Foto por Fernando Valle

A banda carioca Plastic Fire está de volta.

Quatro anos após o disco Cidade Veloz Cidade, que consolidou o grupo como um dos mais importantes do hardcore no país, os caras estão com uma nova formação, em um novo momento e com vontade de voltar a destruir os palcos pelo Brasil.

Hoje nós trazemos com exclusividade a estreia do clipe de “Lavanrac”, música que encerra um ciclo e inicia outro, e conversamos com o vocalista Reynaldo Cruz a respeito dessa fase.

Você pode ler na sequência.

TMDQA!: “Lavanrac” tem um simbolismo muito importante para a carreira da banda, que está voltando após um período de afastamento. Qual é o background da canção e o que aconteceu com o Plastic Fire nesses últimos anos todos?

Reynaldo: ”Lavanrac” é o início e o fim de muito em nossa história. É a última música gravada com uma formação e a primeira a ter um videoclipe mais trabalhado, com uma ideia construída de maneira mais concreta e que tem uma mensagem por trás da imagem. A Plastic mudou recentemente de formação e isso atravanca um pouco a agenda de shows. Então, como já estávamos há algum tempo sem lançar músicas novas, com a entrada do André, nosso novo baterista, decidimos nos dedicar mais especificamente à composição de um novo disco, por isso a distância dos palcos.

 

TMDQA!: Com seus discos anteriores, vocês se tornaram nomes dos mais importantes no hardcore nacional, viajaram pelo Brasil e divulgaram seu som das mais diversas formas. Estar longe dos holofotes deve ter sido algo duro, mas imagino que necessário. Como tem sido essa volta “aos poucos”?

Reynaldo: Sim sim, é bem difícil ficar sem tocar, ainda mais pra gente que aprendeu a estar em contato com tantos amigos ao redor do país todo. Tocar é o mais interessante para uma banda, e é tocando que a gente consegue ser o mais sincero possível e receber o melhor feedback do que é o nosso som para as pessoas. Até por que, não tem como fingir estar suado no meio de um stage dive, né? Temos ensaiado bastante e estamos ficando afiados pra voltar aos palcos com tudo.

 

TMDQA!: Com quem vocês trabalharam na produção do clipe e como ele foi gravado? Há uma série de mensagens por trás dele, incluindo a reconstrução do Plastic Fire. Como foi dialogar com os produtores e diretores do vídeo para que uma mensagem tão importante na carreira da banda fosse passada da forma correta?

Reynaldo: O clipe é uma produção do pessoal da Alima Produtora Audiovisual, um conjunto de amigos que está se dedicando, com muita gana e competência, a viver do que gosta e a fazer o que ama. Não tem como não dar o sangue quando se trabalha assim. Sobre o clipe, eu já tinha pensado num roteiro que tive que modificar algumas vezes por mil motivos, mas quando nós acertamos tudo direitinho, ficou perfeito para ambas as partes. Mostrei o roteiro para o nosso querido amigo e excelente ator Felipe Miguel, que se encantou com o personagem e construiu com primazia o nosso “homem sem face”. Chegamos a um resultado fascinante e coeso e podemos sentir o espírito da banda e do nosso som no vídeo. Ficou bonito e deu orgulho de fazer parte disso

 

TMDQA!: Como vocês entendem esse momento que a banda está prestes a viver? É um retorno, uma reconstrução ou um reinício do zero?

Reynaldo: Ter uma banda independente é um pouco de isso tudo, todos os dias: início, retorno, reconstrução. Estamos sempre nos reavaliando e buscando uma tão sonhada “estrutura”, seja lá o que ela seja… Na verdade, somos uma banda presente de uma maneira bem marcante na vida das pessoas, por construirmos um público formado de amigos com quem a gente convive diretamente nas nossas vidas. Nós sempre fomos assim: preferimos encurtar as distâncias entre público e banda porque realmente acreditamos que é tudo uma coisa só. Estamos onde sempre estivemos desde que optamos por ter uma banda: somos construtores de ideias e sonoridade, e isso é fundamental nas nossas vidas.

 

TMDQA!: Quais são os planos para o futuro? Essa música estará em um disco de estúdio? O que podemos esperar da banda nos próximos meses?

Reynaldo: Estamos aprontando um disco novo, que já está quase lá, falta só o refino. Temos que gravar e ai sim, a ideia é a mesma, boa e velha: voltar a tocar freneticamente e cair na estrada com a mesma gana e vontade, em cada canto desse país, e quem sabe até mais longe. Quem sabe? Esperem de nós muitos abraços suados. Assim ninguém fica frustrado, né?

 

Ficha Técnica

Direção: Alexandre Lima e Fábio Roque
Direção de Fotografia: Fernando Valle
Figurino: Danielle Conceição
Ator: Felipe Miguel
Produção: Alima Produtora Audiovisual

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