Cordel Do Fogo Encantado
Foto: Divulgação

Atração do festival Rio ArtMix, que acontece no Rio de Janeiro nos dias 9, 10 e 11, o Cordel do Fogo Encantado é um dos projetos mais interessantes da música brasileira. Unindo poesia e música, eles têm uma das performances mais fortes do país. Voltando de um hiato, o Cordel lançou o forte álbum Viagem ao Coração do Sol esse ano e ganhou a estrada com uma nova turnê que inclui esse festival no Rio.

O Cordel se apresenta no sábado, dia 10. As outras atrações do evento são Academia da Berlinda, Johnny Hooker, Minha Luz é de Led, Samba Que Elas Querem, Kebajê, Samba Independente dos Bons Costumes, Cadê Ioiô?, os DJ’s Doni, Tamy e Lencinho, além do tradicional Baile Charme do Viaduto de Madureira. Confira mais informações aqui: https://www.facebook.com/rioartmixfestival/

Conversamos brevemente com o Lirinha sobre essa nova fase do Cordel, poesia e o espaço da arte no Brasil.

TMDQA: Muita coisa mudou no Brasil nos últimos anos, durante esse hiato do Cordel. O que motivou vocês a voltar a criar e apostar em poesia?

Lirinha: Muita coisa nos motivou nesse retorno. Principalmente do reencontro construir uma nova mensagem. Com a turnê disco, Viagem ao Coração do Sol, estamos contando a jornada pra encontrar a filha do vento, que também é conhecida pelo nome de Liberdade. A pergunta que precisamos fazer é: Se somos livres, porque vivemos acorrentados por todos os lados? No nosso país, historicamente massacrado, onde a memória foi reduzida a cacos, a poesia é a nossa história, o testemunho, o depoimento.

TMDQA: A arte é o caminho para mudar o Brasil de 2018/2019?

Lirinha: A arte é o caminho pra achar o Brasil.

TMDQA: Ao vivo o que mudou no show do Cordel?

Lirinha: O show continua sendo o grande objetivo do nosso projeto. É pra ele que caminham todas nossas ações. A equipe técnica é a mesma da primeira fase da banda. Por exemplo, a iluminação especial de Jatlyles Miranda é feita com materiais e aparelhos construídos pela banda, a banda também constrói o cenário e outros adereços cênicos, isso nos acompanha desde a origem, em Arcoverde, sertão de Pernambuco. Nessa turnê, juntamos a iluminação, projeção mapeada e estamos viajando com mais profissionais.

TMDQA: Em geral, a gente pergunta se as pessoas tem mais discos que amigos e o que elas estão ouvindo. Mas eu quero saber o que vocês estão lendo de bom :)

Lirinha: Nesses dias, Noémia de Souza, poeta de Moçambique conhecida como “Mãe dos poetas moçambicanos”, autora de densa obra. Estou lendo “Sangue Negro”, coletânea lançada no Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=3qSStRcFhMc

 

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