Francisco Bley é um jovem curitibano de 23 anos de idade que atua como músico, compositor e produtor cultural.

Tanto seu currículo quanto as suas atividades mostram que o forte dele é realmente agregar e compartilhar ao lado de outros artistas, e em seu projeto batizado como fragmentos Francisco desenvolve uma composição e convida nomes de outras áreas para colaborar em uma obra cheia de grandes elementos e talentos.

É justamente o caso com “e se me deitasse na tua distância”, onde Bley musicou um texto de Victor Hugo Turezo, jovem poeta de Curitiba, compondo, gravando, mixando e masterizando a canção para piano, quarteto de cordas e sintetizadores.

A partir daí, ele chamou a atriz e poeta carioca Elisa Lucinda para narrar a obra e a responsável pelo vídeo foi Isabella Lanave, citada pela revista TIME como uma das 34 fotógrafas mulheres a serem seguidas no mundo todo.

Isabella tem um projeto com a sua mãe, Fátima, envolvendo questões sobre a saúde mental das mulheres e foi a própria Fátima quem atuou no vídeo.

Ao falar com a gente sobre o convite, Francisco explicou:

O convite pra Isabella fazer o vídeo veio pelo próprio desenvolvimento do trabalho dela. É uma fotógrafa cujo reconhecimento tem ganhado proporções cada vez maiores, e parte importante do trabalho dela é sobre a relação com a mãe, que passou pela graduação em artes cênicas e sofre de transtorno bipolar. Talvez esse possa ser um elo que una a poética de nós três. Essa dimensão relacional e de superação que vem com a produção artística. A locação em que gravamos é uma mansão abandonada, cujo dono tentou construir um complexo imobiliário gigantesco e faliu. O tempo e a natureza foram, paulatinamente, retomando seu lugar na paisagem. A Fátima, mãe da Isabella e atriz do vídeo, fez uma atuação quase que sem direção alguma, muito baseada na interação espontânea do corpo com o lugar. Ainda tem a narração da Elisa Lucinda, que é uma poeta importante e que aceitou interpretar o texto.

e se me deitasse na tua distância

“Um poeta, um músico, uma fotógrafa, uma cantora, uma mãe, o não pertencimento, as ditas doenças da cabeça. ‘e se me deitasse na tua distância’ é um laço no meio da corda que balança.”

Foi assim que o jornalista Cristiano Castilho, também curitibano, definiu muito bem a obra que pode ser vista logo abaixo com exclusividade hoje aqui no TMDQA! e mostra como todos podemos criar coisas incríveis a partir das mais diversas realidades, angústias e visões, principalmente quando trabalhamos em conjunto.

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