Lançado originalmente no Sundance Film Festival em Janeiro, o mais novo documentário do Grateful Dead – Long Strange Trip – chegará às telas de cinemas em Maio.

Em quatro horas de duração, o filme de Amir Bar-Lev, que tem Martin Scorsese como produtor executivo, mergulha nas histórias da banda californiana que completou 50 anos em 2015, e traz à tona todas as particularidades do Grateful Dead.

Nenhum detalhe é deixado de lado, como as causas que levaram à morte do frontman Jerry Garcia. Em determinado momento, os membros remanescentes da banda refletem sobre o que poderiam ter feito quando o vocalista caiu no vício em heroína.

“Isso mostra o quanto é solitário quando as pessoas querem acabar com você e não te deixar em paz, porque elas te amam até a morte”, diz Mickey Hart, baterista. “É meio trágico.”

Long Strange Trip também possui passagens sobre como as exigências das gravadoras fizeram com que a banda jogasse tudo pro alto e passasse a fazer apenas turnês. Para o baixista Phil Lesh, foi “uma das melhores coisas que o Grateful Dead já fez”.

A banda cedeu ao diretor material inédito e nunca divulgado, incluindo imagens deles trabalhando as harmonias de “Candyman”, em 1970. Bob Weir diz que não se lembra de nada disso. Também há imagens de seus shows de “despedida” de 1974, com um Jerry Garcia chapado reclamando do público.

Aliás, os problemas de Garcia de lidar com a fama e a pressão de cuidar da banda são um dos temas centrais do documentário. Sua filha, Trixie, aparece em cena para falar sobre o dano que a banda gerou à vida familiar do guitarrista.

Mas parece que a banda não ficou tão feliz com o resultado final. Após a exibição em Sundance, o Grateful Dead sentou para conversar com o diretor Bar-Lev, e pediu que incluíssem material da banda após a saída de Garcia. O diretor contesta: “Baseado em nossas conversas com a banda, me certifiquei de que o filme aponte para o futuro.”

Weir diz que o lado sombrio do documentário é “contrabalanceado pela própria música. Muitas das histórias do filme são bem pesadas, mas existe uma luz que brilha sobre tudo isso”. E Hart define: “É atrativo e sincero. Mas é triste de alguma forma. Não é um filme para um encontro. Eu não levaria minha esposa para assistir.”

O documentário Long Strange Trip estreia em cinemas selecionados em 26 de Maio e estará disponível no Amazon Prime Video em Junho.

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