Your Enemy”, do álbum 21st Century Breakdown (2009). Já na primeira música, o frontman chamou um fã ao palco para cantar e mandar um stage dive. Logo em seguida, a banda emendou “Bang Bang” e “Revolution Radio”, do novo disco, cantadas a plenos pulmões pela maioria dos fãs ali presentes. Neste momento, as labaredas de fogo que apareceriam algumas vezes durante o show começaram a esquentar o clima, e o vocalista gritou em português: “ainda estamos vivos!”.

O Green Day seguiu com a tríade “Holiday”, “Letterbomb” e “Boulevard of Broken Dreams”, do aclamado American Idiot (2004), e Billie Joe elogiou a plateia por não ter tantos celulares no alto filmando tudo. “Não precisamos de Facebook, vamos viver o agora”, disse o músico, que também emendou um discurso político anti-Trump, respondido pela plateia com “Fora, Temer”.

Seguindo quase o mesmo setlist do Rio de Janeiro até aqui, a banda tocou também “Longview”, “Youngblood” e “2000 Light Years Away”, mas daí veio a surpresa: Billie Joe e companhia estavam a fim de fazer os fãs mais antigos chorarem. O trio desceu a mão nas antigas “Armatage Shanks”, do Insomniac (1995), “J.A.R”, “F.O.D.”, do Dookie (1994), “Nice Guys Finish Last”, do Nimrod (1997), e “Waiting”, do Warning (2000). Assim, de uma vez só.

Depois, abrangendo já o público mais casual, a banda voltou com as mais conhecidas “Welcome to Paradise” e “St. Jimmy”, para então tocar a cover de “Knowledge”, do Operation Ivy, onde um fã sobe ao palco para tocar com a banda e depois ainda leva pra casa a guitarra de Billie Joe. A apresentação seguiu com “Basket Case”, “King For a Day” — onde rola toda uma farofada com o trio e sua banda de apoio usando fantasias, com destaque para Tré Cool com um ornamento de cabeça bem carnavalesco — e um medley esquisitíssimo de músicas do The Doors, Rolling Stones, Beatles e mais. Este primeiro ato do show encerrou com as novas “Still Breathing” e “Forever Now”, onde o Green Day sai um pouco de cena para dar aquela respirada básica.

Para o encore número 1, a banda volta ao palco para mandar as famosíssimas “American Idiot” e “Jesus of Suburbia”. Neste momento, todos os 25 mil presentes — desde fãs antigos, passando pelos fãs novos e chegando a quem só curte uma música ou outra —  se uniram numa catarse bonita e fazendo um coro de arrepiar.

Já no último respiro do show, Billie Joe volta ao palco acompanhado apenas de seu violão para encerrar a apresentação de um jeito mais sereno. Com as canções “21 Guns” e “Good Riddance (Time of Your Life)”, o frontman arranca as últimas notas vocais do público, mandando todo mundo para casa com um quentinho no coração e a vontade de ver outro show do Green Day para ontem.

Lembra quando citei lá em cima que algumas pessoas talvez tenham saído decepcionadas de lá? Bem, isso se deve ao fato do trio ter esquecido a clássica “She” no churrasco, que foi pedida aos berros por quem estava mais perto do palco enquanto a banda dava tchau. Mas isso não é motivo pra detonar essa aula de rock n’ roll que tivemos na última sexta.

Volta logo, Green Day!

Setlist – Green Day em São Paulo, 03/11/2017

Know Your Enemy
Bang Bang
Revolution Radio
Holiday
Letterbomb
Boulevard of Broken Dreams
Longview
Youngblood
2000 Light Years Away
Armatage Shanks
J.A.R. (Jason Andrew Relva)
F.O.D.
Scattered
Nice Guys Finish Last
Waiting
When I Come Around
Welcome to Paradise
Minority
Are We the Waiting
St. Jimmy
Knowledge (Operation Ivy cover)
Basket Case
King for a Day
Medley: Shout / Always Look on the Bright Side of Life / Break on Through (to the Other Side) / (I Can’t Get No) Satisfaction / Hey Jude
Still Breathing
Forever Now

Encore:

American Idiot
Jesus of Suburbia

Encore 2:

21 Guns
Good Riddance (Time of Your Life)

“1967”: Há 50 anos, nascia Marcelo D2, um dos maiores nomes do hip hop nacional

1967. Um ano em que muita coisa acontecia no Brasil. Uma ditadura recém-instaurada veio acompanhada de uma nova constituição, e de uma lei que autorizava a censura de redações e rádios. Além disso, instaurava-se uma nova moeda: o cruzeiro novo. Ao mesmo tempo, o movimento hippie e o início do Tropicalismo se mostravam indícios de uma revolução cultural. Vários elementos contribuiriam para uma revolução na música brasileira.

Mas quem fazia sucesso nas rádios brasileiras? Nomes como Nara Leão, o jovem Chico Buarque e Edu Lobo representavam o lado da MPB. Já do lado do rock n’ roll, tínhamos a força de Roberto Carlos e a galera da Jovem Guarda. Todos os cariocas eram oriundos das áreas mais nobres do Rio: músicos que moravam em Copacabana, Tijuca, Leblon…

Foi no final desse ano, em meio a toda essa confusão, que nasceu Marcelo Maldonado Peixoto, no bairro de São Cristóvão, no Rio. Um pouco afastado da zona sul da cidade, onde as coisas “realmente aconteciam”, o pequeno Marcelo teve uma infância difícil, mas deu a volta por cima para se tornar um dos mais importantes nomes da música nacional.

Planet Hemp

Planet Hemp - Usuário

Quando se mudou para a Rua do Catete, após enfrentar problemas familiares, foi quando sua vida musical começou, graças ao Planet Hemp. Skunk, um dos precursores do grupo, era vendedor de camisas no bairro e tinha emprestado uma fita do Dead Kennedys para Marcelo. A amizade com Skunk fez Marcelo passar a acreditar na carreira de músico.

Skunk morreu em decorrência da AIDS em 1994. Mas a entrada de BNegão no grupo fez com que o Planet decolasse de vez. Em 1995, o grupo lança o primeiro álbum, Usuário. Nesse momento, nascia a imagem pública de D2 como usuário de maconha. Os membros da banda foram presos, acusados de apologia às drogas, em 1997.

