Cidade Chumbo
Foto: Luciola Vilella

A banda Cidade Chumbo divulgou o seu primeiro trabalho, um EP homônimo contendo seis faixas.

O grupo é formado por quatro músicos veteranos da cena underground do Rio de Janeiro: o vocalista Vital (Jason), o guitarrista Alexandre Bolinho (Kopos Sujus), o baixista Alex Mostarda (Anarchy Solid Sound) e o baterista Mauro Pimentel (Halé).

Cidade Chumbo surgiu a partir de um encontro entre Vital e Bolinho, no Ocupa MinC, espaço ocupado por ativistas da cultura no centro do Rio, durante as manifestações contra o golpe do ano passado. Ambos falaram sobre a vontade de montar uma banda punk que retratasse o momento atual do país e, mais tarde, recrutaram Alex Mostarda e Mauro.

“Começamos a ensaiar em junho de 2016, em meio ao caos em que o país afundava, o que inspirou muito as letras da banda”, explicam. A gravação do EP aconteceu no Melhor do Mundo Studios e, de acordo com o grupo, foi muito simples e rápido: “praticamente ao vivo (apenas os vocais foram gravados depois, em uma sessão em separado), o que permitiu que o som saísse com uma energia bem crua”.

Além do EP, o Cidade Chumbo divulgou o seu primeiro videoclipe, para a faixa “Da Cólera Ao Fogo Cruzado”. Produzido por Gustavo Cordena, o vídeo é composto por referências visuais de bandas dos anos 80 que abriram o caminho para que o punk e o hardcore se firmassem no país.

Ouça o EP de estreia, assista ao clipe e confira o faixa a faixa do trabalho:

1 – “Diariamente”: um punk rock clássico, andamento cadenciado e uma letra sobre o cotidiano de transporte e trabalho de milhares de brasileiras e brasileiros. E sobre as possibilidades de mudar isso.
2 – “Exaustos e Insones”: punk com “palhetada” crossover e letra sobre insônia e o modo de vida multi-tarefas que nos exaure. Inspirado em texto de Eliane Brum.
3 – “Da Cólera Ao Fogo Cruzado”: outro punk clássico, nossa homenagem a toda e todo adolescente que um dia começou a vestir camisas pretas, cabelos esquisitos e a escandalizar a família e os amigos. Nosso tributo aos pioneiros do punk brasileiro.
4 – “Os Ninguéns”: pegada post hardcore, letra sobre as vidas produzidas como “descartáveis” pelo capitalismo contemporâneo. Inspirado no conto homônimo de Eduardo Galeano.
5 – “Conexão”: country-punk, naquele estilão psychobilly, falando sobre a quantidade de estímulos virtuais que temos a nossa volta e seus efeitos em nossas vidas.
6 – “Eu, João Blake”: Nosso post hardocre 90’s, guitarrinha “Samiam” na intro e uma história sobre um fim de vida em que sua história e seus sonhos são tomados de você, sobre um país em que direitos e vidas são subtraídos. Inspirado pelo filme (quase) homônimo.

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