O Royal Blood é, sem dúvida alguma, um dos nomes mais interessantes do rock’n’roll nos últimos anos.

A dupla britânica chamou a atenção pelos seus riffs baseados tanto em clássicos do rock e do blues quanto em nomes mais recentes do estilo que têm feito barulho pelo mundo para criar uma sonoridade bastante própria através de uma formação peculiar: voz, baixo e bateria.

Engana-se, porém, quem acha que a guitarra faz falta, já que o líder da banda transformou seu instrumento de quatro cordas em uma verdadeira máquinas de riffs através de configurações de equipamento e pedais, e colocou o nome do Royal Blood no mapa.

Em parceria com o Royal Blood Brasil, listamos logo abaixo 9 motivos para que você não perca de jeito nenhum o show que a banda faz por aqui em Setembro no Rock In Rio, que acontece no Rio de Janeiro.

Divirta-se!

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1 – A dupla é diferente de quase tudo que você já ouviu

Quando se pensa em uma dupla de rock, logo vem à cabeça nomes como The White Stripes ou The Black Keys, com um guitarrista e um baterista. Mas se você veio aqui achando que essa era mais uma delas, se prepare pra uma surpresa: o Royal Blood é formado por um baterista (Ben Thatcher) e um baixista (Mike Kerr).

A sonoridade do baixo se parece mais com uma guitarra do que qualquer outra coisa, o que dá um tom de novidade ao som do duo, como falaremos mais à frente.

A dupla britânica tem apenas dois anos, possui somente um álbum, um EP e cinco singles, mas já está fazendo barulho na mídia global. Com shows fantásticos, músicas com riffs viciantes e criativos e uma energia incrível, o duo é uma das grandes promessas do rock’n’roll para os próximos anos.

https://www.youtube.com/watch?v=h28FnQECuC8

 

2 – Royal Blood é o resultado de suas bandas favoritas

Royal Blood e disco do Queens Of The Stone Age

O Royal Blood é uma banda que tem uma sonoridade bastante própria, mas que se aproveita de diversas influências para formar o seu estilo.

É possível ouvir ecos de Jack White em canções como “Careless”, que se mesclam a um baixo semi-stoner refletindo a imagem de Josh Homme em “Little Monster”. Também é impossível ouvir “Out Of the Black” e “Come on Over” sem se lembrar do Muse, principalmente da fase Absolution.

E claro, tudo isso com um toque de blues vindo da óbvia influência de Led Zeppelin.

 

3 – A banda vive um grande momento

Royal Blood ao vivo

O peso do Royal Blood nunca foi tão grande no cenário musical como é atualmente.

Em novembro de 2013, o single de estreia da banda, “Out Of The Black”, facilmente atingiu o 1° lugar das paradas britânicas, foi a única banda de rock na lista da BBC de artistas promissores de 2014, os ingressos para a turnê da banda no Reino Unido e na Irlanda esgotaram em apenas dois minutos e além disso tudo, o álbum homônimo de estreia foi o disco de rock britânico a vender mais rápido em três anos no Reino Unido, verificado pela Official Charts Company.

O disco ficou no topo das paradas na Irlanda, e entre os melhores no Top 10 da Billboard’s Top Rock Albums. Com mais de 32 milhões de acessos no Spotify, o grupo ganhou ainda mais destaque com o single “Ten Tonne Skeleton”.

 

Em 2015, a banda conseguiu a incrível façanha de desbancar o One Direction (e enfurecer milhares de “directioners”) ao ganhar o BRIT Awards de melhor banda britânica, das mãos de Sir. Jimmy Page.

O site Gigwise fez até um post para eternizar o momento.

 

4 – A banda tem fãs ilustres

Royal Blood - Jimmy Page

Nomes de peso como Dave Grohl e Jimmy Page já demonstraram admiração pelo grupo.

Em maio de 2014, Page viu uma apresentação da banda em Nova York, nos Estados Unidos, “É tão renovador escutá-los, porque eles tocam com o espírito das coisas que os precederam, mas você consegue perceber que eles vão elevar o nível do rock a uma nova realidade – se é que já não estão fazendo isso”, comentou Page. “É música de tremenda qualidade. Eles são grandes músicos. O álbum deles elevou o nível do gênero musical”.

O líder do Foo Fighters, Dave Grohl, por sua vez, disse: “Vi alguns vídeos deles no Glastonbury e foi muito animador ver uma banda pesada, com riffs, conseguindo tocar realmente bem e a plateia estava genuinamente gostando de assistir à apresentação deles”. Dave convidou a banda para abrir os shows do Foo Fighters pelo Reino Unido e parte do EUA. A série de shows começa em junho.

 

5 – Mike Kerr é dono de um estilo pioneiro

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“O melhor guitarrista da temporada é um baixista” foi uma frase bastante repetida para descrever o Royal Blood.

