Of Monsters and Men se apresenta no World Cafe

Texto e entrevista: Nathália Pandeló Corrêa

Parece que foi ontem, mas já faz quatro anos que o Of Monsters and Men despontou da Islândia para o mundo. Com seu álbum de estreia, “My head is an animal”, o quinteto mesclou o folk ao pop e a elementos percussivos, criando uma sonoridade ora tradicional, ora moderna.

Isso fica claro no segundo disco da banda, “Beneath the Skin”, que saiu esse mês. Com esses elementos potencializados no novo trabalho, o OMAM chega mais maduro e uma sonoridade mais rica. O nome do disco remete ao clima intimista que várias canções têm, e é sobre isso e outros assuntos que conversamos com Nanna Bryndís, vocalista da banda.

Confira o papo abaixo:

TMDQA: Vocês tiveram uma bela jornada nos últimos dois ou três anos, e isso aparece no seu novo disco. Dá a impressão de ser mais pessoal e maduro. Isso foi intencional? Vocês queriam soar assim?

OMAM: Uhm, não sei… Passamos muito tempo na estrada, em uma longa turnê e tocando juntos. Isso acaba sendo uma consequência. Agora temos um entrosamento e sabemos como cada um toca, então acabou acontecendo assim.

TMDQA: Trabalhar com o Rich Costley mudou a forma como o álbum deveria ser na cabeça de vocês? O conceito evoluiu desde a composição até o fim do processo?

OMAM: Rich foi uma ótima influência no nosso som. Ele tem um bom processo de trabalho e isso é importante. Ia aos nossos ensaios, dava ideias… Foi ótimo tê-lo por perto. É um cara muito talentoso.

TMDQA: Vocês devem ouvir isso com bastante frequência: suas músicas têm um quê de contos de fadas, como se vocês estivessem contando uma história mágica. Aqueles que nunca foram à Islândia, como é o meu caso, imaginam que é uma terra mágica, ou algo do tipo. Estar cercada por elementos assim teve alguma influência na forma como você compõe?

OMAM: Bem, sim. Acho que isso sempre vai ter um papel importante no que se compõe, porque você escreve sobre o que conhece. Com certeza, se eu fosse de outro lugar, escreveria de outra forma.

TMDQA: O “Beneath the Skin” às vezes é barulhento é até épico, mas depois fica mais calmo, mais simples. Esses dois momentos são grandiosos de seu próprio jeito. Você tem uma faixa preferida no disco?

OMAM: Nossa, não sei. São tantas… Difícil escolher…

TMDQA: Pra mim também, teve vários pontos altos.

OMAM: Poxa, obrigada! (risos) Mas acho que “Thousand Eyes” é a minha favorita. Ela é meio dura, ríspida. Gosto muito dessa combinação de quietude com barulho. A calma e o silêncio também podem ser poderosos e falar muito alto.

TMDQA: Com o “My head is an animal”, as coisas aconteceram bem rápido pra vocês. O disco vendeu 2 milhões de cópias e vocês tocaram em basicamente todos os maiores festivais do mundo. O que falta conquistar, agora com o “Beneath the skin”? Onde vocês ainda querem chegar?

OMAM: Trabalhamos muito tempo nesse novo disco, então acho que a única coisa que podemos esperar é um retorno das pessoas. Sentimos que elas estão criando uma conexão real com essas músicas, e elas estão encontrando o próprio significado nelas. Acho que essa é a melhor parte.

TMDQA: Vocês já estão em turnê?

OMAM: Mais ou menos. Já tocamos ao vivo as novas faixas do disco, mas fizemos apenas um mês de turnê promocional. Em breve vamos começar a viajar e tocar em festivais

TMDQA: Falando em festivais, sua passagem pelo Lollapalooza Brasil em 2014 foi muito elogiada. Vocês já tem planos de voltar aqui com a nova turnê?

OMAM: Claro! Só não sei dizer quando… O Brasil é um lugar que a banda toda adora e sempre falamos sobre voltar aí. É um ótimo lugar para se tocar.

 

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