Fones de ouvido no gramado

Não restam dúvidas de que 2014 foi um ano de grandes e fortes emoções, assim como esse 2018 já vem sendo. Essas temporadas de Copa + eleições presidenciais elevam os ânimos da nação e fazem vibrar o povo brasileiro.

Mas vocês se lembram como que eram as coisas no mercado da música naquela época e o que mudou nos últimos 4 anos?

 

1. Spotify

Essa mudança de logo ocorreu em 2015, mas parece que é coisa da década passada

Há 4 anos, no dia 28 de maio de 2014, o Spotify anunciava sua chegada no Brasil. Até então, o Deezer, o Rdio, e o Grooveshark eram as nossas formas mais comuns de ouvir música via streaming. O número de adeptos aos downloads ilegais como única forma de acesso aos mp3 era bem maior do que é hoje. O baixo custo das assinaturas (facilidades como planos família, descontos de estudantes) e a possibilidade de consumir música legalmente de forma gratuita (e gerando receita para os produtores de conteúdo), como no YouTube por exemplo, se tornaram bem mais convenientes para o nosso tipo de consumo atual.

2. O boom dos smartphones

O de pessoas utilizando smartphones entre 2014 e 2015 (Fonte: Google Consumer Barometer / The Connected Consumer Survey)

Mas nada disso seria possível e nenhum serviço de streaming de música teria chegado onde chegou hoje se não fosse a popularização dos smartphones. Isso se deve, em boa parte, pelo lançamento de modelos mais baratos e com boa performance, desbancando a frente de mercado até, então, habitada pela Apple. O barateamento das tecnologias e da oferta de banda larga móvel tornou possível o consumo de música via streaming fora de casa e também por consumidores que não tinham computadores pessoais.

3. Taylor Swift

Contrariando as tendências, Taylor Swift provou que o engajamento dos fandoms não pode ser subestimando

Querendo ou não, o álbum 1989 da cantora foi, sim, um marco no mercado pop nessas duas últimas décadas. É normal que as gerações anteriores tentem desmerecer os movimentos mais novos. É normal ver discursos desmerecendo fenômenos mais recentes, acusando-os serem mais fracos e desprovidos de qualidade, e que revolucionário mesmo foi o Nirvana ou Led Zeppelin. Numa época em que o movimento de apostas no streaming e luta pela melhor remuneração dos artistas é absoluto e crescente, a cantora vai contra a correnteza e retira suas músicas do Spotify e de seus quase 200 milhões de usuários (atualmente, e 75 milhões na época), apostando no aumento de vendas dos seus materiais físicos (CDs e Vinil).

4. Streaming > Formatos físicos

As faixas azul escuro e cinza são referentes aos repasses de royalties vindos do consumo digital; a azul claro, do físico.

Pela primeira vez, desde que o consumo de música em formatos digitais (e legalizados) se tornou popular, foi no último quadriênio que a receita do streaming bateu o faturamento de venda de mídias físicas. É possível dizer que isso se deve ao grande número de adesões às assinaturas de serviços de música e também aos formatos inovadores de remuneração do conteúdo de música que é veiculado na internet. O mais incrível de tudo é que as vendas de formato físico, impulsionadas pela acessibilidade facilitada via consumo digital, estão tomando novo fôlego e podem, a qualquer momento, voltar a representar a maior parte do repasse dos royalties.

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