Foto: Renata Molina

O Riviera Gaz, supergrupo com membros do Forgotten Boys e Sonic Youth, está lançando seu disco de estreia, Connection. O trabalho só chega oficialmente na sexta-feira (08), mas você já pode ouvi-lo com exclusividade aqui no TMDQA!.

Formada inicialmente como um projeto solo de Gustavo Riviera, fundador do Forgotten Boys, a banda teve início em 2013 — época em que o músico morou em Paris. Gustavo se juntou ao colega de banda Paulo Kishimoto e a Steve Shelley, conhecido por ter sido baterista do Sonic Youth, apenas em 2015 para dar peso às canções que compôs.

O primeiro lançamento do grupo foi o EP Pere Ubu, em 2016, com uma turnê na América Latina que passou pelo Brasil, Argentina e Uruguai. Agora, o Riviera Gaz surge com seu primeiro álbum de estúdio, que reforça ainda mais a sonoridade marcante da banda. Com influências do rock dos anos 90, psicodelia e até do glam rock, Connection traz um repertório coeso e cheio de personalidade. As canções devem agradar fãs de bandas como Beatles, Ramones e The Stooges.

Para entender um pouco melhor o disco, Gustavo Riviera explicou pra gente as inspirações de melodia e composição de cada canção do trabalho. Ouça Connection logo abaixo e, depois do player, confira o faixa a faixa.

  1. “If I Had One” foi a última música composta pro disco, está fresca e revela a energia que a banda está. Era mais reta, mais Ramones e foi se moldando durante os ensaios. Fala sobre como somos moldados através das influências que sofremos e a constante sensação de falta que sentimos.
  2. “Pere Ubu” dá nome ao nosso EP, acho que foi a primeira música feita pro Riviera Gaz, inspirada na peça de Alfred Jarry, Ubu Roi, que é um autor francês surrealista que apresentou essa peça em 1896 e foi meio um choque pra sociedade da época, onde tirava um sarro do rei que fazia tudo pelo poder e era bem estúpido e tal. É divertido, mas também trágico, porque é uma realidade em relação a vários políticos que têm essa ganância por poder e fazem qualquer coisa por isso.
  3. “Cowboy” é inspirada na peça The Connection, do Jack Gelber, foi apresentada pela companhia de teatro Living Theater, mas o filme de Shirley Clarke de 61 foi a inspiração pra ela. São “junkies” aguardando o traficante Cowboy chegar.
  4. “All the Suffering” era uma balada bem tranquila e para trás, foi uma das primeiras músicas compostas quando o projeto era solo, só voz e guitarra, foi pegando ritmo e cresceu com a banda. O Paulo fez os arranjos de backing vocal no final, são demais, emocionante. Ela é sobre uma tentativa de compreender a angustia.
  5. “Fuzz”: paranoia.
  6. “She Came So”: punk rock girl.
  7. “Take It” também é da primeira sessão de gravação pro EP. Nos primeiros encontros da banda eu mostrei essa música e estava louco para ver o Steve tocando essa música, acho que o refrão tinha muito a ver com a batida dele. Ela me lembra algo 90’s.
  8. “Crow”, uma parceria minha e do Paulo, acho demais a levada que ele faz no violão. Umas das minhas preferidas do disco.
  9. “The One” é a baladona. A mixagem do John Agnello é incrível nesse som.
  10. “Bleeding” segue bem nossas influências de Kinks e Stooges, acho que estão bem presentes nesse som. Ela foi composta praticamente no estúdio durante a gravação, tinha a base, decidimos algumas coisas, deu um balanço bom e gravamos. Essa música pra mim é a cena final de um filme, ambientada nos últimos momentos da vida, meio confuso, a morte chegando.
  11. “Fiction” começa tranquila, tem momentos que dá uma crescida, mas contida, controlada, um lance onde se segue o que o outro indica, como uma falta de identidade. Foi uma das últimas que gravamos pro disco.

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