Baixista do Megadeth questiona o valor do Heavy Metal para Academia do Grammy

A banda de heavy metal Megadeth está concorrendo pela décima segunda vez ao Grammy, na categoria de “Melhor Performance de Metal“. Com isso, volta a esperança da banda em ganhar pela primeira vez o prêmio mais importante da indústria fonográfica. O baixista David Ellefson, em entrevista ao FeMetal TV, falou sobre a indicação e ainda opinou sobre o prêmio.

“O Grammy é uma entidade muito ampla, e eles honram todas os variados tipos de música. (…) Mas será que eles realmente entendem cada estilo em particular? Como poderiam?”, questionou Ellefson durante a entrevista.

O baixista reconhece que o conjunto de eleitores do Grammy priorizam certos estilos a outros (especialmente em relação à música pop). Mas ele ainda vê isso como um avanço. Ele entende que todos os estilos são valorizados, mesmo que de forma tímida. Mas, de qualquer forma, isso acaba sendo bom para um estilo menos visado pela maioria, como o metal e seus subgêneros. Sabemos, entretanto, que o apresentador James Corden não irá anunciar o vencedor dessa categoria ao vivo na noite de 12 de Fevereiro.

A coisa toda do Grammy é obviamente incrível. Mas eu acho que somos um gênero… E há vários gêneros aqui, porque há pelo menos umas cem categorias na premiação. Eles televisionam apenas umas doze ou quatorze, quando existem, literalmente, entre sessenta e setenta categorias que são anunciadas antes da cerimônia começar na TV – coisas que às vezes eu nunca ouvi falar sobre. Mas eles estão honrando isso. E isso que é legal sobre o Grammy – eles realmente se ampliaram para honrar todos esses diferentes estilos, e merecidamente. Não há apenas um tamanho único na música e é muito bom que eles honrem isso tudo. E é bom também que reconheçam que o metal é uma dessas opções.

O Megadeth está competindo com a faixa-título de seu mais recente álbum, “Dystopia”, contra outros grandes nomes do metal.  A disputa também conta com “Silvera”, do Gojira, “Rotting In Vain”, do Korn, “The Price Is Wrong”, do Periphery, e “Shock Me”, do Baroness. Você pode conferir outras indicações clicando aqui.