Jimmy Eat World anuncia novo disco e libera música inédita

O Jimmy Eat World é uma banda formada em 1993 no Arizona, nos EUA, que se consolidou como um dos nomes mais importantes da terceira geração do emo por diversos motivos.

Clarity, de 1999, não fez tanto barulho na época em que foi lançado, mas com o passar do tempo começou a ser reverenciado como um dos melhores discos dos anos 90. Críticos o chamaram de “o Led Zeppelin IV do emo” e “tão importante para o gênero quanto Pinkerton (do Weezer)”.

Logo depois, com o mais acessível Bleed American (2001), veio o sucesso no mainstream. O single “The Middle” alcançou o top 5 das paradas americanas e levou o disco a vender mais de 1 milhão de cópias. O Jimmy Eat World se tornava, então, tão sucesso de vendas quanto já era de críticas.

Futures, de 2004, trouxe o single “Pain” e outra certificação à banda, dessa vez o disco de ouro (500 mil cópias). Hoje, entre os fãs, briga com Clarity pelo título de melhor álbum do grupo.

Embora tivesse uma história rica, uma base de fãs fiel que lhes permita tocar para milhares em qualquer lugar do mundo, e muita vontade, o quarteto nunca pisou no Brasil. Até agora! Jim Adkins, Tom Linton, Rick Burch e o nosso entrevistado Zach Lind estão de malas prontas para aterrissar em terras tupiniquins daqui a alguns dias.

A banda se apresenta no Lollapalooza às 15h25 do domingo (26), no Palco Skol. Na terça (28), abre o show do Two Door Cinema Club no Circo Voador, no Rio de Janeiro.

Leia abaixo nossa entrevista com Zach e se prepare para os primeiros shows da banda no país. Quem sabe quando eles retornarão, afinal?

TMDQA!: Seu novo álbum, Integrity Blues, saiu em outubro do ano passado e a banda recentemente terminou uma turnê, com outras planejadas para este ano. Como tem sido o ciclo desse álbum até aqui?
Zach: Tem sido muito bom. Estamos orgulhosos do álbum, e é ótimo tocar tantos shows. Apresentar nossas músicas novas tem sido muito divertido.

TMDQA!: Como foi trabalhar com o produtor Justin Meldal-Johnsen? Como ele influenciou e auxiliou na composição, na produção e na gravação do disco como um todo?
Zach: Justin é um grande produtor, e isso nos beneficiou bastante. Ele é talentoso pra caramba e nos ajudou a fazermos o disco que queríamos fazer.

TMDQA!: No mês passado o Twitter oficial do Jimmy Eat World fez uma rápida sessão de perguntas e respostas, e um fã perguntou qual havia sido a música mais difícil para compor. A resposta foi “Pass the Baby”. Não sabemos se era você que estava respondendo naquela hora, então o que achou dessa afirmação? E o que a fez ser a mais difícil de compor?
Zach: Sim sim, fui eu que respondi daquela vez. É uma combinação de coisas. Ela tem todas essas partes que se conectam umas nas outras, e sabíamos que a transição tinha que ser muito boa para termos o resultado que estávamos buscando. Foi o maior desafio para nós. Trabalhamos duro para acertar aquela música e dar o sentido que planejávamos, mas no final deu tudo certo.

TMDQA!: Esse é o nono álbum de estúdio da banda e, duas décadas depois do primeiro disco, vocês ainda conseguem lançar trabalhos completamente diferentes uns dos outros que, ao mesmo tempo, trazem uma característica inconfundivelmente própria do Jimmy Eat World. Você diria que esse disco é o melhor exemplo do que vocês são capazes como banda? Este seria o álbum que você tocaria para uma pessoa que nunca ouviu falar sobre vocês, por exemplo?
Zach: Sim, com certeza. É um disco que mostra quem somos e o que fazemos agora. Diria que é nosso melhor álbum até agora e que, quando eu olhar para trás daqui a alguns anos, vou pensar que alcançamos o que queríamos alcançar. Entramos no estúdio e fizemos dar certo. É difícil dizer isso porque às vezes dá errado, mas conseguimos fazer um trabalho que é tão bom quanto qualquer outro álbum nosso.

TMDQA!: Vocês nunca foram uma banda política, mesmo que tenham tocado no assunto em alguns momentos como na música “Futures”. Mas agora que o cargo de Presidente dos Estados Unidos está sendo ocupado por uma criança em corpo de adulto, isso começou a mudar um pouco e a banda lançou a música “My Enemy” para uma espécie de compilação de protesto contra Trump. Sei que você, pessoalmente, não está feliz com a situação. Você diria que existe a chance de a banda começar a compor músicas que esbarrem um pouco mais em temas políticos?
Zach: É difícil dizer, porque a música vem das experiências que vivemos no dia-a-dia. Se levarmos isso em conta, diria que é bem possível tocarmos nesse assunto especificamente. Integrity Blues é, em muitos jeitos, uma resposta a tudo o que está acontecendo. Ele não é tão político no sentido literal da coisa mas, nele, falamos sobre ser a melhor versão possível de si mesmo e tomar controle de coisas que você normalmente não costuma controlar, reconhecer que é você quem faz sua vida progredir. Acho que muitas pessoas conseguem relacionar isso ao momento que estamos vivendo.

TMDQA!: Vocês finalmente virão à América do Sul neste mês para um show em São Paulo, no Lollapalooza, e outro no Rio de Janeiro abrindo para o Two Door Cinema Club. Está ansioso para os shows e para conhecer as cidades?
Zach: Sim! Sempre quisemos ir e foi frustrante não conseguirmos até agora. Queríamos muito poder descer até aí e mostrar nossa música aos fãs. Fui para a Venezuela quando criança mas, como artista, nunca tocamos aí. Vai ser uma experiência inesquecível.

TMDQA!: Fora o Jimmy Eat World, você também tem o The Wretched Desert, um projeto com sua esposa que lançou um EP há algum tempo. Há planos para um novo lançamento em breve?
Zach: Não não, nada planejado por ora. Estou bastante ocupado com o Jimmy Eat World, mas vamos lançar algo novo com o The Wretched Desert com certeza. Só não agora.

TMDQA!: Você tem mais discos que amigos? Gosta de sair com várias pessoas e curtir, ou prefere ficar em casa ouvindo seus artistas preferidos?
Zach: (Risos) Eu amo música mas amo estar com pessoas. Talvez uma combinação dos dois?

LEIA TAMBÉM: Quem é Jimmy Eat World? Um guia prático pela discografia

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