Carreira solo e “1967”

Não satisfeito com o sucesso do Planet, D2 resolveu investir em carreira solo. Já sendo um nome conhecido no cenário musical carioca, a gravação do álbum se deu de forma mais simples. Em 1998, já após ter saído da prisão, o cantor lançou Eu Tiro É Onda.

Foi nesse álbum que fomos apresentados à delicada e bela “1967“. Sim, o nome remete justamente ao ano de nascimento de Marcelo. A música foi a primeira a conquistar sucesso comercial ao ponto de alcançar a rádio. Trata-se de uma biografia de sua vida, contada através de música. Um resumão de sua vida até então.

Foi inspirada na canção “Espelho“, de João Nogueira (um de seus maiores ídolos). Na canção, D2 conta que não se arrepende do que fez até chegar onde chegou. Dentre os “delitos” estavam pichações de muro e roubo em supermercados. Na música, ele faz referência também ao grande colega Skunk, relembrando a época em que vendiam camisas na Rua 13 de Maio.

https://www.youtube.com/watch?v=oK6asoK7_xA

Apesar da infância difícil comparada à da maioria dos músicos que faziam sucesso na época em que nasceu, ele deixa claro que aproveitava sua vida da maneira que conseguia, mesmo sem os luxos dos mais ricos. Frequentava o Cassino Bangu, os jogos no Maracanã e os shows do Circo Voador. O samba está nas suas veias também desde pequeno, quando frequentava a quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Eu vim para zoar, vim para fazer barulho. Falar um pouco de mulher, skate, som e bagulho.

“Meu Samba É Assim”

D2 saiu do Planet em 2003, ano em que lançou seu segundo álbum de estúdio, A Procura da Batida Perfeita. A partir daí, começa a fase que destacaria Marcelo no cenário musical brasileiro: a mistura entre hip-hop e samba. Apesar das mais variadas influências, que variavam desde Bezerra da Silva até Kool & The Gang e Grandmaster Flash, o cantor inovou ao homenagear em suas canções dois estilos que surgiram das periferias e que tomaram gradativamente todo o país.

Essa estética musical, no entanto, passou a ser mais explorada a partir do seu terceiro álbum solo, Meu Samba É Assim. Em entrevista ao Gshow, ele falou sobre a ideia de misturar os estilos:

O rap começou sampleando o funk americano. O que eu pensei anos atrás, quando comecei, foi que para dar uma identidade brasileira ao ritmo o caminho natural era usar o samba

O último álbum de inéditas, Nada Pode Me Parar, foi lançado em 2013.

Feliz aniversário, D2!

Vídeo: Millie Bobby Brown canta rap sobre a primeira temporada de Stranger Things; assista

Millie Bobby Brown faz rap
Foto: Reprodução/YouTube

A segunda temporada de Stranger Things estreou na sexta-feira (27) e o elenco continua dando o que falar.

Millie Bobby Brown esteve no Tonight Show de Jimmy Fallon na última semana e mostrou seu lado rapper ao fazer algumas rimas resumindo a primeira temporada da série que protagoniza.

Na época de estreia da atração, a atriz de 13 anos já havia sido elogiada ao mostrar suas habilidades com o rap cantando um verso de “Monster”, de Nicki Minaj.

Dessa vez, Millie usou como base “Bodak Yellow”, da rapper Cardi B.

Confira o vídeo:

Green Day enlouquece público em show no Rio de Janeiro; resenha e fotos

Green Day no Brasil
Foto: Bruno Pereira

Fotos por Bruno Pereira

Demorou, mas valeu a pena a espera.

Sete anos depois de se apresentar no Rio de Janeiro, o Green Day voltou à Cidade Maravilhosa para abrir a turnê Revolution Radio no Brasil. E no show, realizado na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, não faltaram clássicos, novos hits, brincadeiras e muita roda punk (com respeito e consciência).

A noite começou cedo, por volta de 20h30, com a abertura do grupo de Los Angeles The Interrupters, que está no país pela primeira vez. A banda, formada por Aimee Interrupter (voz), Kevin Bivona (guitarra e backing vocals), Justin Bivona (baixo e backing vocals) e Jesse Bivona (bateria e backing vocals), animou o público, que chegava aos poucos, com seu som meio Rancid, meio Sublime e vocal que lembra Courtney Love, em faixas como “A Friend Like Me”, “She’s Got Arrested”, “This is the New Sound” e “Family”.

Marcado para começar 21h30, logo depois do horário as caixas de som do local tocaram “Bohemian Rhapsody”, do Queen, indicando que o Green Day surgiria em breve. Na sequência, entrou no palco o mascote do show: um coelho rosa que anima a plateia enquanto rola “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones, de fundo.

Às 21h49, Billie Joe Armstrong (voz e guitarra), Mike Dirnt (baixo e backing vocals) e Tré Cool (bateria) finalmente apareceram, causando furor no público. Para abrir a apresentação, com mais três músicos de apoio, o Green Day escolheu “Know Your Enemy”, do álbum 21st Century Breakdown, de 2009.

No meio da execução da potente faixa, Billie Joe chamou ao palco um fã que estava próximo da grade. O rapaz cantou um trecho da canção junto com seu ídolo e depois se lançou por cima da plateia. Ao final, chamas de fogo foram lançadas, deixando o clima do show literalmente quente. A apresentação continuou com “Bang Bang” e “Revolution Radio”, ambas do mais recente trabalho dos californianos.

Mais tarde, o vocalista conversou com os fãs pela primeira vez. “Demorou tanto, sete anos!”, disse Billie Joe. “Estamos de volta e vamos nos divertir e enlouquecer. Chega de negatividade, de Facebook ou Instagram. Esta noite estamos juntos, todos os punks, todos os bizarros. Formamos uma família”, completou o cantor de 45 anos, mas que nunca perde sua vitalidade adolescente.

