Nickelback
Foto: Divulgação

O Rock In Rio está chegando e, consequentemente, trazendo várias bandas internacionais para as nossas terras de uma vez só. São várias atrações incríveis, e uma delas é a banda Nickelback.

Após um show cheio de hits e de energia na edição de 2013 do festival, o grupo canadense está voltando ao Brasil para mais uma apresentação. Desta vez, eles trazem o conteúdo dos dois álbuns lançados desde então: No Fixed Address (2014) e Feed The Machine (2017). A apresentação acontecerá no dia 6, o último dia de Rock In Rio, no Palco Mundo. Na mesma noite, se apresentarão as bandas Muse, Imagine Dragons e Os Paralamas do Sucesso.

Desta vez, a banda passará também por São Paulo, para se apresentar no Itaipava de Som a Sol. Conforme falamos por aqui, o evento também contará com Weezer, Dave Matthews Band, Seal e The Black Eyed Peas. Os shows acontecerão no Ginásio do Ibirapuera, com datas marcadas entre o final de Setembro e o início de Outubro. Os ingressos para o show do Nickelback, que acontecerá no próximo dia 3, podem ser comprados aqui.

“Nós amamos o Brasil”

Tivemos recentemente a oportunidade de conversar com Mike Kroeger, baixista e um dos membros originais do quarteto. Batemos um papo sobre mudanças na sonoridade da banda, sobre as impressões de Mike sobre o Brasil e muito mais.

Por sinal, em meio ao papo, o baixista também desmentiu rumores sobre a banda gravar um disco de covers do Slayer. Confira na íntegra a conversa:

Nickelback
Daniel Adair, Ryan Peake, Chad Kroeger e Mike Kroeger. Foto: Divulgação

TMDQA!: Não é a primeira vez da banda no Brasil. Aqui, vocês tem uma base de fãs consolidada. Queria saber o que você pensa sobre o nosso país.

Mike Kroeger: Nós amamos o Brasil e os nossos fãs brasileiros! Tivemos ótimas impressões daí quando tocamos no Rock In Rio, em 2013. Desde então, ficamos ansiosos para voltar e ver toda a energia do público brasileiro novamente.

TMDQA!: Você tem algum tipo de conexão com a cultura brasileira? Existe algum artista daqui que você gostaria de conhecer pessoalmente?

Mike: Existe, sim. Eu adoro o heavy metal brasileiro. O grupo mais famoso que conheço é o Sepultura. Eles são incríveis, fantásticos e eu os amo. Mas a minha maior conexão com a cultura brasileira vem da comunidade jiu-jitsu. Sou um adepto e gosto demais dessas pessoas.

TMDQA!: Quando artistas internacionais vêm para cá, costumam falar bastante sobre a energia do público brasileiro. Sempre relatam uma recepção calorosa por parte dos fãs. Você também sente isso?

Mike: Sim, eu penso da mesma forma. Sentimos o amor dos brasileiros. Assim que saímos do avião, vemos que os fãs estão por lá. Quando estamos no hotel, sabemos que existem fãs do lado de fora o tempo todo, na esperança de conseguirem alguma troca conosco. Isso é incrível! É sempre uma recepção calorosa e muito apaixonada. É muito amor!

“É tudo uma questão de adaptação”

TMDQA!: O que podemos esperar dos shows que farão aqui? Além do Rock In Rio, vocês também estão escalados para o Itaipava Som a Sol. Estão animados?

Mike: Vamos tocar as canções favoritas de todo mundo, com toda a certeza! Talvez traremos algumas novidades também. Veremos o que vai acontecer. Pode ser que tenhamos surpresas!

TMDQA!: A última vez que vocês vieram ao Brasil foi em 2013, para o Rock In Rio. Acabamos não vendo os shows das turnês dos seus dois discos mais recentes, incluindo o Feed The Machine. Nos shows atuais, como está sendo conectar as novas músicas, que têm uma roupagem mais pesada, com seus hits?

Mike: É preciso ser muito cuidadoso ao escolher a ordem das canções. Temos que encaixar os novos sons de modo a manter o nosso repertório consistente. É bastante desafiador buscar entender onde devem ser colocadas as nossas canções de amor e as faixas mais pesadas. É preciso pensar como fazer essas transições, mas acho que conseguimos dar um jeito no final.

TMDQA!: O show do Rock In Rio 2013 me convenceu de que vocês sabem conciliar isso muito bem.

Mike: Temos que considerar os fãs também. Precisamos fazer a coisa certa por eles. Fazemos muitas pesquisas sobre que músicas têm repercussão melhor em determinados países. Para montar o show do Brasil, por exemplo, estamos considerando o que teve mais sucesso aí. Existem certas músicas que acabamos tocando porque os fãs locais mostram interesse em ouvir tal canção. Por outro lado, se existe uma música que não deu muito certo em um país, nós tiramos do nosso planejamento para os show. É tudo uma questão de adaptação.

TMDQA!: Sim. As canções do Feed The Machine, por exemplo, não tiveram um impacto comercial tão grande aqui quanto faixas como “How You Remind Me”, mas acredito que isso seja por conta da especificidade de cada público.

Mike: Sim. Nosso objetivo, em shows grandes como esses, é tentar agradar a todos. Precisamos experimentar através da perspectiva do “ao vivo”.

“O reconhecimento é uma consequência muito boa”

TMDQA!: Nickelback é uma banda muito grande. A Billboard chegou a eleger vocês a melhor banda da década de 2000. Queria ouvir de você como é ter este prestígio internacional. Como é ser um dos gigantes?

Mike: O que absorvemos de tudo isso é muito incrível. As vendas de disco, as premiações, os elogios das pessoas… É claro que não fazemos o que fazemos por causa da fama, mas o reconhecimento é uma consequência muito boa. Faz com que o artista se sinta bem.

TMDQA!: Quais são os planos futuros da banda? Já existem planos para um novo disco? Lembro que, em Fevereiro, você falou em uma entrevista sobre se dedicar a um mais pesado. Na ocasião, você falou sobre fazer um disco de covers do Slayer. Isso é verdade?

Mike: A questão é que as coisas ganham muita representação na mídia (risos). Preciso ser mais claro. O que disse era que eu, Mike, gostaria de me dedicar mais ao heavy metal e de gravar covers do Slayer. Não é a opinião do Nickelback. Acho que o jornalista com quem falei talvez tenha mudado o contexto. Mas, voltando ao Nickelback, nós sempre curtimos canções de heavy metal. Temos canções puxadas para esse sonoridade mais pesada em todos os nossos álbuns. Não seria algo novo para nós. O problema é que existem algumas músicas que não se dão muito bem com as rádios. Elas mostram mais preferência por nossas canções mais leves.

TMDQA!: Muitos conhecem vocês só pelos hits, mas vocês tem uma mão muito boa para o heavy metal. Vi um vídeo de vocês tocando “Sad But True”, do Metallica, e fiquei impressionado.

Mike: Obrigado!

TMDQA!: Alguma contribuição final?

Mike: Queria ressaltar que estamos muito ansiosos para voltar ao Brasil. O Brasil é um dos países mais ativos em nossas redes sociais.

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