Cllpes Banidos pela MTV
Reprodução/YouTube

Fazer clipes é sempre uma missão árdua para as bandas. É necessário dosar a mensagem passada com o que o espectador pode entender, e algumas vezes essa comunicação sofre alguns ruídos no meio do caminho.

Em outras, claro, a polêmica é a alma do negócio. Seja qual for o motivo, vários vídeos de bandas famosas foram banidos durante os anos em que não havia YouTube e a MTV comandava a veiculação dos clipes.

Nesta lista, separamos (com ajuda da Metal Injection Loudwire) 15 dos mais icônicos que vão desde uma mensagem incompreendida de Dave Mustaine até as experimentações visuais bizarras e provocativas de Trent Reznor com o Nine Inch Nails. Confira a seguir!

Queen – “Body Language” (1982)

Muitos afirmam que o vídeo de “Body Language”, faixa do álbum Hot Space, foi o primeiro a ser banido pela MTV. Ainda que tenha sido um dos pioneiros, os relatos mais corretos afirmam que “Joan Crawford, do Blue Öyster Cult, tem esse posto.

O “chocante” clipe da canção do Queen tinha algumas cenas provocantes, com corpos suados sendo expostos de forma sedutora. O canal achou a produção “sugestiva” demais.

 

Van Halen – “(Oh) Pretty Woman” (1982)

O que poderia dar errado com o Van Halen fazendo uma cover da clássica música de Roy Orbison? Talvez um clipe que envolve anões raptando uma mulher e mexendo em suas pernas enquanto os membros da banda aparecem vestidos de samurai, Tarzan e cowboy tentando resgatá-la.

No fim das contas, é Napoleão em uma limusine quem salva a mulher — que na verdade é um homem. E, acredite se quiser, foi isso que gerou problema para os canais de televisão, que acabaram banindo o vídeo.

 

Motörhead – “Killed by Death” (1984)

Não, o vídeo de “Killed by Death” não foi banido por uso excessivo de motocicletas ou por ser anos 80 demais.

Segundo a MTV, o clipe trazia “violência excessiva e sem sentido”. Confira e julgue por si mesmo.

 

Alice Cooper & Twisted Sister – “Be Chrool to Your Scuel” (1985)

Como era fácil chocar as pessoas naqueles tempos, não é mesmo? O clipe de “Be Chrool to Your Scuel”, parceria entre o Twisted Sister Alice Cooper, foi tirado da programação devido às cenas gore/nojentas que envolviam zumbis na tela.

 

Megadeth – “In My Darkest Hour” (1987)

Uma das poucas bandas a ter mais de um clipe banido, o Megadeth foi censurado pela primeira vez em 1987 com o vídeo de “In My Darkest Hour”.

Acontece que, na época, a MTV tinha medo de veicular qualquer coisa que remetesse mesmo que remotamente a suicídio. Ainda que o significado da canção tenha sido explicado por Dave Mustaine e envolvesse a morte de Cliff Burton (Metallica) e seu término de namoro com Diana Aragon, o canal não quis nem saber.

 

Mötley Crüe – “You’re All I Need” (1987)

O clipe de “You’re All I Need” tratou de um tema bem sensível e fez com que eventualmente o Mötley Crüe colocasse um aviso antes do clipe sobre as cenas chocantes. “Quem disse que o jornal das 18h é bonito?”, diz o texto exibido nos primeiros segundos.

A ideia era expor um relacionamento que envolvia violência doméstica, e Nikki Sixx chegou a deixar bem claro em entrevistas que a canção “não é conivente nem explora essa tragédia” ao mostrar “claramente como uma vida é destruída e a outra estragada para sempre”.

 

Neil Young – “This Note’s for You” (1988)

Neil Young nunca teve medo de falar o que pensa, e o clipe de “This Note’s for You” teve essa intenção. A canção critica os comerciais da época, nomeando diversas marcas — e, claro, conseguindo um belo chute pra fora da programação da rede.

Neil não deixou barato, e chamando o canal de “imbecis covardes” com “medo de ofender seus patrocinadores”, perguntou: “o que significa o ‘M’ em MTV? Música [music] ou dinheiro [money]? Vida longa ao rock and roll”.

