Pin Ups - Mexican Tale

Pin Ups é uma das bandas mais importantes da história do rock alternativo brasileiro.

Após longos anos de hiato, o grupo formado por Alê Briganti (vocalista e baixista),
Zé Antônio (guitarrista) e Flávio Cavichioli (baterista), se juntou ao guitarrista Adriano Cintra para formar um quarteto e voltou pra valer, longe de ser uma reunião apenas com shows esporádicos.

O grupo irá lançar um disco cheio chamado Long Time No See (via Midsummer Madness) no dia 14 de Junho, fará show de lançamento no SESC Pompeia no dia 15 e hoje, com exclusividade aqui no TMDQA!, está estreando o single “Mexican Tale”.

Pin Ups, “Mexican Tale” e Superchunk

Somando-se à leva de artistas que já têm bagagem e não estão com medo de falar sobre a situação política e social do planeta, ao contrário de boa parte dos novos artistas, a Pin Ups pensou em um mundo sem muros e na proposta absurda de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, que quer separar o país do México com um muro.

Assim nasceu “Mexican Tale”, segundo single do novo disco, que tem aquele clima incrível das guitar bands dos Anos 80 e 90 que tanto caracterizou o grupo paulistano na era de ouro do estilo aqui no país.

Além das guitarras altas, dos backing vocals de Amanda Buttlerr (Sky Down) e de frases como “no limits / no boundaries / the world is ours / let’s play some music like there’s no tomorrow (sem limites / sem fronteiras / o mundo é nosso / vamos fazer música como se não houvesse amanhã)”, a canção ainda conta com riffs de guitarra de Jim Wilbur, do Superchunk, outra lenda do rock alternativo com quem o Pin Ups já excursionou:

“Superchunk é uma grande influência para nós. Abrimos shows da banda quando ela passou pelo Brasil em 1998 e em 2000, depois disso, viramos amigos,” conta Alê Briganti.

Zé Antônio complementou:

Convidamos o Jim para gravar os riffs e ele disse que era muito ruim com essas coisas digitais, mas que daria um jeito. Pouco tempo depois ele nos enviou e nós adoramos! É um privilégio ter a participação dele, ainda mais nesse momento em que a banda está.

Aperte o play e embarque em uma viagem direto para os Anos 90 e um período mais fácil da vida, sem Internet, sem smartphone, sem o peso das redes sociais e com um montão de bandas fazendo barulho com suas guitarras.

A história da Arte de Capa

Pin Ups - Long Time No See

Tanto a arte da capa do single quanto a arte da capa do disco foram feitas pelo artista gráfico Laurindo Feliciano, responsável pela ilustração que estampa a versão brasileira do livro The Handmaid’s Tale, que inspirou a aclamada série de televisão.

Ao falar sobre o processo, ele explicou como tudo surgiu:

Quando recebi as demos de ‘Long time no see’, percebi imediatamente que de maneira muito consciente o Pin Ups havia mudado, evoluído, e obviamente eu tomei isso como um reflexo da minha própria vida desde os anos 90. A minha história com a banda começou por volta de 1995. Na minha adolescência e durante um longo período, eles foram uma das minhas bandas favoritas. Mais de 20 anos depois ao ser convidado para trabalhar na capa e na identidade visual do novo disco eu fiquei muito emocionado e obviamente mergulhei no meu passado. Para mim algumas das faixas do álbum têm uma intenção muito clara de tratar o tema da memória, que por si só é a base de todo o meu trabalho como artista visual. Muitas das letras evocam isso, a faixa que dá nome ao disco é o maior exemplo. Outro tema que me parece claro nas letras é deixar algumas coisas irem e ter coragem para que isso aconteça. Existem muitas possíveis explicações para a arte da capa, e como em todos os meus trabalhos eu posso indicar possíveis pistas, fragmentadas, mas eu seria incapaz de reduzir isso a uma só ideia, dando espaço para que cada um faça sua própria interpretação. Existem elementos com signos muito fortes; a lanterna, a maçã, o mapa, a chuva, o garoto e o urso. O encontro de alguém frágil com um animal selvagem pode igualmente significar muitas coisas: os riscos que podemos tomar pela nossa curiosidade, ou o enfrentamento de nossos maiores temores, ou ainda a busca pelo desconhecido, entre muitas outras interpretações.

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