Clipe de
Foto: Reprodução / Instagram

“Espero que isso esteja errado. Se estiver certo, é o fim do mundo.”

É com esse texto que se encerra o clipe de “AMAZON“, lançado hoje (21) pela guitarrista e produtora musical Sue. As palavras em questão foram baseadas em uma matéria publicada no jornal The Guardian, na qual o jornalista questiona os dados da destruição da Amazônia nos últimos anos.

O vídeo, dirigido e gravado pela própria artista, foi feito em uma estufa, traçando um paralelo com a relação entre a flora amazônica e o cotidiano urbano. A coreografia registrada foi feita por Sue e pela dançarina Izabel Nejur.

Enquanto isso, o clipe também bebe de referências audiovisuais. Tem um pouco de cinema de Tarkovsky, um pouco das coreografias de Pina Baush e remete também à questão do movimento abordada pela banda Sigur Rós no clipe de “Valtari“.

 

Lo-fi, jazz e uma mensagem de proteção

Sue-Elie tem como trabalho paralelo o ótimo grupo Ozu, onde toca guitarra. Além disso, atua como beatmaker em outros projetos. Sua primeira iniciativa solo, no entanto, foi concretizada apenas no disco Soundtrack For Photographs, lançado no ano passado. Experimental, o disco entrega de fato uma trilha sonora para fotografias, inspirado em gêneros como o lo-fi e o jazz.

É graças a este disco, por sinal, que surgiu a intensa “AMAZON”, que promove um diálogo entre sons da floresta e sons mecânicos, entre o alvo e a ameaça, entre a tradição e a sua ruína. A faixa traz uma mensagem de preservação e de proteção, que é reforçada pelas aparências e significados dos movimentos do clipe. “Quis materializar essa sensação de desastre iminente e ameaça permanente dos povos indígenas. Questionar porque o que não é visto não é lembrado e jogar com as aparências”, conta Sue.

Confira abaixo o clipe, com exclusividade do TMDQA!:

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