Em meio aos elementos pirotécnicos, que sempre fazem enorme sucesso, o show seguiu com “Holiday”, “Letterbomb” e “Boulevard of Broken Dreams”, todas presentes no aclamado disco American Idiot (2004). Antes da primeira, Billie Joe fez um discurso entusiasmado contra o racismo, fascismo, sexismo e seu Presidente da República, Donald Trump, o que, claro, também resultou no coro uníssono de “Fora, Temer”, vindo da plateia.

Durante “Longview”, do CD Dookie, de 1994, Billie Joe novamente convidou um fã ao palco e deixou que ele cantasse parte da música. O jovem também deu mosh na hora de voltar para o meio da multidão. Depois de “Young Blood”, Billie Joe perguntou quantos fãs de Green Day antigo estavam no show.

Ao testemunhar a reação efusiva do público, o vocalista anunciou animadamente que a próxima canção do repertório remontava ao ano de 1991. Era “2000 Light Years Away”. No meio da execução da faixa, Billie Joe acionou uma mangueira para jogar água na direção do público e também lançou camisetas para a plateia através de uma espécie de bazuca.

Depois de fazer os fãs surtarem com “When I Come Around” e “Welcome to Paradise”, o Green Day animou a plateia com “Minority”, do disco Warning (2000), apresentando também a banda e os músicos de apoio. Fanfarrão e showman como poucos, Billie Joe brincou com a nacionalidade do tecladista, dizendo que ele era brasileiro. O cantor desmentiu em seguida.

Na hora de “Are We the Waiting”, o vocalista se enrolou na bandeira que simboliza o movimento LGBTQ, sendo ovacionado pela plateia. Após “St. Jimmy”, o Green Day promoveu uma jam que levantou a galera, dando sequência ao setlist com o cover de Operation Ivy, “Knowledge”, quando uma fã foi chamada ao palco e arranhou nas notas com a guitarra de Billie Joe.

A temperatura do show subiu mais uma vez com a dobradinha de “Basket Case” e “She”. Em “King for a Day”, todos no palco apareceram fantasiados e o saxofonista, vestindo um turbante de faraó na cabeça, puxou um solo de “Garota de Ipanema”, de Vinicius de Moraes.

Depois veio um pot-pourri de “Shout” (The Isley Brothers) com “Always Look on the Bright Side of Life” (Monty Python), “(I Can’t Get No) Satisfaction” (The Rolling Stones) e “Hey, Jude” (The Beatles), seguido de “Still Breathing” e “Forever Now”, para fechar a apresentação, às 23h46.

Após alguns minutos no aguardo, o público aplaudiu o retorno de Billie Joe, que, sozinho, voltou para cantar em formato acústico as duas últimas músicas do repertório. A primeira canção foi a ótima “21 Guns” e a derradeira foi “Good Ridance (Time of Your Life)”, que, sob chuva de papel picado, deu real significado ao sentimento dos fãs. Depois de duas horas e meia de uma apresentação eletrizante, com a performance de uma banda que parece estar no melhor de sua forma, o público, definitivamente, presenciou um dos grandes momentos de suas vidas.

Setlist:

1. “Know Your Enemy”
2. “Bang Bang”
3. “Revolution Radio”
4. “Holiday”
5. “Letterbomb”
6. “Boulevard of Broken Dreams”
7. “Longview”
8. “Youngblood”
9. “2000 Light Years Away”
10. “Hitchin’ a Ride”
11. “When I Come Around”
12. “Welcome to Paradise”
13. “Minority”
14. “Are We the Waiting”
15. “St. Jimmy”
16. “Knowledge” (cover de Operation Ivy)
17. “Basket Case”
18. “She”
19. “King for a Day”
20. “Shout”/ “Always Look on the Bright Side of Life”/ “(I Can’t Get No) Satisfaction”/ “Hey Jude” (covers de The Isley Brothers, Monty Python, The Rolling Stones, The Beatles)
21. “Still Breathing”
22. “Forever Now”

Bis:

23. “American Idiot”
24. “Jesus of Suburbia”

Bis 2:

25. “21 Guns”
26. “Good Riddance (Time of Your Life)”

Eita: Liam Gallagher já foi “convidado a se retirar” da casa de Mick Jagger

Liam Gallagher e Mick Jagger
Fotos: Divulgação

O novo projeto do veículo NME, chamado NME Gold, teve em sua primeiríssima capa o cantor Liam Gallagher. Além de ser o homenageado da edição, ele mesmo que editou a publicação.

Liam falou sobre suas principais influências, sobre os artistas que o influenciaram e que moldaram seu estilo musical. Entre os citados estão as bandas The Beatles, The Verve, Sex Pistols e The Rolling Stones. Ao falar dessa última, no entanto, Liam lembrou de uma história um tanto estranha que ocorreu com ele.

Na ocasião, o cantor havia sido convidado para um evento na casa de Mick Jagger, localizada na cidade de Richmond. Ele lembra que, ao sair do carro, consumiu uma pílula. Porém, ao entrar na residência, ele pensou: “isso não foi uma boa ideia!”.

Isso porque o que estava acontecendo na casa do vocalista dos Stones era algo mais formal do que Liam esperava. Não havia sequer música tocando. Ele contou para a NME:

Eu me lembro de descer as escadas, um pouco atrasado. No final dos degraus, estava tremendo e perguntei ‘onde diabos você estava?’ e ‘cadê as músicas?’.

Gallagher conta que não lembra o motivo pelo qual foi chamado. Lembra apenas de ter sido “convidado” a se retirar. Na entrevista, Liam aproveitou o momento para deixar claro que os Rolling Stones eram a melhor banda de rock de que tinha conhecimento. “Os Beatles eram como feiticeiros, mas os Stones eram os caras”, compara.

O primeiro disco solo de Liam, As You Were, foi lançado no início de Outubro. Recentemente, o cantor deu sua opinião sobre as bandas Pearl Jam e Queen.

Cyndi Lauper anuncia show beneficente com Laura Jane Grace, Peaches e outros

Cyndi Lauper - evento beneficente
Foto: Divulgação

Pelos últimos seis anos, a cantora Cyndi Lauper é anfitriã do evento Home For The Holidays, um concerto beneficente destinado a arrecadar fundos para a True Colors Fund — organização cujo objetivo é auxiliar jovens da comunidade LGBT que moram nas ruas.

