Perry Farrell fala sobre Kurt Cobain: “Era uma alma gentil, mas eu não me mataria”

Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction e organizador do festival Lollapalooza, deu uma entrevista para a Rolling Stone onde falou sobre atrações do evento, um novo projeto misterioso e Kurt Cobain.

Farrell fez uma série de elogios aos Beatles, dizendo que quando era criança fingia um sotaque britânico só por causa da banda, e também contou como ficou muito bravo quando o Metallica tocou no Lollapalooza a primeira vez, pois ele considerava que o estilo do evento, “alternativo”, ia justamente contra o que a banda representava, o “hair metal”, por exemplo. Hoje, ele diz que gosta da música da banda.

Tanto Paul McCartney quanto Metallica são atrações do Lollapalooza 2015 em Chicago.

Mais especificamente sobre o saudoso líder do Nirvana, Farrell falou sobre o documentário Montage of Heck, primeiro que traz material cedido pela família do cara e tem produção executiva da filha de Cobain, Frances Bean:

Olha, eles estão juntando coisas. Ele se foi, então você não pode pedir para ele gravar outro take, pode? Se fosse comigo, eu diria que precisava mudar de roupa. Mas eu acho que ele era uma alma bastante gentil e quem sabe o que teria se tornado dele se ainda estivesse vivo.

Eu o conheci rapidamente. Devo admitir que fiquei chapado com ele no porão do The Palace quando ele veio para Los Angeles, e andei com ele em uma das premiações da MTV… Tínhamos um respeito mútuo.

Acho que ele tinha a ideia certa, tinha a atitude certa. Menos em uma coisa: eu amo a vida. Você tem que me matar. Eu jamais me matarei. Essa é a única diferença.

Kurt Cobain – Montage of Heck

O documentário já estreou nos EUA e será exibido em cinemas do Brasil.

Um outro filme chamado “Soaked In Bleach”, que fala sobre a teoria de que Kurt teria sido assassinado, muito provavelmente por alguém contratado por Courtney Love, ganhou trailer recentemente.