Paul Di'Anno
Foto: Wikimedia Commons

Apesar de Bruce Dickinson ter se tornado o vocalista mais icônico do Iron Maiden, foi Paul Di’Anno quem participou da formação original e gravou os dois primeiros álbuns da lendária banda de metal.

Ele foi demitido em 1981 por problemas com álcool e cocaína e, desde então, teve diversos outros trabalhos e uma carreira solo prolífica. Em nova entrevista ao Mariskal Rock (via Loudwire), o britânico de 61 anos contou uma história tensa.

Ele admite que quase morreu em 2016 devido a um caso seríssimo de sepse:

Eu tenho entrado e saído do hospital por quatro anos. Tem sido muito, muito difícil para mim no momento. Por conta da sepse, eu continuo pegando infecções, então eles não podem operar minha perna.

Pelo que ele explicou, ele convive com a necessidade de substituição dos dois joelhos há anos. O risco de infecção devido à sepse, no entanto, não permite que o músico faça a cirurgia necessária – os médicos não irão operá-lo por, pelo menos, mais dois anos. Ele explicou a situação bizarra:

No momento, eu só tenho um joelho. O outro joelho foi retirado, mas não há um novo joelho para colocar, então ficou uma coisa de cimento. Mas eu quero tocar, obviamente, mas eu não posso fazer isso até estar consertado. Eu não parei de fazer música, e eu não tenho planos de me aposentar. Eu quero continuar tocando, mas eu preciso ficar bem.

Saúde e futuro de Paul Di’Anno

Durante esta revelação, Paul ainda explicou que foi diagnosticado quando estava voltando de shows na Argentina. Ele contou o episódio de seu retorno a Londres que quase resultou em sua morte:

A sepse te pega de jeito, e no voo de volta da Argentina para Londres, todo mundo ficava falando pra mim, ‘Oi, senhor. Você está bem? Você está bem?’. E eu ficava, tipo, ‘Sim, por que você não vai pra p*ta que pariu e me deixa sozinho?’. Eu não percebi que eu estava verdadeiramente morrendo. E quando eu de fato cheguei em casa e caí no chão, eu estava com meu celular. Eu estava sozinho, porque minha esposa e filhos estavam nos EUA. Eu chamei o pessoal da ambulância. Eles vieram e chutaram minha porta para me levar ao hospital. Eu fiquei oito meses naquele hospital… E você tem 45 minutos para tomar uma cacetada de antibióticos ou você morre. Eu consegui no limite. Oito meses de recuperação lá.

Por fim, ele reforça a paixão pela música e a vontade de continuar trabalhando. Mesmo sem poder sair de casa, ele ainda tem planos de uma turnê assim que possível e irá lançar um disco ao vivo no ano que vem.

Hell Over Waltrop foi gravado há mais de uma década, e foi “resgatado” graças às novas tecnologias de áudio. A data de lançamento oficial é 31 de Janeiro de 2020.

Desejamos forças e melhoras ao músico!

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