Fotos por Marcos Bacon

Resenha por Tiago Paulino

Na última quinta feira tivemos mais um artista a debutar no Brasil. O designer americano Scott Hansen trouxe o seu trabalho musical Tycho a São Paulo. Depois de estrear com o álbum Dive (2011) e lançar no último ano o disco Awake, que teve sua maior parte inclusa no setlist dessa quinta feira, a banda finalmente debutou nos palcos brasileiros.

O dueto P A R A T I entrou no palco às 22:40h e apresentou metade do seu último trabalho publicado. Foi uma experiência bem agradável e bem diferente dos habituais tempos de shows de aberturas que temos na cidade – que costumam durar ao menos 1h.

Após a apresentação da banda de abertura, tivemos a entrada de Scott e seu trio de colaboradores da noite mostrando que mesmo com tantos sintetizadores e sons nativamente “eletrônicos”, música sempre pode (e deve) ser feita ao vivo.

A banda entrou no palco às 23:30h e, como já era esperado, levou o público a um tour de experiências audiovisuais surpreendentes e, em parte, muito bem repassadas pela infraestrutura que mostrou qualidade de áudio e vídeo aos clientes, independente de onde se estivesse dentro da casa.

As projeções, juntamente com uma bateria que chamava a atenção, um baixo evidente em praticamente todas as músicas e uma guitarra que “passava de mão em mão”, trouxeram ao público uma nova concepção de música instrumental e eletrônica. Scott manteve o seu staff completamente “poliglota” musicalmente. Com trocas constantes de instrumentos entre a banda temporária, o show mais pareceu uma sessão de improvisos do que algo planejado e além de impressionar, agradou bastante ao público presente, que parecia conhecer todo o setlist e vibrava ao começo de todas as músicas.

E já que falamos sobre a clientela, é sempre interessante ver como a faixa etária da casa é completamente diferente em dias de show. Com uma média de idade de 25 ~ 30 anos, o público do Beco nesta última quinta feira mostrou que, para a maioria, os atrasos comuns realmente não são nada agradáveis. Fato esse que acarretou em filas para saída ainda antes do show começar o seu bis.

Ao final, ainda havia filas que desencorajavam o público a “ir embora rápido”, mas para os que estavam menos preocupados com a manhã do dia seguinte, houve algumas horas de festa, autógrafos e fotos com Scott.

Uma noite fantástica, um show surpreendente e empolgante e, espero eu, que mais um incentivo para que os produtores de festas da cidade continuem a atender o público no seu pedido de mais espaço para bandas e apresentações ao vivo.

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