Cada vez mais temos nos deparado com bandas e projeto musicais que entenderam a nova forma de consumir música no Brasil. Hoje em dia não basta apenas ter uma música boa, é preciso saber o que fazer com ela. E é pensando nisso que a banda Universo Relativo se preparou para lançar seu primeiro disco ainda nesse semestre.

Universo Relativo é uma banda do ABC Paulista formada por quatro amigos de longa data que se reuniram para iniciar um projeto musical que traz reflexões acerca da vida em todas as suas dimensões.

Introspecção, pensamento crítico e diversão caracterizam o quarteto que possui a missão de despertar a emoção em seu público. Marcada por uma sonoridade que passeia pelo Rock, Folk e elementos da música brasileira, o Universo Relativo traz em suas composições uma diversidade de influências, retratando todo o infinito particular de seus integrantes.

Confira a entrevista que fizemos com a banda falando a respeito da ideia da banda, produção de material e planejamento para lançamento.
ps. Antes assista ao vídeo da primeira música de trabalho “Onda na Pedra”.

 

TMDQA!: No release de vocês consta a seguinte afirmação: “O quarteto possui a missão de despertar a emoção em seu público”. Hoje em dia no meio de tanta informação e o aumento do contato via internet (que muitas vezes é frio), como trabalham para conseguir despertar essa emoção do público?
UR: Apesar da importância que a tecnologia tem atualmente, ela não substitui a necessidade de interação mais profunda das pessoas. Então, quando falamos dessa emoção a ser despertada, se trata de fazer música com a nossa verdade mais particular e genuína, pois acreditamos que de algum jeito todas as pessoas amam, sonham, buscam, sofrem e lutam. O que muda é a forma, mas na essência somos todos iguais: seres que buscam se conhecer e compreender o mundo que vivemos.

TMDQA: A busca de profissionais que já estão no mercado da música para a produção do primeiro disco “Reflexo”, foi feita para conseguir conquistar um público mais sólido? Diga um pouco do porquê da escolha do Caio Andreatta e Luís Paulo Serafim.

UR: A escolha foi muito criteriosa. A experiência e qualidade do Caio e do LP são inquestionáveis, mas o que nos levou a escolher trabalhar com eles é o modo de conceber e ver a música: Não como um produto e sim como uma forma de expressão artística orgânica.
Então, a escolha não foi baseada em público, mas sim na maturidade musical que queríamos para o disco. Eles foram fundamentais para isso, porque são apaixonados por música, além de grandes pessoas.

 

TMDQA: Como pensam em fazer para a divulgação e criação de conteúdo na internet para não serem apenas mais uma banda? Pergunto isso não pela questão de qualidade da banda mas porque hoje em dia o público consome muita coisa diariamente e a vida útil de um produto acaba sendo muita rápida.

UR: Essa é uma das maiores dificuldades que as bandas como a gente enfrentam hoje. Entretanto, é também uma ferramenta que possibilita mostrar o seu trabalho pra muita gente, então acreditamos que fazendo um som com verdade e sinceridade, além de confiar em umas ideias “malucas” pode tornar a maneira de consumir nossa música mais profunda e menos superficial. Ou seja, a questão não é o número de pessoas, mas sim a maneira com que você se comunica com seu público.
TMDQA: Vocês mencionaram que no single “Onda na pedra”, o destino reserva um novo alvorecer. Hoje em dia encaram a música como um dos braços de reflexão principal dos seres humanos?

UR: A música tem um poder de conectar pessoas que é difícil de explicar. Para nós, sempre foi uma forma de expressão e reflexão de sentimentos e pensamentos, dos mais profundos aos mais mundanos. Logo, acreditamos sim que é uma grande forma de levar as pessoas a refletirem e principalmente se reconectarem com elas mesmas.

 

TMDQA: Como foi o processo estratégico para produção desse material? Desde ideia, planejamento de divulgação entre outros.

UR: O disco foi um projeto iniciado no fim de 2014, com estudo sobre o mercado musical, pesquisa de valores, conversas e aulas de pessoas como Kiko Loureiro, Paulo Baron, Paulo Anhaia. Trabalhamos a banda como uma empresa, realizando planejamento financeiro, buscando parcerias. Então, antes de começar a compor já tínhamos os passos exatos que daríamos, o que nos deu muita tranquilidade de compor de uma maneira natural e divertida.
Tentamos nunca misturar as coisas. Na hora de criar somos completamente puristas, românticos, como a banda de garagem de amigos de infância. Já na hora da gestão, levamos com a seriedade que qualquer empreendedor tem que ver o seu negócio.

 

TMDQA: Qual foi o grande desafio desse projeto?
UR: O grande desafio do projeto foi a persistência e paciência que ele exige. Juntamos dinheiro por mais de dois anos, trabalhando em estágios dos quais nem sempre gostamos em busca de financiar todo o investimento que seria feito para a gravação do disco e a divulgação do trabalho, assim como todos os finais de semana e madrugadas em estúdio ensaiando e compondo. Demanda bastante energia, mas é extremamente recompensador.

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