Em edições anteriores, o evento contou com artistas como P!nk, Lou Reed, Jason Mraz, 50 Cent, Nelly Furtado, Adam Lambert, Norah Jones e muitos outros. Agora, o line-up do próximo show acaba de ser revelado.

Laura Jane Grace (Against Me!), Peaches, Jake Shears (Scissor Sisters), Dr. John, Jackson Browne e vários outros artistas estão escalados para o evento, que acontece no dia 9 de Dezembro no Beacon Theatre, em Nova York.

Caso interesse, você pode adquirir ingressos para o show clicando aqui, e conferir o line-up completo logo abaixo.

Cyndi Lauper - evento beneficente lineup

Ouça um Dave Grohl de 14 anos tocando músicas dos Beatles e The Who

Nameless - antiga banda de Dave Grohl

Antes de iniciar seu estrelato no Nirvana, Dave Grohl passou por uma série de bandas durante sua juventude.

No entanto, uma que não chegou a ser muito conhecida foi a Nameless, criada durante o primeiro ano do ensino médio do músico na Thomas Jefferson High School em Alexandria, Virginia.

No grupo, Grohl tocava guitarra e cantava, como ele mesmo já mencionou na biografia This Is A Call. Os outros membros da Nameless eram Tom Reintal (guitarra), Nick Christy (guitarra e vocais), Brent Paxton (baixo) e Tony Morosini (bateria).

Bem diferente da sonoridade de seus projetos posteriores, a jovem banda de Grohl fazia covers de bandas como The Who e Beatles. Você pode conferir um vídeo de algumas versões logo abaixo.

Portugal. The Man compartilha clipe para “Live In The Moment”; assista

Portugal. The Man - clipe para Live In The Moment
Foto: Reprodução / YouTube

No meio do ano, o Portugal. The Man lançou o esperado Woodstock, seu mais recente álbum de estúdio.

O álbum contou com dez músicas, produção de nomes como Danger Mouse e Mike D (Beastie Boys) e participações de artistas como Richie Havens, Son Little, Mary Elizabeth Winstead e Zoe Manville.

Até o momento, o disco rendeu vários singles, incluindo o carro-chefe “Feel It Still” — que acabou se tornando um dos maiores hits do ano ao redor do mundo, como nós havíamos falado por aqui.

Agora, o grupo compartilhou um clipe para a canção “Live In The Moment”, que também faz parte de Woodstock. No curioso vídeo, os membros da banda dirigem um carro com um boneco preso no teto — como se ele estivesse “surfando” no veículo.

Você pode conferir o clipe logo abaixo, e a nossa entrevista com a banda clicando aqui.

Robert Plant afirma não conseguir ouvir clássico do Led Zeppelin: “deveria ter calado a boca”

Robert Plant no Lollapalooza Brasil

“Eu realmente deveria ter calado a boca!,” reagiu Robert Plant ao falar sobre seu vocal em “Babe, I’m Gonna Leave You”, clássico do Led Zeppelin, em recente entrevista concedida ao The Guardian.

Responsável por liderar uma das maiores bandas de todos os tempos até a separação em 1980, Plant, que canta algumas canções do Zeppelin em suas apresentações solo, admitiu estar incomodado em ouvir algumas de suas vozes do passado.

Lançada em 1969 e presente no álbum Led Zeppelin I, “Babe, I’m Gonna Leave You” é uma das vítimas do vocalista que ainda esbanja atitude no palco aos 69 anos. “Eu acho a minha voz horrível nesta canção.”

Robert Plant também relembrou o acidente de carro que sofreu em 1975, onde teve sérias lesões nos cotovelos e nos tornozelos, e fez um paralelo com a situação de momento do Led Zeppelin, que lançou Presence em 1976, um ano depois do acontecido.

Este álbum foi devastado pela dor. Naquele momento, até mesmo o companheirismo da banda já estava no ‘ponto final’. Eu lembro de estar em um quarto com minha namorada e dizer para ela que aquele era o fim do Led Zeppelin.

O vocalista lançou, no mês passado, seu décimo primeiro álbum solo. Chamado de Carry Fire, o disco conta com onze faixas e com a participação de Chrissie Hynde, do The Pretenders. Ouça-o aqui.

https://youtu.be/KUhsA6EAQvQ

“O Rei Leão”: Disney confirma Beyoncé, Seth Rogen, Donald Glover e mais no elenco

Anunciado elenco de
Foto: Divulgação/Disney

Mais um clássico da Disney ganhará vida nos cinemas. O Rei Leão, animação de 1994, retorna em forma de live-action em Julho de 2019, com direção de Jon Favreau e um elenco estelar.

Os protagonistas Simba e Nala serão, respectivamente, Donald Glover (Childish Gambino) e a cantora Beyoncé. O vilão Mufasa será interpretado por James Earl Jones; Billy Eichner e Seth Rogen viverão os icônicos Timão e Pumba. A premiada atriz Alfre Woodard também está na escalação como Sarabi.

A trilha sonora será do compositor Hans Zimmer, que também produziu a do filme original de 1994. Este trabalho lhe rendeu o Oscar de melhor trilha sonora daquele ano.

O longa-metragem está em fase de pré-produção e só estreia em 19 de julho de 2019.

Conversamos com a Leah Shapiro (BRMC) sobre o novo disco da banda, seu amor pelo público da América do Sul e mais

Black Rebel Motorcycle Club
Foto: Reprodução/Vimeo

Em 2016, tivemos a oportunidade de conversar com o vocalista e guitarrista do Black Rebel Motorcycle Club, Peter Hayes, antes da banda subir ao palco para o show em São Paulo (leia a resenha aqui).

Agora, poucos meses antes da banda lançar seu oitavo álbum de estúdio, intitulado Wrong Creatures, batemos um papo por telefone com a simpática baterista Leah Shapiro, que nos falou sobre o processo de criação do disco, o que mais gosta sobre a plateia Sul-Americana e mais. Leia abaixo!

TMDQA!: Olá, Leah! Obrigada por falar conosco! Como vai?

Leah Shapiro: Estou bem! E você?

TMDQA!: Estou bem, obrigada! Então, tivemos a chance de conferir o Wrong Creatures e o disco está incrível! Conte-nos um pouco sobre o processo de gravação.

