Travis Barker é atração de capa da nova edição da revista Rhythm, e por lá ele fala de diversos aspectos da sua vida pessoal e carreira.

Além de revelar detalhes sobre a nova autobiografia, Can I Say, ele também fala sobre como está gravando um novo disco solo e canções do Blink-182:

Tem sido muito legal. Eu acordo todo dia com Matt [Skiba] dizendo “Hey, estou com uma ideia nova pra uma música.” Muitas delas começaram assim, com uma ideia simples. Aí eu entro e faço todas as ideias bem diferentes uma da outra. Eles me dão liberdade para fazer algo completamente estranho. Tento fazer as coisas interessantes. Mesmo que eu tenha ouvido pela primeira vez há 5 minutos, eu tento fazer partes de bateria interessantes. É assim que tem funcionado. É o Blink. É direto, mas é interessante da mesma maneira que sempre foi. Eu acho que das últimas vezes que tentamos gravar com Tom, talvez a gente teve bloqueio criativo, não sei. Com o Matt estamos fazendo uma música por dia. Não estamos dizendo o que vai ser. Pode ser um disco duplo, pode ser um EP. Quem sabe? Mas nesse exato momento tem sido divertido, são bons momentos, e todo mundo gosta de estar aqui. Estamos compondo músicas legais.

Travis ainda fala sobre a situação da banda e, principalmente, de Tom DeLonge, que se recusou a gravar um novo disco do Blink e excursionar com a banda para cuidar de projetos pessoais, causando sua substituição:

Todos têm que entender que Tom deixou a banda várias vezes. Na minha opinião, a gente tinha que ter continuado separados da primeira vez. Eu me envolvi no acidente de avião, abriu os olhos de todo mundo. A vida é louca, pode acabar em um segundo. Então talvez a gente deveria estar na banda. Tom me ligou. Eu não estava pensando em nada no hospital. Eu estava louco pra cacete e em um centro para pessoas com queimaduras durante quatro meses. Antes disso eu estava fazendo shows com o DJ AM. Uma semana antes, estávamos tocando na MTV e no Coachella. Eu estava muito feliz com o que eu estava fazendo. Eu nunca esperava que ele voltasse. Eu acho que o meu acidente de avião fez com que ele pensasse que gostaria de voltar com a banda, mas ele não queria.

Aí chegamos ao presente. Havíamos nos comprometido em tocar no Musink Festival. Estávamos empolgados porque seria uma das únicas apresentações de 2015. Um dia antes dos ensaios ele diz “estou fora, não quero estar na banda, não vou fazer shows, não vou gravar um álbum.” Mark e eu queríamos continuar. Aí pensamos, “Literalmente, a única pessoa com quem poderíamos fazer isso era Matt Skiba.” Ele seria o substituto perfeito para que o show continuasse. Aí a gente começou a ensaiar, e seria só esse show, e todo dia Matt chegava com músicas e um sorriso no rosto, se divertindo, pulando, fazendo piadas, sendo uma pessoa bacana. Não era normal! Mark e eu ficamos tipo, “Wow! Que loucura”. É muito divertido, não tinha sido assim há muito tempo.

Acabamos tocando em alguns shows de aquecimento porque não achamos que seria justo com Matt jogá-lo em frente de 20 mil pessoas no primeiro dia que ele tocaria com a gente. Fizemos esses shows e depois apareceram quatro ideias para músicas que Matt mandou. Mark e eu não conseguíamos parar de pensar que talvez o certo seria entrar no estúdio e ver o que acontecia. As pessoas se empolgaram com o Skiba. Quando fizemos os shows, elas gritavam “Ski-ba! Ski-ba!” após o bis, em San Diego. Eu acho que há muito apoio para Matt.

Travis ainda diz que não há uma data limite para o lançamento, mas que há ofertas de gravadoras todos os dias.

O último disco do Blink-182 é Neighborhoods, de 2011.

Travis Barker

Recentemente, além do Blink-182, carreira solo e participações especiais, o prolífico baterista Travis Barker também gravou e excursionou com o Antemasque, projeto de Cedric Bixler-Zavala com Omar Rodriguez-Lopez, ambos do The Mars Volta e At The Drive-In.

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