Shirley Manson na Itália em 2005
Foto de Shirley Manson via Shutterstock

A cantora Shirley Manson, frontwoman do excelente Garbage, acaba de publicar uma carta aberta para o The New York Times onde comenta sobre o impacto da automutilação na sua vida.

Intitulado “The First Time I Cut Myself” (“A Primeira Vez Que Eu Me Cortei”), o texto entra em detalhes sobre os motivos que levaram a cantora a cometer o ato e como isso acabou afetando a sua vida direta e indiretamente.

Segundo Manson, a imagem negativa que ela tinha de si mesma durante sua adolescência e os problemas de um relacionamento abusivo a motivaram a começar a se cortar, dizendo que isso a fez se sentir “intocável e poderosa”.

“Mais do que isso, eu senti uma onda de conforto e alívio”, ela escreveu. Ela destacou que a súbita vontade surgiu quando não sabia lidar com os problemas de sua vida, e como sua saúde mental melhorou após ela terminar seu relacionamento abusivo.

“Eu comecei a namorar uma pessoa amável e respeitosa, que acabou se mostrando ser uma pessoa incrivelmente comunicativa,” ela detalhou. “Os cortes pararam abruptamente”.

No entanto, a vontade retornou no auge de sua carreira — no meio da turnê do segundo álbum do Garbage.

Perversamente, a parte ruim de atrair tanta atenção foi que eu comecei a desenvolver uma autoconsciência sobre mim mesma cuja intensidade eu não havia vivenciado desde que eu era uma jovem mulher no começo da puberdade.

Eu estava sofrendo uma extrema ‘síndrome de impostor’, constantemente medindo meu tamanho contra o de meus colegas, acreditando sinceramente que eles acertaram em tudo e que eu tinha errado feio em tudo.

A angústia mental que eu estava infligindo em mim era extrema e quase me deixou louca. Em momentos histéricos e extremos, eu pensava que eu poderia ter um pouco de alívio e segurar meu stress se eu pegasse uma pequena faca.

Felizmente, provavelmente por causa das exigências rigorosas de uma turnê e compreendendo que me cortar não seria algo que eu realmente queria voltar a fazer, eu consegui resistir à impulsão de me machucar novamente. Eu me forcei durante as frustrações, durante as comparações doentes e durante os sentimentos peculiares e destrutivos que me fizeram acreditar que eu não era o suficiente.

Hoje eu tento me manter vigilante contra esses velhos padrões de pensamento.

Você pode conferir a emocionante carta na íntegra clicando aqui.

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