John Frusciante

John Frusciante é um verdadeiro ermitão musical.

Desde que deixou o Red Hot Chili Peppers, já há alguns bons anos, o misterioso guitarrista não realizou mais nenhum tipo de apresentação ao vivo, seja lá em grandes estádios ou pequenas casas por aí.

Oportunidades não faltaram, claro, mas a grande questão é que ele simplesmente não se importa mais.

“Eu não tenho interesse em tocar ao vivo. Eu não me vejo mais como um artista que faz shows,” ele alegou, recentemente.

Nunca foi algo natural para mim. Foi algo a que me adaptei, mas nunca uma expressão de quem eu sou. Não sou um “performer”. Não gosto do efeito que a plateia tem em mim porque, para mim, a música é algo que vem de dentro.

Frusciante chegou mesmo a refutar o lançamento de discos e a comercialização de suas músicas para a posteridade:

Eu cheguei num ponto em que não tenho mais público. Eu crio músicas e não as termino, o que significa que eu posso conviver com os sons. Dessa forma, a música se torna a atmosfera na qual eu vivo. Eu posso fazer uma linda música clássica ou produzir uma faixa que não tenha um centro rítmico ou melódico.

Dessa vez, o jogo parece ter virado um pouco. John vem lançando álbuns, sim, mas em projetos e composições absurdamente diferentes das que ele vinha explorando com os Peppers ou mesmo na carreira solo.

Em nova entrevista para a Vice divulgada na Alternative Nation, ele comenta sobre as mais recentes aventuras – que transitam entre a música eletrônica e até mesmo o hip-hop.

Perguntado sobre seu último álbum, Foregrow, e o lançamento com o projeto Trickfinger (ambos gravados há mais de 5 anos), ele diz que os registros são de uma época em que, de fato, ele não tinha intenção de lançá-los:

É, eu não queria mesmo. Eles eram mais para praticar.

Quando uma banda vai até o estúdio para fazer um disco, existe toda uma pressão e a consciência do fato de que você está fazendo isso para um público específico.

Mas quando você tira isso da equação, então você se descobre aventurando-se mais.

É assim que acontece com os músicos na maioria das vezes, antes de ficarem famosos. É onde a mágica acontece.

 

Ele também fala dos bons tempos de liberdade que vem aproveitando após uma vida ao lado dos Chili Peppers:

O fato de ter tido tanta sorte com pessoas da indústria que estiveram comigo ao longo da minha carreira me ajudou a não ter que viver pensando nos aspectos mundanos do dia-a-dia.

Nesse ponto da minha vida, pelos últimos 8 anos ou mais, por causa do bom trabalho suado que eu e eles realizamos, eu sou geralmente uma pessoa que decide como quer passar o seu dia, todos os dias.

 

Quem pode, pode. Confira abaixo os citados projetos, junto à inclusão de Shadows Collide With People, ótimo álbum de 2004 do guitarrista.

Lembrando que o Red Hot Chili Peppers se prepara para o lançamento de seu novo álbum para esse ano e, ao que tudo indica, terá a participação de Elton John, veja.

 

 

 

 

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