Murilo Sá

(Foto por Jack Rubens)

O cantor e compositor soteropolitano Murilo Sá está se preparando para o lançamento de seu segundo disco de estúdio, Durango!, com previsão de lançamento para o mês de Maio. Enquanto o lançamento não vem, o músico divulga seu compacto virtual, com as canções “De volta a Rua Solidão” e “Mundo Impressionista”, que dão uma ideia do que está por vir.

Abaixo, você acompanha uma pequena entrevista que fizemos com o cantor e, mais abaixo, ouve as faixas.

TMDQA!: Em “Sentido Centro” você faz um paralelo entre a velocidade do Centro de São Paulo e a efervescência de calmaria de Salvador, contando histórias de sua mudança para a cidade do caos. Em “De Volta à Rua Solidão”, você fala sobre saudades e memórias, como quem diz que não voltará mais para os lugares que trazem tantas lembranças. Como é a sua relação com a cidade depois destes anos por aqui?

Murilo Sá: Minha relação com São Paulo é de familiaridade total, desde quando pisei o pé aqui já sabia que ia querer morar. Em “De Volta à Rua Solidão” eu faço um passeio nostálgico por memórias antigas da minha adolescência em Salvador, memórias que fui levado a revisitar após a morte de um grande amigo, Daniel Costa. Inclusive essa música é dedicada a ele. Acho que a atmosfera da música também transmite um pouco da sensação que tenho hoje quando volto à minha cidade natal.

TMDQA!: Já em “Mundo Impressionista”, a reflexão é sobre encontros e desencontros entre a necessidade de descansar em meio a tanto caos. Como essas canções vão se conversar em relação ao disco cheio?

Murilo Sá: Percebo que o excesso de informação e imediatismo está alterando completamente nosso comportamento em sociedade, gerando distúrbios, ansiedade, e percebo que nessa e em algumas outras canções desse disco é como se eu estivesse dizendo pra mim mesmo, com certa dose de ironia: Atenção! Viva aqui e agora! Como o canto dos pássaros no romance “A ilha” de Huxley. A última faixa do disco se chama “Tentando Meditar” fala também dessa necessidade, porém de tentativas frustradas. (risos)

TMDQA!: Quais são as principais referências que a gente pode citar para falar do “Durango!”? Para este single em particular, que fará parte do trabalho, como estas duas músicas se relacionam com o restante do disco?

Murilo Sá: Como estou na fase final de mixagem e masterização do disco inteiro, acho que ainda não estou tão fora do processo criativo a ponto de conseguir ter uma visão ampla e distanciada sobre todas as referencias contidas ali, que são muitas. Eu ainda estou sacando a coisa toda. Acho que estas duas faixas falam por si, mas não pelo disco todo.

TMDQA!: Quais são as principais diferenças entre o Durango!, em relação ao seu primeiro disco, Sentido Centro e os EPs anteriores?

Murilo Sá: Sentido Centro tem essência urbana, mas é um disco pessoal e introspectivo. Em Durango! estou olhando mais para as coisas ao redor do que pra dentro. É um disco mais descontraído no geral e com pitadas de ironia, e o título carrega essa exclamação, como se fosse um grito de guerra. No instrumental, este disco se difere particularmente do outro pelo intenso uso de teclas: sintetizadores, piano, órgão, cravo, rhodes, e por uma dose maior de experimentalismo nos arranjos, na produção e nas letras.

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