Elton John quer discutir direitos LGBTs com presidente da Russia

O astro britânico Elton John se ofereceu para encontrar com o presidente da Russia, Vladmir Putin, para discutir os direitos da população LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) no país. John quer explicar a Putin que “os gays não são um problema”.

“Gostaria muito de vê-lo, de me sentar com ele e conversar”, disse John, conhecido também como um grande defensor dos direitos humanos. Na Rússia têm crescido os ataques promovidos por homofobia nos últimos anos. Putin assinou em 2013 uma lei que pune com multas e penas de prisão qualquer “ato ou propaganda homossexual diante de menores”. A homossexualidade foi considerada crime até 1993 no país, e uma doença mental até 1999.

Em declarações à BBC News, John disse que a atitude de Putin com relação aos gays foi “isolada e preconceituosa”, além de “ridícula”. O cantor citou comentários feitos pelo presidente em 2014 sobre os gays e a “influência” sobre as crianças. “Dá um tempo”, disse John. “Você é o presidente da Rússia, e você vai e diz coisas estúpidas como essas?”.

“Ele pode rir nas minhas costas quando ele fechar a porta, e me chamar de idiota, mas pelo menos eu posso achar que tive a consciência e dizer que eu tentei”, disse o músico.

O problema é que de acordo com a Billboard, Putin não irá se encontrar com Elton John.

Seu secretário de imprensa, Dmitry Peskov, disse que “não recebeu nenhum sinal direto de Elton John, mas apenas declarações na imprensa” e que está tratando isso tudo com muito cuidado.

Segundo especialistas, esse é o tipo de resposta padrão para quando o oficial não tem interesse em discutir.

Elton John está na Ucrânia, onde se encontrou com o presidente Petro Poroshenko e aproveitou para pedir mais apoio para a comunidade LGBT. Ele também se reuniu com líderes empresariais em uma tentativa de convencê-los a não negar oportunidades de emprego à comunidade LGBT.

MÚSICO CRITICA PREFEITO DE VENEZA

No mês passado, o artista criticou o prefeito de Veneza, na Itália, Luigi Brugnaro, por uma série de medidas contra os livros infantis que mostram famílias formadas por casais homossexuais. “A preciosa Veneza está afundando, sim, mas não tão rápido como o grosseiramente intolerante [Luigi] Brugnaro”, escreveu o cantor, que tem dois filhos com o marido David Furnish e possui uma residência em Veneza.

Eleito em 15 de junho, após 30 anos de hegemonia da esquerda, o prefeito de centro-direita ordenou em julho que as bibliotecas das escolas retirassem 49 livros propostos pela administração anterior, incluindo alguns sobre a família moderna, com pais do mesmo sexo.

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