Leah: Primeiramente, obrigada! O processo de gravação e criação foi um pouco diferente. Geralmente a gente começa a compôr em nosso estúdio de ensaios quando as músicas estão em uma certa fase, com baixo, bateria e arranjos, daí vamos ao estúdio e gravamos. Mas por termos feito algumas turnês, isso meio que quebrou o processo de gravação, então gravamos as músicas em fragmentos, divididas em duas partes.

As baterias foram gravadas no Sunset Sound. Obviamente é muito caro gravar em um estúdio como aquele, então tentamos gravar algumas coisas, como guitarras e vocais, em casa. Tínhamos equipamentos para fazer isso, então não precisávamos trabalhar contra o relógio, sabe, cada vez que o tempo passa é um dinheiro a mais que vai sendo gasto.

TMDQA!: O processo fica mais livre.

Leah: É, você não tem aquela pressão de estar em um estúdio. Você pode explorar novos caminhos que talvez sejam ruins, mas tudo bem! (risos). Mas a bateria foi necessária ter sido em um bom estúdio, para conseguir o som que você quer do instrumento, então eu tenho que estar muito bem preparada antes de gravar as baterias; esse é o estágio onde fico mais estressada porque sou muito específica com o sentimento quero colocar em cada música, e isso faz uma diferença para os dois (Robert Levon Been e Peter Hayes) criarem camadas e a música que está sendo gravada. Você tem de ter uma boa base para a música.

TMDQA!: Sim. Esse disco é bem cru e mais pesado se comparado ao Specter at the Feast. Essa era a direção que vocês queriam seguir ou saiu naturalmente?

Leah: Saiu naturalmente. Não somos o tipo de banda que sentamos para fazer um disco, talvez um dia ou dois (risos), mas não temos um conceito de onde queremos seguir. Geralmente a música se desenvolve naturalmente e, em certo ponto, não gostamos de avançar muito; deixamos a música guiar o caminho, sem egos ou opiniões pelo caminho, dessa forma a música pode ser o que ela quiser.

TMDQA!: Acho que é melhor assim.

Leah: Sim! Acho que a vida no geral é assim. Você pode fazer os melhores planos, mas nem sempre vai acontecer do jeito que gostaria (risos), pelo menos para mim. Eu tento não ter muitos planos, funciona melhor.

TMDQA!: Vocês haviam tocado algumas músicas ao vivo, como “Bandung Hum”, “Ordinary Boy” – que foi até disponibilizada uma versão demo – e “Hunt”. Por quê apenas “Hunt”, que é uma das melhores do disco na minha opinião, acabou entrando?

Leah: Bem, nós também gravamos “Bandung Hum”, mas a única coisa que posso dizer por enquanto é que também vamos usar essa música em um contexto diferente, mas ainda sim relacionado ao disco. É o que eu posso dizer por ora.

TMDQA!: É segredo por enquanto!

Leah: Sim (risos), mas vamos tocá-la na turnê.

TMDQA!: Legal, a música é muito boa!
Os Estados Unidos está passando por uma grande crise política e social agora, com nazistas andando pelas ruas e tiroteios em massa acontecendo o tempo todo. Essa situação afetou as letras ou a forma como vocês fazem música?

Leah: O Rob e o Pete são os responsáveis pelas letras. Tudo que está acontecendo em nossas vidas ou no ambiente em que você está, politicamente ou não, eu diria que te afeta de uma forma ou de outra. Só penso que existem meios diferentes de você incorporar isso nas letras. Algumas pessoas são bem diretas, mas o Rob e o Pete tendem a serem mais abstratos quando escrevem sobre certos tópicos.

TMDQA!: Você fez uma cirurgia no cérebro em 2014 e felizmente teve uma recuperação perfeita. Tudo isso que você teve de lidar mudou sua forma de contribuir nesse disco?

Leah: Ah, mudou muita coisa. A apreciação que tenho pelo fato de poder continuar fazendo isso. Teve um impacto muito forte em mim na maneira de sabe… quando eu comecei a tocar, aos 20 e poucos anos, ainda tinha aquela mentalidade de ser fisicamente invencível e isso pegou muito para mim. Fiquei muito mais ciente das minhas limitações, tentei cuidar mais de mim, foi algo que tive de fazer. Mas é, é mais estar agradecida pelo fato de poder continuar fazendo o que é o meu ganha pão, que as pessoas ainda estejam interessadas em ouvir a gente, mesmo que já tenha passado um tempo razoável desde que lançamos um disco (O Specter at the Feast foi lançado em 2013). Tenho muita sorte.

TMDQA!: Como você compara o Wrong Creatures aos discos antigos do Black Rebel Motorcycle Club, especialmente os que você participou? O processo de criação evoluiu desde então?

Leah: Quanto ao processo criativo… Acho que o Specter at the Feast e este disco foram de alguma forma semelhantes, no sentido de que passamos bastante tempo no estúdio de ensaios tocando-as bem alto até formarmos as músicas e irmos para o estúdio gravar. Mas com o Beat the Devil’s Tattoo, que foi o meu primeiro disco com a banda, na época eu provavelmente estava mais focada em deixar o Rob e o Pete liderarem mais porque ainda estava tentando descobrir como iria me encaixar nesta banda e ter uma identidade com eles porque os dois trabalham juntos há muito tempo, tive que me encontrar dentro disso.

Após o lançamento do Beat the Devil’s Tattoo e com o tempo que ficamos em turnê, eu fui ficando mais confortável e inserindo minha personalidade nas composições e no jeito que a bateria seria tocada. Mas ao mesmo tempo, tudo o que o Michael [Been, pai do Robert e ex-engenheiro de som do BRMC, que faleceu em 2010] me ensinou eu vou levar para a vida inteira. Essa voz ainda ecoa na minha cabeça.

TMDQA!: Em 2016 vocês tocaram no Brasil e foi um ótimo show! Você tem alguma boa lembrança dele? Vocês pretendem voltar na próxima turnê?

Leah: Sim, eu lembro do show. Você está se referindo ao nosso show, certo?

TMDQA!: Sim!

