O violencelista italiano radicado no Brasil, Puppi, trouxe todas as suas influências em seu novo álbum Marinheiro de Terra Firme. Tem a postura punk das bandas da sua adolescência, a sonoridade mistura tons da música brasileira, uma base de música clássica e música eletrônica estilo drum and bass tudo para discutir as questões imigratórias sobre o ponto de vista dele, um imigrante.

“Senti a necessidade de criar algo que me representasse de forma profunda, estética, artística e filosoficamente. Não coloquei nada que não me representa neste disco. Acredito profundamente em cada música que o compõe. Isso me fez sentir realmente livre”, ele explica Puppi, que lançou em 2015 seu primeiro álbum Canto da Madeira e ganhou repercussão nacional por ter produzido o disco Guelã, da Maria Gadú. O disco da Gadú foi um dos melhores do ano aqui no TMDQA.

O disco foi gravado em cuidadosas sessões no próprio estúdio de Puppi e traz a participação especial de Milton Nascimento, transformando sua voz em instrumento em uma das canções. O tema da intolerância e da crise migratória, que atinge forte a terra natal de Puppi, movem o álbum de forma poética.

“O disco se baseia na poética das migrações: eu sou imigrante. Há quase 6 anos moro no Brasil. Eu saí da Itália, onde morava em um vilarejo de 1200 habitantes. Passei em turnê tocando por 18 nações. São um migrante moderno, um marinheiro de terra, que passa por cidades e nações através da música. Sou quase sempre um estrangeiro, sou quase sempre o outro e é desses outros que falo no disco”, antecipa ele.

Tudo em Marinheiro de Terra Firme evoca a força de quem abandona a sua terra natal em busca de uma vida diferente em outro lugar.

Confira o álbum e o clipe abaixo:

 

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