Kendrick Lamar é a voz de uma geração.

O famoso rapper surgiu na virada da última década com canções que chamavam muito a atenção por causa de um perfeccionismo lírico que não se via em muitos artistas por aí.

Após um lançamento modesto do projeto Section.80 em 2011, Lamar teve sua verdadeira chance de brilhar em 2013, com seu álbum good kid, m.A.A.d city, que rendeu hits brilhantes e elogios unânimes da crítica mundial.

Desde então, o músico vem impressionando a cada novo projeto, atenção que culminou no impecável To Pimp a Butterfly, de 2015, que foi eleito o álbum do ano por dezenas de publicações por sua mensagem única e produção distinta. Além do trabalho incrível, as “sobras” do material do disco foram lançadas numa coletânea chamada untitled unmastered, lançada ano passado e que também foi muito bem recebida.

Agora, Kendrick está planejando seu próximo passo. Apesar de ter uma série de datas marcadas para uma turnê, o músico parece estar também ocupado escrevendo seu novo disco de estúdio. Em entrevista para o New York Times, Lamar destacou “o quão instáveis as coisas ficaram nos últimos meses” e como elas influenciaram seu foco de volta na sua família e na sua comunidade.

To Pimp a Butterfly era sobre endereçar o problema. Eu estou em uma posição agora onde eu não falo mais sobre o problema. Nós estamos num período onde nós excluímos um grande componente de todo esse negócio que se chama vida: Deus. Ninguém mais fala sobre isso porque está basicamente em conflito com o que está acontecendo no mundo quando você fala sobre política, governo e sobre o sistema.

Sobre como isso afeta diretamente a sua escrita, Lamar fez uma analogia sobre um pai observar seu filho crescer.

Isso é o que passa pela minha mente como escritor. Um dia, eu posso ter uma pequena menina… ela irá crescer. Ela será uma criança que eu adoro, eu sempre a amarei, mas vai chegar num ponto onde ela vai começar a experimentar coisas. E ela vai falar ou fazer coisas que você pode não concordar, mas é a realidade disso e você sabe que ela uma hora chegaria nesse lugar. E é perturbador. Mas você precisa aceitar isso. Você precisa aceitar isso e você precisa ter suas próprias soluções para descobrir como lidar com essas ações e fazer suas próprias ações.

Quando eu digo ‘a pequena menina’, é uma analogia de aceitar o momento em que ela cresce. Nós amamos as mulheres, nós gostamos da sua companhia. Em um momento na vida eu posso ter uma pequena menina que crescerá e irá me falar sobre seus relacionamentos com um homem — coisas que a maioria dos homens não gostam de ouvir. Aprender a aceitar isso, e não fugir disso, é como eu quero que esse álbum seja.

Agora o jeito é torcer para que esse disco seja lançado ainda esse ano!

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