Leah: Sim, eu lembro dele, e esse show foi o catalista para que os outros shows na América do Sul acontecessem. Eu amo tocar na América do Sul. Ponto final. Acabei de falar com uma pessoa do Chile antes desta entrevista. Há algo muito especial no público da América do Sul.

TMDQA!: A gente responde muito bem às músicas.

Leah: Sim! As pessoas são bem apaixonadas e não tem medo de se soltarem e serem livres. E não necessariamente você vê isso em outros lugares do mundo. Às vezes você vai a outras cidades ou países e parece que as pessoas são, não sei se reprimidas é a palavra, mas parece que elas têm medo de se deixarem levar.

TMDQA!: É, deve ser horrível tocar uma música tipo “Whatever Happened to My Rock n’ Roll” com o público só olhando para vocês ao invés de pular e curtir.

Leah: (Risos) Sim! Às vezes pode ser porque a pessoa quer realmente escutar a música e isso também é ok, também uma boa forma de absorvê-la.

TMDQA!: Sim, mas com “Whatever Happened to My Rock n’ Roll” você precisa pular, empurrar as pessoas e coisas assim (risos).

Leah: É verdade. Para mim, os shows ao vivo são onde a energia de todos no lugar, incluindo a banda, guia a música e como ela é tocada, isso pode ter um grande impacto em como elas são tocadas. A gente não toca as músicas sempre da mesma forma como são no disco em todas as noites, então a energia do público certamente pode mudar algumas coisas na performance e para mim isso é bastante marcante, que as pessoas que às vezes não tem nada em comum estejam juntas pela música, é maravilhoso que a música tenha esse poder e essa conexão maravilhosa. E também quando eu vou a shows e estou no público eu realmente presto atenção nisso e essa é magia da música ao vivo.

TMDQA!: Sim, acho que uma das melhores experiências que uma pessoa pode ter é ir em um show de uma banda que gosta muito.

Leah: Sim, é maravilhoso com certeza (risos).

TMDQA!: Então, Leah, a última pergunta vai ser um pouco engraçada, mas você vai entender: como você sabe, o nome do nosso site é Tenho Mais Discos que Amigos, que passando para o inglês fica I Have More Records Than Friends. Tendo isso em mente, eu te pergunto: você tem mais discos que amigos?

Leah: Se eu tenho mais discos que amigos? Sem dúvida! (risos)

TMDQA!: Antes de terminar nossa conversa, você poderia dar um oi pra galera aqui no Brasil?

Leah: Claro! Eu realmente espero que a gente possa tocar em seu lindo país no próximo ano quando o disco sair e espero que gostem dele. Eu quero MUITO fazer outra turnê pela América do Sul, então espero conseguir voltar o mais rápido possível.

Wrong Creatures sai no dia 12 de Janeiro de 2018.

Festival Nas Estrelas reúne bandas de “outro mundo” em Brasília

Pollares
Foto: divulgação

Como mostramos na coluna Lançamentos Nacionaisa banda Pollares divulgou recentemente o segundo disco, Juno. O nome, assim como todas as referências propostas pelo grupo, carrega uma referência espacial: a mitologia romana e a narração implícita sobre a história de uma entidade que carrega mensagem de empatia.

Para divulgar o novo trabalho, a banda brasiliense preparou o festival Nas Estrelas, que acontece nesse sábado (4) em Brasília. A lineup conta com bandas que têm ganhado destaque, tanto local quanto nacionalmente. Augusta, Lupa, San Lunes, Plutão já foi Planeta Zimbra são os nomes de peso do festival.

O Canteiro Central, icônico por ser cenário dos festivais da cidade, foi escolhido como local do evento, que tem início às 16h. E os ingressos estão à vendas aqui.

Festival Nas Estrelas
Foto: Divulgação

Acredite se quiser, Osama Bin Laden tinha vídeos brasileiros em seu computador

Foto: Wikimedia Commons

Essa semana, a CIA liberou uma lista com uma série de arquivos encontrados no computador pessoal de Osama Bin Laden após sua captura.

O curioso é que alguns desses arquivos tem fortes conexões com o Brasil, por incrível que pareça. Como aponta o Gizmodo, um dos vídeos que o terrorista havia baixado em seu computador era de um episódio dublado do Pica-Pau, que você pode conferir logo abaixo.

Outra descoberta é que o cara tinha uma série de vídeos sobre crochê baixados em seu computador. Um deles tinha o nome de “BOLSAS_DE_CROCHE_-_ARTEMINHA.flv”, que o Gizmodo descobriu se tratar de um vídeo postado em um blog criado por uma brasileira. Pois é.

Dentre os outros arquivos encontrados no computador de Osama estavam capas de antigos jogos de emuladores — com destaque para algumas artes eróticas –, episódios de Tom & Jerry e até mesmo vídeos de decapitação.

Você pode conferir a lista desses arquivos clicando aqui.

Mike Shinoda diz que Chester Bennington estava no mesmo nível de Freddie Mercury e James Hetfield

Chester Bennington e Mike Shinoda
Foto: Wikimedia Commons

Recentemente, o Linkin Park organizou um belo tributo em homenagem ao vocalista Chester Bennington, que contou com participações de membros do Blink-182, System of a Down, KoRn, No Doubt e muitos outros, como nós falamos por aqui.

Agora, o colega de banda do músico Mike Shinoda voltou a falar sobre Bennington, não poupando elogios ao amigo. Ao conversar com a Kerrang, Shinoda comparou-o a outras lendas da música, como Freddie Mercury (Queen), James Hetfield (Metallica) ou Dave Gahan (Depeche Mode).

É engraçado, por que ele é o tipo de cara que, quando você elogiava a sua voz — principalmente no começo da carreira–, olharia para o outro lado, negaria ou faria algum comentário crítico de si mesmo. Enquanto uma parte dele gosta de ser o centro das atenções, a outra corria disso.

Essa era a beleza de Chester. E ele era inspirado por uma série de vocalistas em pontos diferentes de sua vida, pessoas como Dave Gahan, James Hetfield e Freddie Mercury. Eu ocasionalmente lembrava ele que ele também estava nesse nível, mas ele nunca concordava comigo. Ele nunca reconheceu que era, mas nos últimos meses, vários artistas vieram publicamente e privadamente falar para nós que Chester era uma inspiração, assim como a nossa banda. Nós estamos muito gratos.

