John Dolmayan do System of a Down
Foto via Wikimedia Commons

John Dolmayan, baterista do System of a Down, não aceita qualquer explicação simples sobre o novo coronavírus.

O músico, que lançou recentemente um disco de covers com participação do brasileiro Jonathan Dorr, vocalista da Ego Kill Talent, concedeu entrevista à Metal Injection e expôs suas visões sobre a COVID-19. Inicialmente, ele contou sobre suas maiores preocupações serem econômicas:

Honestamente, eu acho que tem muita coisa positiva que pode sair disso. Mas no fim das contas, o que realmente me preocupa são as pessoas que irão ser atingidas de forma dura financeiramente. Eu não quero ver altos índices de desemprego. Eu tenho uma empresa que eu comando. Nós temos 15 empregados, e estou fazendo o melhor que posso para manter todos com emprego. Essa é a única coisa com a qual você está realmente preocupado nessas horas.

Em seguida, Dolmayan falou também sobre não estar “tão preocupado quanto as outras pessoas” sobre o vírus, e explicando suas teorias sobre os verdadeiros beneficiados pela crise causada pela doença:

Eu acho que não estou tão preocupado quanto as outras pessoas estão com o vírus em si. Eu sinto que seres humanos são feitos para combater vírus. Se há uma coisa positiva, aos que estão no poder, é que isso os livrou de várias pessoas que estavam protestando muito rapidamente. Então, sei lá. Eu questiono as coisas, e eu tenho minhas próprias teorias sobre as coisas, e as pessoas às vezes acham que eu sou um idiota por isso. Mas eu também tenho uma grande imaginação.

Ele ainda explicou a quais protestos estava se referindo:

Havia manifestantes em Hong Kong, havia manifestantes na França, havia manifestantes na Itália, no Líbano, no Chile — havia protestos ocorrendo no mundo todo, pessoas pedindo mudanças de seus governos, e é só meio que conveniente que há um coronavírus e todos esses protestos somem.

John Dolmayan e teorias sobre as origens do coronavírus

Dolmayan citou o fato de “algumas coisas da história serem difíceis de explicar”, e continuou com suas teorias da conspiração. Ele se pergunta de onde surgiram “esses vírus”, e garante que não se trata de “morcegos ou essas merdas” já que as “pessoas na China têm comido dessa forma por milhares de anos”.

Mas não se engane. O baterista acredita que a China tem culpa, sim, mas por outro motivo:

Não há nada que a China vá fazer nas primeiras semanas para que as pessoas parem de comprar e consumir produtos chineses. Essa é a minha teoria — eles preferem que a economia do mundo todo esteja ruim ao invés de só a economia chinesa. Porque o que acontece se nós não podemos encomendar nossas coisas da China porque há uma quarentena na China? Nós iríamos pegar de outros lugares — seus competidores. E uma vez que você desenvolve cadeias de suprimento com outros lugares, aí as pessoas se acostumam a trabalhar com outras pessoas, elas não vão necessariamente querer voltar atrás e trabalhar com a China depois.

Há toda uma coisa política, global, financeira que você tem que entender. Eles não ligam pra um ou dois milhões de mortos. E eu não estou falando só da China; eu estou falando dos governos em geral. Porque eles têm que meio que olhar como um tipo de colônia de formigas. É mais importante que a colônia de formigas sobreviva do que os membros da colônia de formigas, inclusive a rainha. É compreensível, ainda que não seja divertido pensar nas coisas nesses termos.

É, definitivamente as visões do músico fogem do lugar comum. Aliás, ele já criou polêmica nesse ano ao apresentar suas teorias sobre as eleições americanas, nas quais comparou Bernie Sanders a regimes como os da Venezuela e Alemanha Nazista.

 E aí, acha que os pensamentos do cara têm algum embasamento?

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