Mike Kerr, líder da banda, basicamente toca em baixos de curta escala baratos fabricados na China (seguindo o conselho de um certo Josh Homme), usa dois amplificadores para guitarra e um amplificador para baixo, para fazê-lo soar como guitarra.

Além de dividir o sinal do baixo com afinação C em pedais de compressor e equalizador, a mágica é que o baixo soa uníssono ao vivo, uma forma sutil de dizer que “reinventou” o pedal octave. Ele consegue criar com 4 cordas, riffs icônicos, batidas alucinantes e até mesmo solos, sem perder o controle da melodia, algo bastante difícil em uma banda com dois integrantes. O solo de “Better Strangers” mostra isso.

Mas ainda assim, Kerr não revela os maiores segredos para criar o som, em entrevistas, hesita falar sobre o seu pedalboard e a configuração que usa: “Eu apenas passei muito tempo no estúdio para soar o mais sonoro o possível em uma banda com dois integrantes,” disse em entrevista para a revista NME.

Mike é pianista de formação, mas só usa o piano para criar melodias. O seu lance mesmo é o baixo. Quem escuta pela primeira vez, diz que a banda tem 3 ou 4 integrantes, mas quando vê algum vídeo dos dois sozinhos no palco não acredita. Um ouvinte desconfiado escreveu sobre Mike em um fórum: “Eu tava convencido que tudo foi feito com overdubs no estúdio, mas eles soam exatamente iguais ao vivo!”

 

6 – O desempenho da banda ao vivo

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Pegar seus instrumentos, dar uma ensaiada e tocar para um público qualquer é fácil, mas é difícil de ver uma banda que realmente anime a plateia. A dupla consegue cativar a galera nos seus shows de modo surreal e dispensa de grandes atrativos no palco para mostrar seu som.

Quando foram convidados para tocar no Reading Festival, na época em que eram quase desconhecidos, o público abria rodas, cantarolava os riffs e gritava pelo nome da banda a cada música. Com tanta empolgação nos shows, a banda ganhou o prêmio de Melhor Banda Ao Vivo de 2014 no NME Awards desse ano.

Nas turnês, o Royal Blood tem entrado a 200km por hora no palco. A primeira música do show costuma ser “Hole”, um blues rastejante que lembra a energia de “In Bloom” do Nirvana. Ou seja, já chegam chutando tudo! Imagine poder cantar o refrão “I’m just stuck in a Hole!” a plenos pulmões?

 

7 – O Royal Blood faz covers incríveis

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O Royal Blood também é uma ótima “cover band” e adora exercitar esse lado do grupo em visita a rádios. Entre os covers incríveis do Royal Blood estão “Ace Of Spades” (Motorhead), “Hang Me Up To Dry” (Cold War Kids), “West Coast” (Lana Del Rey) “Roxanne” (The Police) e “20th Century Boy” (T-Rex)

Mas a dupla gosta mesmo é de inovar. Na passagem da banda pela BBC Radio 1, por exemplo, eles provaram que podem transformar uma musica tão pop quanto “Happy” de Pharrell Williams em um stoner rock de primeira, no seu próprio estilo.

 

8 – Eles são imprevisíveis ao vivo

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De vez em quando a banda faz umas surpresas ao vivo, mas não é uma música, um cover ou uma versão estendida. A banda transforma seus shows em verdadeiros bordeis e conta com participações mais que especiais para uma jam.

Em resposta a um incidente em um show recente onde um espectador atirou moedas ao palco durante a música “Loose Change”, que fala sobre dificuldades financeiras, o Royal Blood bolou uma bela distração para que isso não se repetisse.

Em outra surpresa recente, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, subiu ao palco, assumiu as baquetas, e tocou com o grupo em uma apresentação em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Detalhe: Na edição brasileira de 2015 do Rock in Rio, Metallica e Royal Blood se apresentarão no mesmo dia – sábado, 19 de setembro – e no mesmo palco – Mundo. Se o público brasileiro tiver sorte, será possível ver por aqui uma colaboração entre os músicos!

 

9 – Será o primeiro show da banda em território brasileiro

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Imaginem só! A banda está super empolgada com o show no Brasil, vai dar tudo de si nessa apresentação e você vai estar lá na plateia curtindo esse super show. Seus amigos que ficaram em casa vão se viciar na banda e você vai poder dizer: “Eu fui ao show deles!”

https://twitter.com/BenjiTalent/status/601088879765127169

A apresentação do Royal Blood no Rock In Rio será uma das maiores de sua carreira e com certeza entrará para a história da banda. Para os fãs será um sonho realizado, o que também ficará em suas memórias e provavelmente será um dos melhores shows desta edição do festival!

Por Jorge Alberto, Victor Silveira e Lucas Quintanilha

Royal Blood Brasil: Twitter

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