 

Billy Idol – “Cradle of Love” (1990)

Apesar do cunho sexual que o clipe de “Cradle of Love” traz, Billy Idol foi censurado por um motivo inusitado.

O vídeo trazia cenas do filme As Aventuras de Ford Fairlane, estrelado por Andrew Dice Clay, que havia sido banido da rede de televisão por uma performance no MTV Awards de 1989 que desagradou muita gente. Eventualmente, eles retiraram as cenas do comediante e ficou tudo bem.

 

Sepultura – “Arise” (1991)

Tem Brasil na lista também! Para resumir, o problema com o clipe de “Arise” foi religioso: enquanto toca o hino do thrash metal no deserto, o Sepultura está cercado de imagens como crucifixos, inclusive com atores exibindo ferimentos com sangue e alguns até pegando fogo.

A justificativa oficial foi o uso de “imagens religiosas apocalípticas”.

 

Soundgarden – “Jesus Christ Pose” (1991)

A ideia do Soundgarden com “Jesus Christ Pose”, cujo nome foi inspirado em uma foto de Perry Farrell (Jane’s Addiction), era chocar. E os caras conseguiram.

Mesmo com um comunicado de Chris Cornell avisando que a canção não tinha nada a ver com religião, e sim com “pessoas explorando um símbolo”, a banda chegou a receber ameaças de morte de grupos cristãos que consideraram a música uma afronta aos costumes religiosos. E, claro, a MTV fugiu da polêmica.

 

Nine Inch Nails – “Happiness in Slavery” (1992)

Banido quase que universalmente das redes de televisão, o vídeo de “Happiness in Slavery” elevou o patamar do chocante. Trent Reznor aparece cantando atrás de grades enquanto um ator é mutilado por uma máquina que parece uma cadeira de dentista até sua morte, com seu sangue sendo utilizado para regar plantas.

Ao final, o vocalista do Nine Inch Nails é visto se preparando para passar pelo mesmo ritual.

 

Nine Inch Nails: Happiness In Slavery (Uncensored) (1992) from Nine Inch Nails on Vimeo.

TOOL – “Prison Sex” (1993)

O bizarro clipe de “Prison Sex”, do TOOL, tratava de “assuntos sensíveis” demais para a MTV. O tema da canção é o abuso, e a tentativa de reconhecer os padrões para dar o “primeiro passo” em lidar com esses machucados.

Ainda que use bonecos, o vídeo é bem perturbador e talvez nessa o canal tenha acertado a mão.

 

Megadeth – “A Tout le Monde” (1994)

Acredite se quiser, o Megadeth foi censurado uma segunda vez praticamente pelo mesmo motivo. A MTV acreditou que “A Tout Le Monde” tratava de suicídio e, com medo, resolveu banir a canção cuja letra falava, na verdade, sobre um sonho que Dave teve com a mãe, à época já falecida.

 

Marilyn Manson – “Coma White” (1999)

Essa é uma história com final feliz. A ideia inicial do clipe era recriar o assassinato do ex-presidente americano John F. Kennedy e compará-lo a Jesus Cristo; ao fazer isso, Manson sabia que o vídeo geraria polêmica. O problema maior é que, bem naquela época, ocorreu o massacre de Columbine (que foi erroneamente relacionado à banda) e o filho de JFK morreu.

Portanto, a MTV decidiu atrasar a estreia por alguns meses. Eventualmente, Manson gravou uma mensagem explicando que não se tratava de um “deboche” e sim de uma homenagem a “homens como Jesus Cristo e JFK que morreram nas mãos da sede infinita da humanidade por violência”. O canal julgou isso suficiente para promover a canção, que se tornou uma das mais pedidas na programação.

 

Foo Fighters – “Low” (2002)

Essa é outra quase inacreditável. Um dos últimos vídeos a ser banido, “Low” juntou Dave Grohl Jack Black para um clipe que parece bem divertido e culmina com a dupla usando perucas e se vestindo de mulher.

A MTV considerou isso inaceitável e retirou o vídeo de sua programação.

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