Vivendo do Ócio lança novo single

Trabalhando o lançamento de seu mais recente disco, Selva Mundo, o quarteto baiano Vivendo do Ócio (Jajá Cardoso, Luca Bori, Davide Bori e Dieguito Reis) cedeu uma entrevista ao TMDQA!, onde falou de música, a vida na cidade de São Paulo, o novo álbum e o que mudou nesses quase 10 anos de banda. Acompanhe!

 

Tenho Mais Discos Que Amigos!: Como é para vocês o desligamento de uma grande gravadora e lançar um trabalho completamente independente?

Vivendo do Ócio: No nosso caso foi bem tranquilo pois a Deck trabalha de uma forma independente, aprendemos muito lá e usamos isso hoje ao nosso favor. A maior mudança foi a gravação e distribuição do disco, o crowdfunding no Kickante nos ajudou muito nesse sentido, conseguimos financiar uma ótima gravação com uma boa distribuição em todo Brasil.

 

TMDQA!: Além de participar do financiamento coletivo, os fãs tiveram mais participações na escolha de repertório e na construção do disco, como um todo?

VDO: De certa forma sim. Viemos cultivando uma relação com eles e essa proximidade criou uma conexão que a identificação é grande. Estamos sentindo isso ainda mais forte com Selva Mundo, ficamos felizes com essa troca e também em ver que estamos crescendo juntos.

 

Iremos tocar um pouco mais cedo do que foi divulgado, o show será 20:30… Avisem seus amigos e vamo que vamo SÃO PAULO!!! ??

Uma foto publicada por Vivendo do Ócio (@vivendodoocio) em

 

TMDQA!: A sonoridade da Vivendo do Ócio mudou drasticamente de um disco para o outro. A que vocês atribuem essa mudança?

VDO: A diversidade musical de cada um. Ouvimos muita coisa em comum e muitas outras bem distintas. Do O Pensamento É Um Ímã para cá foram muitas experiências, estrada e novas referências adquiridas e Selva Mundo reflete isso. Deixando tudo fluir naturalmente vamos construindo nossa identidade.

 

TMDQA!: Nesse disco, a banda deu preferência à exploração vocal e deixou as guitarras frenéticas um pouco de lado. Como foi misturar esses elementos? Essa mudança vem da produção? Como foi trabalhar com o Curumim e o Fernando Sanches?

VDO: Na transição do “O Pensamento é um Ímã” para o “Selva Mundo”, passamos muito tempo estudando a diversidade vocal dos integrantes e como usaríamos isso na banda, o Curumin e o Fernando Sanches acrescentaram muito nessa parte harmônica, nos deram coragem ampliando cada vez mais nossas intenções musicais.

 

Valeu demais Salvador, valeu #FestivalSangueNovo, foi demais!!! ✊?✊?✊? . . . (Foto: @Fofano)

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TMDQA!: As faixas do disco ressaltam a pluralidade do grupo na seleção de repertório e ritmo. Como o tempo entre “O pensamento é um imã” e o “Selva Mundo” ajudou a banda a chegar nesse resultado?

VDO: Quando colocamos a música “O mais clichê” no disco O Pensamento é um ímã foi o primeiro passo pra mergulhar de vez nessa pluralidade. Sempre tivemos uma diversidade musical muito grande e nesse período de transição acabamos nos comunicando ainda mais com a música brasileira, aprendemos muito com isso, quebramos diversas barreiras musicais e essas experiências nos ajudaram bastante na composição do disco novo. Seria inevitável não compartilhar esse aprendizado nesse trabalho.

 

TMDQA!:  Morar em São Paulo mudou a banda? Quais são as principais diferenças entre os meninos que saíram da Bahia há pouco mais de 5 anos e os que estão aqui hoje?

VDO: Com certeza morar em São Paulo nos mudou completamente. Chegamos com pouca experiência, nos adaptamos a uma cidade completamente diferente da nossa e nosso ritmo de trabalho ficou totalmente voltado à música. É um pouco complicado listar as nossas diferenças, são muitas, mas podemos afirmar que a produção dos discos, a estrada e principalmente os amigos que cultivamos são grandes catalisadores do nosso crescimento como seres humanos e músicos, são as escolas da vida que a arte nos proporciona.

 

TMDQA!: O que vocês estão ouvindo? Quem pode ser indicado como inspiração para o Selva Mundo?

O Selva Mundo foi um mergulho na música brasileira, e quando falamos música brasileira não é só a “MPB”, e sim o nosso jeito suingado e malemolente de fazer Rock, Reggae, Grindcore, Hardcore, Metal, Rap, Jazz… esse jeitinho brasileiro de interpretar a arte nos influenciou bastante. Nossas influências pra esse álbum vão de Novos Baianos a Curumin, de The Clash a Ali Farka Touré, de TEST a Eddie, de Olho Seco a Criolo, esse mergulho mágico nos proporcionou o Selva Mundo.

 

TMDQA!:  Como vocês enxergam a música brasileira atual?

VDO: Um caldeirão de ritmos e diversidade fervendo. Basta ter tempo e curiosidade pra mexer que com certeza vai se surpreender com o que vai encontrar por lá, é mágico! Não existe um país com tanta riqueza musical quanto o nosso.

 

TMDQA – Quem são os seus discos que são mais que amigos hoje em dia?

Dieguito Reis: Pepeu Gomes com Raio Laser, Gilberto Gil com Dia Dorim Noite Neon e Curumin com Japan Pop Show.

Jajá Cardoso: Amassakoul da banda Tinariwen; o álbum de estreia da Nomade Orquestra e After The Gold Rush do Neil Young.

Luca Bori: Homeshake com In The Shower, John Frusciante com Shadows Collide With People e Arnaldo Antunes com Saiba.

Davide Bori: Cidadão Instigado com Uhuu!, The Clash com Combat Rock e Banda Eddie com Morte Vida.

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