Chester faleceu em Julho desse ano e, desde sua morte, recebeu homenagens de diversos músicos e colegas da indústria.

Entrevistamos o Portugal. The Man sobre o novo disco “Woodstock”

Texto e entrevista por Nathália Pandeló Corrêa

Do início em um colégio no Alaska, há 13 anos, o Portugal. The Man trilhou um longo caminho – literalmente. Agora baseada em Portland, Oregon, a banda lança seu oitavo álbum de estúdio, Woodstock.

O nome remete a um dos grandes símbolos da contracultura, e não é por acaso. O novo disco do Portugal. The Man só ganhou forma após os músicos decidirem jogar fora quase todas as músicas que já haviam escrito (para um disco previamente chamado Gloomin + Doomin) e começar do zero a trabalhar em um novo projeto. Não dava pra continuar fazendo mais do mesmo – não com o mundo do jeito que está. E a inspiração veio do ingresso de Woodstock, que o pai do vocalista John Gourley guarda há quase 50 anos. A propósito, ele pagou US$8 pela entrada ao festival mais icônico que já existiu.

Woodstock deu sinal de vida desde dezembro do ano passado, com o single “Noise pollution”. Já em março, veio a música responsável pelo número 1 na parada alternativa da Billboard: “Feel it still”. Outros singles incluem “So Young” e “Rich friends”.

A banda chegou a lançar praticamente um álbum por ano, mas entre In the mountain in the cold, de 2011, e Evil Friends, foram dois anos. De lá até Woodstock, foram quatro, fazendo deste o trabalho de mais longa gestação para o Portugal. The Man.

“Nós trabalhamos com tantas pessoas incríveis nesse álbum, mas acabou com apenas nós quatro em um porão às 4 da madrugada tentando dizer algo importante. Tentamos escrever músicas para ajudar as pessoas a não se sentirem sós, mesmo que estejam com raiva ou se sentindo perdidas”, disse Gourley em entrevista para a Billboard americana.

Um mês após ter o disco no mundo, Kyle O’Quin (teclado, sintetizador) conversou com o Tenho Mais Discos Que Amigos sobre este novo momento da banda, volta ao Brasil e até uma improvável colaboração com o rapper Dame D.O.L.L.A. – também conhecido como Damian Lillard, o armador camisa 0 do time de basquete Portland Trail Blazers, por quem a banda torce. Como rapper, ele acaba de lançar o segundo disco, CONFIRMED. Confira abaixo!

TMDQA!: Olá, Kyle. Vamos falar sobre Woodstock! Apesar do disco ter músicas dançantes, também tem aquela sensação de que vocês falam sobre o clima político e social. Vocês comentaram sobre a música como um catalisador para mudança. Você acha que é a hora da música ser desafiadora e política?

Kyle O’Quin: É, sim… Se você olhar pra trás, todas as revoluções políticas, dá pra ver que a música não estava necessariamente ligada a elas, mas que foi um elemento importante de debate social. Então com certeza, acho que o momento pede isso.

TMDQA!: Da última vez que falamos com a banda – na verdade, a entrevista foi com o Zack – vocês estavam trabalhando em músicas novas, e isso foi um pouco antes do Lollapalooza Brasil de 2014. Entre o Evil Friends e Woodstock, vocês trabalharam por um tempo em outro disco que não chegou a sair, e começaram do zero no que viria a ser o Woodstock. Por que vocês decidiram ir numa direção completamente diferente e quais foram os desafios disso?

Kyle: Acho que é saudável pra uma banda não guardar tudo que faz, sabe? Prince descartava muita coisa, Michael Jackson no Thriller… Eles são prova disso. Nós já tínhamos feito um disco antes de Evil Friends que não saiu também. E nós somos uma banda de lançar um disco por ano, praticamente, então às vezes é bom dar uma pausa e avaliar o que se tem nas mãos. Estávamos trabalhando com produtores variados – fizemos coisas com o Mike D, com o Danger Mouse… Eles são ótimos, mas sentimos que estávamos perdendo a perspectiva das coisas. E como você comentou antes, o que definiu de fato esse disco foi esse clima político. Porque estávamos trabalhando com pessoas que vêm do hip hop e ouvindo coisas incríveis, ao mesmo tempo em que você vê bandas de rock só cantando sobre relacionamentos. E, bem, ninguém quer ouvir essa merda. Queríamos trazer um pouco de frescor pras composições e ao mesmo tempo fazer algo que fosse relevante e em consonância com o que está acontecendo no mundo.

TMDQA!: Certo! E falando em lançamentos recentes, vocês soltaram os remixes de “Feel It Still”, que provavelmente é o single definitivo desse álbum. Por que você acha que o público abraçou a música?

Kyle: Não sei… É uma vibração com uma batida boa, a linha de baixo é legal, boa pra se dançar. Temos visto muitas pessoas fazendo vídeos de dança na internet com essa música. Foi algo que nos surpreendeu bastante ver que as pessoas estavam curtindo, mas acho que se você cria algo que é divertido, tem um bom ritmo, as pessoas tendem a querer ouvir.

TMDQA!: Dá pra sentir no som de vocês algumas influências de clássicos, bandas de décadas atrás. Por que vocês escolheram abrir o disco especificamente fazendo referência ao Richie Havens, de todos os artistas que se apresentaram em Woodstock?

Kyle: É que foi a abertura do Woodstock, ele foi o primeiro a tocar. Mas aquele trecho é absolutamente incrível, a multidão assistindo ele daquela forma, é algo de arrepiar mesmo. Fazia sentido colocar isso bem no início do álbum.

TMDQA!: Mudando de assunto um pouquinho: estou supondo que vocês são torcedores do Portland Trail Blazers, a julgar pela bio no Twitter! O que vocês esperam da nova temporada e, mais importante: pra quando podemos aguardar uma colaboração entre o Portugal. The Man e o Dame D.O.L.L.A.?

