Em 2016 o festival Lollapalooza está comemorando 25 anos de existência e lá atrás, quando foi criado por Perry Farrell, o evento surgiu como uma festa itinerante para servir de despedida para a banda do cara, Jane’s Addiction, que estava dando um tempo.

Acontece que a ideia deu certo, o Lolla tornou-se significado de boa música e o público começou a crescer cada vez mais, procurando sempre o que estava acontecendo de melhor no mundo do rock alternativo, indie, punk e mais.

De lá pra cá muita coisa mudou, o evento se consolidou em local único nos EUA, Chicago, expandiu seus horizontes para cidades como São Paulo, Santiago e Buenos Aires e também abraçou estilos musicais distantes do rock, como a música eletrônica.

Esse ano o festival terá uma edição especialíssima com quatro dias de duração e seu fundador, Perry Farrell, deu uma entrevista para o importante Chicago Tribune e falou a respeito da história do Lolla e de como ele se tornou uma “galinha dos ovos de ouro”:

O Lolla começou como uma cena para os jovens alternativos, e muito dinheiro foi colocado no festival. A Rolling Stone o chamou de ‘galinha dos ovos de ouro’ em 1995. Não posso dizer que eles estavam errados. Todo mundo estava vendendo alguma coisa. Empresários, agências, gravadoras – todo mundo. É a vida. Não há nada que eu possa fazer além de estudar e tentar manter o festival doce, honesto, verdadeiro. Você vê as pessoas chegando com o dinheiro e aí adiciona mais coisas que são empolgantes e deliciosas e engraçadas e dão prazer ao público.

Além disso, Farrell ainda falou sobre como ele mesmo tem dúvidas quanto à participação da música eletrônica no evento, mas que não pode ignorá-la pois principalmente a vertente da EDM leva muito público ao festival:

Quando eles disseram que gostariam de batizar um palco com o meu nome (em 2005) eu fiquei honrado. Eu adoro a bajulação. Mas agora eles dizem, ‘Perry, o que está acontecendo com a sua área?’ E acredite em mim, eu mesmo faço essa pergunta. Eu odeio EDM. Eu quero vomitá-la pelas minhas narinas. Eu não consigo me perdoar pelo que fiz com o que amo, que é a house music, que era meditativa, psicodélica – te levava a uma viagem… Às vezes eu fico constrangido com o meu próprio festival.

Você teria que se afastar do que é popular, e se você quer fazer um festival, não pode se afastar do que é popular.

Na mesma entrevista Perry diz que a ideia é continuar em Chicago por longos anos, já que ele conversou com a prefeitura local que se posicionou dizendo que não gostaria de um evento que gerasse impacto e fosse embora.

Você pode ler tudo por aqui.

LEIA: Lollapalooza – a história de um festival em movimento

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