Kyle: Engraçado, esses dias mesmo estávamos falando sobre isso! (Risos) Claro que não posso prometer nada, mas sim, somos grandes torcedores dos Blazers. Nosso baterista dificilmente perde um jogo, mesmo em turnê ele liga a TV pra assistir no ônibus, se der.

TMDQA!: Mas vocês realmente estavam pensando em tentar uma colaboração com o Dame?

Kyle: Sim, seria demais! A gente sempre vai aos jogos, quando estamos em Portland, o que não é muito frequente. Ficaríamos muito felizes se rolasse!

https://www.youtube.com/watch?v=dJLapUAHIG8

TMDQA!: Já faz um tempo que vocês estiveram no Brasil, com o trabalho no novo disco e tudo mais. Podemos esperar a turnê de Woodstock por aqui em breve?

Kyle: Uhm… Espero que sim! Definitivamente queremos voltar, a gente sempre recebe muitas mensagens de fãs do Brasil pedindo um show, é um público incrível. É que agora estamos com muitos compromissos, mas seria muito bom poder voltar aí. Vamos fazer todo o possível!

TMDQA!: Sei que vocês não têm nada a ver com Portugal, necessariamente. Mas se vocês vierem ao Brasil, saber um pouco de Português ou mesmo da nossa música poderia ajudar a quebrar o gelo! Vocês têm alguma referência nesse sentido?

Kyle: (Risos) Infelizmente, não! Todas as vezes que tocamos em Portugal, por exemplo, o pessoal pergunta sobre essa relação, se conhecemos o idioma ou algo do tipo, mas o máximo que conseguimos comentar é futebol, porque gostamos muito de jogar Fifa!

TMDQA!: Ah, aqui no Brasil o futebol é bem grande também, já dá pra puxar conversa.

Kyle: Exatamente!

TMDQA!: Bem, pra finalizar: o nome do nosso site tem muito a ver com a presença da música nas nossas vidas. Nós sempre pedimos aos músicos com quem conversamos para falarem sobre os álbuns mais importantes pra eles. Mas, como estamos falando de Woodstock, queria saber: se você pudesse voltar no tempo e ir ao festival, mas só assistir a um show… Qual show seria?

Kyle: Eu teria de dizer Jimi Hendrix. Eu sou natural de Seattle, e ele também. Claro que já vi muitos vídeos, tipo o Carlos Santana viajando em ácido e tocando muito, isso seria divertido assistir. Mas por ser da minha cidade e, bem, o maior guitarrista de todos os tempos, teria de ser Hendrix mesmo.

TMDQA!: Se só dá pra escolher um, que seja esse, certo? Bem, Kyle, os fãs do Brasil aguardam vocês.

Kyle: Com certeza! Muito obrigado!

https://www.youtube.com/watch?v=TKAwPA14Ni4

https://www.youtube.com/watch?v=AqZceAQSJvc

 

 

 

Wes Borland desabafa sobre disco novo do Limp Bizkit: “ninguém quer ouvir as músicas novas mesmo”

Wes Borland, guitarrista do Limp Bizkit
Foto: Wikimedia Commons

O guitarrista Wes Borland falou recentemente com o podcast Let There Be Talk sobre o enrolado processo de gravação e produção do sexto disco de estúdio do Limp Bizkit, Stampede Of The Disco Elephants.

O álbum está sendo gravado/produzido desde 2012, já enfrentou duas trocas de gravadora, a demissão, retorno e nova saída do DJ Lethal, teve quatro singles oficialmente lançados (“Ready To Go”, “Thieves”, “Lightz” e “Endless Slaughter”), o seu processo interrompido inúmeras vezes… e nada de ver a luz do dia.

Em fevereiro de 2016 cobrimos uma nova tentativa da banda de retomar os trabalhos em estúdio, onde Fred Durst estaria gravando (e descartando) vocais para 28 novas músicas do álbum, que tinha data de lançamento prevista para o segundo semestre de 2015.

Agora, Wes abordou o tema e foi bastante transparente a respeito do status em que o trabalho se encontra:

Temos um disco em produção há um longo tempo que está… você sabe, não está em um ponto onde eu ache que ele não vai ser finalizado tão cedo — talvez seja, mas eu não tenho certeza.

É um apanhado de músicas que estamos cozinhando há uns quatro anos já. De pouco em pouco vamos adicionando algumas coisas a elas. Mas eu acho que estamos tão focados em coisas diferentes que gravar um disco novo do Limp Bizkit se tornou meio difícil.

O guitarrista continuou o seu desabafo usando a distância geográfica e criativa entre os membros da banda como motivos para a falta de interesse em concluir o trabalho, e acabou se questionando se não haveria também falta de interesse dos próprios fãs em ouvir novas músicas do Limp Bizkit:

Nenhum de nós… não moramos na mesma cidade mais. Então eu não tenho certeza do que será disso, quando será lançado, ou o que está rolando agora com esse material.

É estranho estar em uma posição onde você pensa ‘tanto faz, ninguém quer ouvir esse material mesmo’. As pessoas vão aos shows pela nostalgia e querem ouvir os sons antigos, então, qual é a razão em fazermos um disco novo nesse ponto se todos nós estamos interessados em criar outro tipo de música de qualquer jeito? Se for pra acontecer, acontecerá em algum momento.

Wes também disse estar focado em projetos próprios e se questiona sobre as decisões da banda na época do disco Gold Cobra, lançado em 2011 e mal-recebido pela crítica:

“Nós falamos bastante sobre um disco novo. Agora eu estou curtindo gravar discos que eu produzo pra mim mesmo. Se houver um novo disco do Limp Bizkit ele será lançado quando for lançado. Eu acho que nós estávamos muito empolgados na época do Gold Cobra para lançar algo novo. Mas aí, eu não sei. Não foi a coisa certa, não era o material certo, não era a hora certa, eu acho.”

Pelas declarações feitas nessa entrevista com Wes Borland, acreditamos que os fãs terão que esperar sentados para ouvir o disco que já foi considerado como o “Chinese Democracy do New Metal”.

Enquanto aguardamos, dá pra conferir o novo álbum da banda do guitarrista, Big Dumb Face, que lançou o disco Where is Duke Lion? He’s Dead… nesse último dia 31 de Outubro.